WarioWare Twisted!

da Redação

Quando o primeiro "WarioWare" chegou ao GBA, muitos ficaram confusos com a criação de um novo gênero de game: o título oferecia uma saraivada psicodélica de micro-games de menos de 10 segundos de duração. As instruções para cada um normalmente se resumiam a uma palavra e os controles não passavam do direcional e o botão A. Mas a surpresa inicial foi assimilada com rapidez e o título se provou um enorme sucesso.

Não demorou para "WarioWare" ganhar uma versão multiplayer para o GameCube e aparecer no Nintendo DS, com passatempos que usam a caneta e microfone do portátil. Agora, o personagem picareta e carismático volta ao seu videogame de origem e o novo jogo traz uma novidade: um sensor de movimento.

Jogo de cintura

"Twisted" é um daqueles exemplos geniais de implementação de tecnologias simples. Com um giroscópio extremamente sensível, o cartucho é capaz de perceber a rotação do portátil. Jogadores devem então girar o aparelho - que pode ser o Game Boy antigo, o modelo SP ou até mesmo o Nintendo DS - em torno de seu próprio eixo para completar os mais de 200 micro-games. Os desafios continuam simples: mover uma vela para acender outra, resgatar um duende com um balão, ajudar ovelhas a pular cercas. Quase todos são resolvidos apenas girando o aparelho e usando o botão A. Até os menus são operados com rotação, graças ao sistema "Spindex", com organização em círculos.

Explicar os micro-games é difícil, mas quem jogou os episódios anteriores sabe exatamente o que esperar. As mudanças nas regras aqui são mínimas (o maior destaque fica com o fato do jogador não ganhar mais pontos quando perde um micro-game, mesmo quando ainda tem vidas sobrando), mas a execução é genial. Os gráficos continuam simples e com estilos absurdamente variados, mas ninguém vai ligar, levando em conta o ritmo frenético.

Vamos chacoalhar tudo!

A Nintendo ainda foi mais longe nesse novo game, e além do sensor de movimento adicionou um sistema de Rumble sem pilha que é vital para a experiência. O cartucho treme de acordo com o movimento e certas ocasiões nos micro-games. Por exemplo, toda vez que você troca de uma opção para outra no menu, o game vibra simulando a resistência de um seletor manual. Parece simples, mas esse retorno tátil deixa o game extremamente intuitivo.

Completando o pacote estão dúzias de extras, incluindo discos com a trilha sonora (que podem ser editados como um DJ na vitrola), games extras, brinquedos, instrumentos musicais. Eles são excelentes para impressionar não-jogadores da genialidade desse cartucho.