Tony Hawk's Pro Skater 2

da Redação

Se você teve o azar de jogar (e portanto, provavelmente comprar) Tony Hawk para Game Boy Color, você provavelmente sofreu uma das piores torturas que um gamer poderia passar: comprar o porte de um título excelente e acabar com o que pode apenas ser descrito com palavrões mal-educados.

E por isso mesmo eu estava bastante cético ao ligar o Game Boy Advance com uma cópia de Tony Hawk's Pro Skater 2. Bem, a Vicarious Vision já pode correr atrás de um formulário de canonização, porque esse jogo é simplesmente um milagre.

Apesar de ser um tanto diferente do original por usar ambientes pré-renderizados, praticamente toda a jogabilidade da versão de PlayStation e Dreamcast está espremida nesse minúsculo cartuchinho. Todos os personagens, personagens secretos, os parques, as manobras... com raras exceções, todos os aspectos mais importantes foram inclusos. Claro, alguns sacrifícios foram feitos, mas tudo que há de melhor na franquia foi trazida fielmente para o Game Boy Advance.

Vamos começar nos concentrando nas qualidades: o controle dessa versão é impecável. Os botões A e B cuidam dos grinds e dos pulos respectivamente, e L e R são usados para flips ou nollies e grabs. A grande diferença é que, como a câmera é fixa, quando seu skatista está indo para baixo, esquerda vira direita e vice-versa. Existe uma curva de aprendizado, mas qualquer Hawker vai se sentir em casa depois de um treino de uma meia hora, realizando backflips e 900º sem problemas.

Os gráficos são impressionante. As fases das versões dos consoles foram pré-renderizadas e receberam pequenas modificações, mas aparecem bastante fieis. Os skatistas são renderizados em 3D e, apesar de não serem muito detalhados, aparecem tão pequenos que você nem percebe (existe uma opção para dar zoom quando está realizando manobras).

A música pode não ser uma versão digital das bandas como visto nas versões em CD, mas é competente e bastante pertinente ao tema. Mas como todo bom jogo de Game Boy Advance, só é realmente apreciada com fones de ouvido - o auto-falante do portátil é de fato um lixo.

E a jogabilidade parece estar intacta. As fitas estão todas lá, assim como as letras S-K-A-T-E e as salas secretas. Os campeonatos continuam intactos. As duas grandes perdas são o editor de fase e um modo multiplayer... mas sinceramente, para um portátil recém-lançado que usa cartuchos, o esforço da Vicarious Visions é impressionante.