Os lançamentos do Nintendo DS e PSP, da Sony, devem criar uma polarização no mercado de portáteis numa arena na qual o Game Boy dominou praticamente sozinho durante muitos anos.
Aqueles que desejaram pôr a mão no PSP durante a E3 foram obrigados a encarar uma imensa fila e esperar mais de uma hora. Como aconteceu durante a apresentação da E3, a Sony explorou o potencial multimídia de seu novo aparelho: filmes em alta resolução eram exibidos na tela do portátil, música digital sacudia o estande e uma infinidade de acessórios como teclado de celular transparente e GPS alegravam os olhos visitantes.
Claro, também havia jogos, e neste aspecto o PSP impressionou. A Sony cumpriu com a palavra e fez um portátil que visualmente lembra o PlayStation 2. A linha de jogos também não deixa mentir: "Metal Gear", "Tony Hawk Undergound", "Need for Speed" são títulos confirmados para o PSP que têm público cativo no PlayStation 2.
O Nintendo DS não foi projetado para rodar filmes DVD, arquivos MP3, sua lista de funcionalidades é menor do que a do PSP da Sony e graficamente ele está mais para o Nintendo 64 do que para o atual GameCube, mas não deixe isso enganar: ele é extremamente empolgante.
Além de inovar, o objetivo da Nintendo era criar uma experiência nova em jogos interativos e a primeira leva de títulos mostra que ela foi bem sucedida em sua tarefa. Graças às duas telas, uma delas sensível ao toque, um novo horizonte de opções interativas se abriu: jogos no estilo "raspadinha", fazer desenhos para impedir o personagem da tela acima cair, e mapas para jogos multiplayer foram alguns dos exemplos mostrados pela empresa.
Como aconteceu na briga Sega e Nintendo, haverá espaço para as duas novidades. Mesmo porque trata-se de dois conceitos totalmente diferentes. A Sony não divulgou o preço do PSP, mas sinaliza que a brincadeira não sairá barata, o que deve transformar o portátil em algo parecido com o iPod, o tocador de MP3 multifunções da Apple. Enfim, será o passatempo de bolso cobiçado por muitos, mas para será para todos.
Já o Nintendo DS, apesar da Nintendo ter afirmado que ele não é, pode ser encarado como a nova geração do Game Boy, mesmo porque ele é totalmente compatível com a imensa gameteca atual do portátil. Com um preço mais acessível - jornais americanos deram o preço de lançamento US$149, mas lojas online fazem a pré-venda a US$199 -, o Nintendo DS deve conquistar aqueles que já estavam de olho no videogame de bolso da empresa de Mario.
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