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Final Fantasy I & II: Dawn Of Souls

08/03/2005

da Redação
A série "Final Fantasy" já é mais velha do que muitos de seus fãs, e somado à falta de traduções para o inglês de alguns de seus episódios faz com que muitos só conheçam os jogos mais recentes. Na tentativa de retificar isso a Square Enix e a Nintendo se reuniram para trazer os dois primeiros capítulos da saga em edição remixada para o Game Boy Advance.

Cada jogo de "Final Fantasy" não traz nenhuma ligação de narrativa aos demais, fazendo desse pacote um conjunto de duas aventuras que podem ser jogadas em paralelo. Quem esperar algo semelhante aos mais recentes exemplares da série pode ficar um pouco decepcionado: os games não escapam de seu tom nostálgico, e as mudanças para modernizar gráficos e sons são pequenas, apesar de eficientes. Aliás, a música já se mostrava bastante competente, mesmo com os recursos limitados da época.

Onde tudo começou

O primeiro choque para os fãs da série ao jogar "Final Fantasy I" é a ausência de personalidade dos protagonistas: cabe a você escolher a classe e nome dos quatro heróis (cujo sexo é indefinido). Eles não abrem a boca do começo ao fim da aventura, deixando de lado a famosa evolução dramática de seus protagonistas que marcou os episódios posteriores. O foco aqui é a exploração do mundo e seus calabouços, exigindo que os protagonistas ganhem muita experiência e descubram cada canto dos labirintos.

As mudanças técnicas são grandes. Além de facilitar o ganho de experiência e a sobrevivência dos personagens, pequenos detalhes deixam o game muito mais tragável (como o fato de um ataque programado contra um inimigo já derrotado ser automaticamente transferido para outro). O sistema de batalha em tempo real ainda não havia sido implementado, exigindo que o jogador simplesmente decida todos os seus comandos no início de cada turno. As magias também foram simplificadas com o tradicional sistema de pontos de magia (MP), facilitando seu uso.

O resultado final é algo que está muito mais próximo de "Diablo" do que "Final Fantasy VII", e o jogador passará um bom tempo vasculhando o mundo e seus calabouços para descobrir exatamente onde deve ir. Apesar de bastante diferente e trazer inimigos repetitivos, a aventura não chega a ser frustrante, além de servir como um lembrete das origens da série.

Esse episódio ganha como extra uma série de calabouços repletos de chefes de outros games futuros, todos bastante difíceis e com recompensas de valor. Eles servem como um ótimo contraste para o resto do game e ajudam a aumentar a vida útil e desafio do título.

À frente de seu tempo

"Final Fantasy II" já introduz personagens com nomes, diálogos e tramas próprias - ele é muito mais próximo do conceito moderno da série. Mas na época o game sofreu bastante por tentar inovar demais com seu sistema de experiência: ele simplesmente aboliu completamente os tradicionais pontos de experiência. Personagens melhoravam cada habilidade separadamente com uso - um golpe com espada melhora o uso da mesma, uso de uma magia aumenta sua eficiência, e receber golpes aumenta a energia total, e assim por diante. Como no caso do outro game, o sistema segue o mesmo padrão, mas está muito mais fácil.

Apesar de não escolher a classe dos personagens, eles podem literalmente ser moldados à vontade do jogador com esse sistema. As diferenças não são tão óbvias nessa edição facilitada, mas eles acabam se especializando naturalmente. Apesar de não ser tão rigoroso quando à versão original, evoluir um quesito faz diminuir atributos antagônicos. Por exemplo, aumentar a força faz regredir a inteligência. Ainda assim, como a evolução é sempre maior que a queda de parâmetro, é possível criar, com tempo e paciência, um super personagem.

Alguns lugares comuns não funcionam, ou não são tão eficientes em "Final Fantasy II". Nem sempre as armas com maior ataque ou equipamentos com melhor defesa são as melhores opções, pois muitos inimigos podem ignorar todas essas proteções. Em vez disso, torna-se essencial equipamentos que permitam seus personagens desviarem dos ataques. No final das contas, seu grupo sofrerá menos danos assim.

O game original trazia dois exemplares de uma espada capaz de devastar o último oponente. Em "Dawn of Souls", uma delas foi retirada. Ainda, ambos os jogos contam com minigames bastante simples, porém com reconpensas bastante animadoras.

O bônus da segunda versão está diretamente relacionado à trama, mostrando o paradeiro de alguns personagens temporários do grupo. É uma inclusão bastante interessante, apesar de frustrar alguns por pegar os personagens exatamente da maneira que você os deixou durante o jogo.

Tecla SAP

Dois aspectos merecem um destaque especial: a Nintendo fez uma tradução completa, do zero, dos dois jogos, mantendo o atual padrão de outros títulos como "Paper Mario" - e bastante superior ao texto original e o visto na versão para PlayStation. Além disso, a inclusão da opção de salvar a qualquer momento não é apenas prática, mas necessária para uma edição portátil de RPG.

CONSIDERAÇÕES

Apesar de não ter o mesmo impacto visual e dramático dos episódios atuais, "Dawn of Souls" traz um excelente custo-benefício e uma oportunidade única de reviver dois dos mais influentes RPGs dos videogames.

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    GALERIA

    Final Fantasy I & II: Dawn Of Souls (Game Boy)

    34 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Square Enix
    Lançamento: 29/11/2004
    Distribuidora: Square Enix
    Suporte: 1 jogador
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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