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19/05/2003 - 20h22
E3: remakes de clássicos dão jogo? Da Redação
O anúncio de "Metal Gear Solid" para GameCube na E3 pegou a comunidade de surpresa e esquentou a discussão no fórum UOL Jogos sobre os remakes de jogos.
Falta de criatividade das empresas ou jogada de marketing? Leia abaixo a opinião de UOL Jogos.
"Ben-Hur" chegou às telas pela primeira vez em 1907, nos primórdios do cinema. A primeira refilmagem aconteceu em 26 mas foi só em 59, no remake que trazia Charton Heston no papel principal - e com o cinema tendo se transformado numa lucrativa indústria -, que o filme conquistou 11 Oscars da Academia Americana.
A prática comum no cinema chega também aos jogos. Com 20 anos de história, a indústria do videogame viu nesta E3 muitos de seus clássicos voltarem à vida. Alguns lembram o original só no nome, como os novos "Alterd Beast" e "Vectorman", ambos da Sega. Outros chegam para reviver clássicos que deixaram saudades, como "Full Throttle", da LucasArts. Mas a E3 2003 também reforçou uma nova tendência, que é a de repetir a história de um clássico numa nova plataforma aproveitando seus recursos.
A onda ganhou destaque com a Capcom, que fez um trabalho brilhante no remake de "Resident Evil". O jogo nasceu no PSOne, em XX, mas ganhou vida nova no GameCube da Nintendo com gráficos melhores e mudanças sutis no enredo e estrutura do jogo. O resultado foi um game que agradou aqueles que nunca haviam jogado o original e também os fãs de carteirinha da série, que puderam curtir clássico com uma cara totalmente nova. Agora a história se repete mais uma vez no Cube, com o anúncio do remake "Metal Gear Solid", da Konami - novamente um sucesso do PSOne que terá vida nova num videogame da nova geração.
No cinema, reviver um clássico usando a tecnologia dos dias de hoje não é um sinônimo de sucesso - a refilmagem de "Psicose" que o diga -, mas o mesmo não vale para os videogames. Entre uma geração e outra de consoles, há uma janela de cinco anos - que é uma eternidade em termos de evolução de computação. Trazer um sucesso antigo de uma geração para outra significa a chance dos produtores não só de dar ao game um visual muito acima do seu original, mas também de explorar opções que foram descartadas por barreiras técnicas.
Mas no mundo dos videogames, o remake tem outra utilidade: como o hardware ultrapassado desaparece das prateleiras e a maioria dos consumidores é composta por jovens, muitas vezes essas novas edições permitem que muita gente experimente produtos que podem ter desaparecido por uma simples questão de obsolescência. E apesar da complexidade dos games ter crescido, a diversão vai além das fronteiras da tecnologia.
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