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E3 2010 - Electronic Entertainment Expo

16/07/2007 - 14h57

Problemas de organização desviam foco da 'nova E3'

Da Redação

Théo Azevedo/UOL

Chewbacca apresenta edição 'Star Wars' do PSP durante a E3

Chewbacca apresenta edição 'Star Wars' do PSP durante a E3

Terminada a E3 Media & Business Summit, que inaugurou um novo formato para o mais importante evento de games do planeta, o balanço tem prós e contras, mas muito mais contras. A redução no número de visitantes, que não passou dos 5.000 - no ano passado, foram mais de 60 mil - acabou com as famigeradas filas e serviu como um excelente "filtro"; aparentemente, só veio a E3 quem realmente tem a ver com o setor.

Por outro lado, a idéia de espalhar as empresas participantes por diversos hotéis em Santa Monica, fez todos perderem um tempo precioso se deslocando de um lado para o outro, o que piorou ainda mais graças ao caótico trânsito da cidade. Para completar, foi péssima a idéia de promover conferências, tanto de Nintendo e Sony quanto das produtoras terceirizadas, nos dois primeiros dias da E3.

Três dias, mesmo no formato antigo, já eram ínfimos para acompanhar as principais novidades da feira. Imagine, então, com as conferências - que, por sinal, de tão próximas umas das outras registraram atrasos sem fim - e os deslocamentos. Em conversas com jornalistas brasileiros, estrangeiros e mesmo produtores, as reclamações e o clima de insatisfação foram praticamente unânimes. Até mesmo Hideo Kojima, na conferência da Konami, pediu a "velha E3" de volta.

O pequeno Barker Hangar, onde ficou o pavilhão de exposições, ardeu diante do sol, que quase não deu trégua. Dentro, sequer havia estandes, e sim estações simples, compostas por televisores (ou monitores) e as plataformas. Poucos jogos e nada de banners, "booth babes", música, produções elaboradas. Era fácil chegar e jogar, mas os espaços particulares de cada companhia, em seus respectivos hotéis, traziam muito mais atrações.

Resultado: o formato da E3 foi praticamente mais comentado que as próprias novidades do evento - há quem arrisque dizer que, no ano que vem, nem haverá E3. Com a crescente tendência das empresas em promoverem seus próprios eventos, além do fortalecimento de feiras para consumidores, como a Games Convention, a Tokyo game Show e a E for All!, não seria de se surpreender.

E os games?

Pela primeira vez em anos, os jogos voltaram a ser o foco da E3 - nas últimas edições, o hardware, dos portáteis à nova geração, foi alvo dos holofotes. E, de forma geral, o que se viu foi uma outra estratégia: ao invés de mostrar lançamentos a médio e longo prazo, as companhias preferiram alardear os títulos que chegarão às lojas até o final do ano. Para citar um exemplo, "Spore", que foi uma das principais estrelas da Electronic Arts nas duas últimas edições da feira, sequer deu as caras desta vez. O mesmo vale para "Banjo Kazooie", "Winning Eleven", "Final Fantasy XIII", "Wii Music" e tantos outros.

De certa forma, a tática faz sentido: após gastar bastante dinheiro com a nova geração, é hora de começar a recuperá-lo. E para tanto, só com jogos nas prateleiras. Por isso, nenhuma das três conferências mostrou qualquer novidade bombástica. A Microsoft comemorou seus títulos exclusivos e a Sony oficializou o "corte" no preço do PlayStation 3 e a remodelação do PSP, enquanto a Nintendo comemorou suas vendas com uma batelada de números e mais um candidato a best-seller para o público casual, o "Wii Fit".

Mesmo para PC, que anda um pouco em baixa (MMOGs à parte), os destaques ficaram por conta do já conhecido "Crysis". E as novidades? Versões de "Gears of War" e "Viva Piñata", que de novos não têm nada.

Em suma, faltaram anúncios de novos títulos para os anos seguintes, mas, por outro lado, a E3 mostrou que, para 2007, jogo bom não vai faltar, seja qual for a plataforma. Foi uma edição longe do brilhantismo, fascínio e glamour das antecessoras e, no final das contas, as reclamações quanto à organização, neste sentido, acabaram ajudando, pois tiraram o foco desta discussão delicada. De qualquer maneira, uma coisa é certa: do jeito que está, não pode ficar. Uma sugestão? Conservar o formato restrito, mas concentrando tudo em um só lugar. Resta saber o que será da E3 em 2008.
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Conferências

  • http://jogos.uol.com.br/e3/ultnot/2010/06/14/ult4101u2631.jhtm
  • http://jogos.uol.com.br/e3/ultnot/2010/06/15/ult530u7875.jhtm
  • http://jogos.uol.com.br/e3/ultnot/2010/06/16/ult530u7877.jhtm

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