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Depois de cinco anos e mais sete milhões de cópias vendidas, a continuação de "Half-Life" é revelada e causa o mesmo estardalhaço que o seu original fez quando apresentado pela primeira vez na E3.

Confira as impressões de "Half-Life 2" de UOL Jogos, que teve a chance de olhar de perto, na feira mundial de jogos, a esperada continuação para PC.

Se depender do PC, a E3 2003 já tem um vencedor. Aliás, o mesmo de cinco anos atrás: "Half-Life 2" tomou o evento de surpresa, causando praticamente o mesmo estardalhaço que fez ao revolucionar o gênero há meia década.

Mas o que o jogo tem para oferecer de novo depois de tanto tempo e inúmeros clones? Uma nova revolução. Os passos dados anteriormente parecem ter sido apenas um prelúdio do que a Valve tem feito, e tudo isso foi esclarecido na demonstração de quase 20 minutos do game.

Jogadores novamente entram na roupa laranja de Gordon Freeman, agora no meio de uma invasão alienígena em uma pequena cidade francesa. Quando o termo "invasão" é usado, isso não é um exagero. Sabe todos aqueles jogos da Segunda Guerra nos quais você vê ruas européias aos pedaços? É exatamente assim que a Cidade 17 está.

A inteligência artificial do game se mostra óbvia nas inúmeras cenas de guerrilha urbana, colocando Freeman no meio da linha de fogo. Pelo que foi mostrado, será normal ver bandos de humanos correndo atrás ou fugindo dos mais diferentes tipos de alienígenas, mas sempre com reações que parecem perfeitamente cabíveis para a situação. E eles não ignoram você: clamam por ajuda, em alguns casos, bem específica: exigem cobertura ou pedem para que você ataque um alvo específico.

Mas quem rouba o show são as interações com o cenário. Praticamente todo objeto é interativo e potencialmente mortal. A demonstração mostrava Gordon usando uma granada para quebrar uma plataforma e derrubar um latão de lixo do topo de um prédio sobre aliens incautos. Outra opção é atirar em um peso pendurado para criar um pêndulo assassino. Até mesmo pistolas sobre tripés podem ser derrubadas e desativadas com tiros estratégicos ao invés de força bruta. A introdução de uma nova arma, que permite ao jogador pegar virtualmente qualquer objeto, fazê-lo flutuar e então arremessá-lo abre centenas de possibilidades.

Falando em armas, seu design continua extremamente criativo. Além da pistola de levitação, a Valve exibiu também uma esfera que, quando arremessada perto de buracos no chão, invoca enormes aranhas alienígenas. Tudo que você deve fazer é arremessar outra delas e um exército de aracnídeos vai dar uma bela dor de cabeça para o alvo. Claro, depois de esbanjar do truque, nosso herói foi confrontado com uma versão gigante do monstro... que correu para cima do protagonista como um touro. Afinal, nenhuma arma é perfeita!

Os ambientes da aventura continuam perfeitamente realistas - não no sentido de ter belos gráficos, mas por apresentar estruturas lógicas e realistas. A diferença é que agora eles são incrivelmente maiores. Em uma fase exibida, nosso herói está sobre uma grande planície fugindo de um helicóptero, e pega nada menos do que um jipe com metralhadora. Ele não apenas pega uma estrada e passa um bom tempo explorando uma bucólica paisagem rural, mas, ao encontrar uma ponte quebrada com uma pilha de escombros, não se assusta e salta por cima dela. Estamos falando de quilômetros de extensão em uma única fase.

"Half-Life 2" demorou. Mas a equipe definitivamente usou cada segundo para criar algo capaz de deixar no chinelo todos os outros games tão ansiosamente aguardados.