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Game Boy

Drill Dozer

23/01/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Antes de se tornar mundialmente famosa pelos jogos da série "Pokémon", a produtora Game Freaks já tinha muita experiência em jogos de plataforma, como "Yoshi", para Game Boy, e "Pulseman", para Mega Drive. Hoje, a empresa fundada por Satoshi Tajiri, a mente por trás de Pokémon, desenvolve exclusivamente para a Nintendo.

Agora, como uma volta às origens, a Game Freaks apresenta "Drill Dozer", um jogo de ação com plataformas que traz alguns conceitos novos, ou, pelo menos, pouco vistos até aqui. Não que represente algo totalmente original; em vez disso, dificilmente sai de sua área de segurança, obedecendo as cartilhas desse subgênero.

Vamos furar tudo!

Em "Drill Dozer" o jogador controla uma garotinha chamada Jill, filha do líder dos Red Dozers, uma gangue de "ladrões do bem". O diferencial do game é que a personagem comanda um robô equipado com brocas, e quase toda mecânica do game depende desse instrumento.

Naturalmente, uma de suas utilidades primárias é cavar buracos e paredes, criando passagens para novas áreas. Além disso, o robô é capaz de pular - ação principal de um jogo de plataformas -, deslizar pelo solo e atravessar corredores mais estreitos. Há também um botão que faz Jill se esgueirar para fora da máquina, verificando placas, sinais e ativando diversos dispositivos.

Devido a essa capacidade de cavar, achar passagens secretas será uma das diversões do game. Como de praxe, há diversos itens escondidos pelo cenário. Os mapas podem conter algumas ligações complexas e, como muitas vezes não é possível retornar pela porta usada para adentrar o local, o jeito é tentar uma segunda chance. Terminada uma fase, ela fica disponível para nova visitação.

A furadeira também é usada para derrotar os oponentes, bastando acionar o equipamento para retirar toda a energia dos inimigos. Além disso, há diversos objetos que podem ser destruídos, como caixas, móveis e diversos blocos. Há muitos obstáculos inquebráveis também, e o jeito é tentar ultrapassá-lo com outros recursos.

Mas algumas barreiras exigirão que o equipamento seja melhorado. Em cada uma das fases existem itens que conferem mais potência ao mecanismo giratório. Assim, poderá funcionar por mais tempo, podendo, no terceiro nível, girar de forma intermitente. Cada vez que se acionam novas "marchas", o movimento de recuo também se torna mais efetivo.

Mil e uma utilidades

Quase todos os mecanismos das fases dependem da broca do robô. Há um transportador, por exemplo, que permite ficar dependurado nele somente quando a furadeira estiver girando. Existe também um bloco em forma de geléia, cujo objetivo é enterrar o instrumento e usar o movimento de recuo. Como explicado acima, quanto mais rápido estiver girando, maior a capacidade de saltar mais longe.

O lado em que a broca gira depende do botão a ser usado. Isso não é relevante para a maioria das situações, mas há quebra-cabeças em que é preciso girar o dispositivo para um determinado lado, como quando um portão deve ser aberto. Ao colocar a broca do dispositivo de abertura, somente um dos botões fará o serviço.

Entre uma fase e outra, pode-se falar com seus companheiros e obter diversos serviços. Um deles permite salvar o jogo - que também pode ser feito a qualquer hora -, outro mostra a situação do robô e há um que vende novos equipamentos para Jill, como um melhoramento que aumenta a energia máxima da máquina.

As fases tentam imprimir variação, com alguns ambientes amplos e construção menos linear que os outros games do gênero. Os inimigos também se esforçam para se tornar distinguíveis: uns soltam tiros, outros são voadores e alguns se envolvem com energia elétrica, causando danos ao serem tocados. Os chefes também mostram criatividade, exigindo estratégias específicas para serem derrotados.

Como manda o figurino

Apesar do esforço da produtora em tentar criar situações variadas, o game peca pela monotonia depois de algum tempo. Conforme se avança na aventura, mais o título perde a capacidade de surpreender o jogador, talvez porque a gama de movimentos seja limitada e existam poucos melhoramentos para pegar até o final.

Por outro lado, o título parece voltado à uma faixa etária mais nova que a habitual. Porém, isso não serve de desculpa, pois há jogos feitos para a meninada - vide o próprio "Pokémon", da Game Freaks - que esbanjam qualidade.

O visual obedece às regras de diversos games de GBA, com gráficos baseados em blocos. Tudo meio quadradinho e com contornos definidos para ficar claro onde o jogador pode ou não pode pisar. Os personagens têm aquele estilo cabeçudo, para que sua expressão seja percebida mesmo numa tela pequena. A animação está um pouco travada em relação aos seus competidores, mas a maioria deles trazem movimentos bastante fluídos.

A trilha musical desfila composições que tentam agitar um pouco o clima, mas não consegue ir além de trivial. Definitivamente, o barulho mais ouvido será o da broca, o que fará você se sentir num consultório de um dentista. Existem algumas vozes, como gritos da protagonista e de alguns personagens mais importantes.

O cartucho traz um recurso vibratório, acionado quando se usa a broca. O efeito é sutil e é difícil dizer se soma à experiência, por ser tão discreto. Se o volume do alto-falante estiver alto, que também faz produzir vibração, o recurso pode ficar ainda mais ofuscado. Enfim, fica registrado que o game tem essa função "rumble".

Jogo de uma idéia só

CONSIDERAÇÕES

"Drill Dozer" é fruto da experiência da Game Freaks no segmento de plataforma e uma tentativa em trazer novos elementos para o subgênero. A idéia da broca é interessante, mas por si só insuficiente para garantir um "algo mais" para o game, que apenas faz tudo que manda a cartilha, mas, mesmo assim, os poucos elementos de desenvolvimento do personagem fazem com que a monotonia não demore a aparecer.

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    Drill Dozer (Game Boy)

    57 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Game Freaks
    Lançamento: 06/02/2006
    Distribuidora: Nintendo
    Suporte: 1 jogador
    RegularAvaliação:
    Regular

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