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Direto da E3: "Lost Odyssey" mostra viés realista
THÉO AZEVEDO Enviado especial a Santa Monica
"Blue Dragon" pode ser a estrela principal da Mistwalker Studios, liderada por Hironobu Sakaguchi, ex-funcionário da produtora hoje conhecida como Square Enix, mas "Lost Odyssey" também figura entre as esperanças da Microsoft em afagar os fãs de RPG - especialmente no Oriente, onde o Xbox 360 tem dificuldades em emplacar, assim como seu antecessor.
Foi Sakaguchi-san em pessoa, monossilábico e aparentemente nada animado, que encabeçou uma demonstração, ao UOL e outros veículos de imprensa da América Latina, do jogo de interpretação de papéis, que funciona em turnos. No vagão aberto de um trem em movimento, Kaim e outros membros da "part" ("grupo") alternavam-se para atacar robôs inimigos, com movimentos destacados por animações interessantes, além de belos efeitos visuais para as magias.
Os cenários, no entanto, pareceram um tanto repetitivos - ao menos, para esta fase em particular. Se normalmente os personagens de RPGs em turnos não são lá muito detalhados, em "Lost Odyssey" as expressões faciais, todas desenhadas à mão, e as animações, feitas através de captura de movimentos, mostram que a produtora está comprometida com um viés mais realista.
De vez em quando, o jogo exibe alguns "pop-ups" com detalhes do rosto de cada personagem, o que dá um clima diferente à ação, que em títulos do gênero corre o risco de ficar repetitiva com o tempo. Também foi possível, na demonstração, conhecer um pouco mais sobre o enredo de "Lost Odyssey", protagonizado por um guerreiro imortal, Kaim, que viveu milhares de anos atrás, e perceber que, ou Sakaguchi acordou num dia ruim ou ele faz o estilo monossilábico para responder perguntas.
De qualquer maneira, o tarimbado produtor tem um jogo interessante em mãos, de clima adulto, bastante diferente de "Blue Dragon". Melhor para os proprietários do Xbox 360.
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