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GameCube

TimeSplitters 2

06/11/2002

da Redação
Quando lançado em 1997, "Goldeneye" revolucionou o gênero de tiro em primeira pessoa nos consoles. Apesar de ter sido originalmente concebido como um jogo sobre trilhos (você não controlava o personagem, em algo parecido com "Time Crisis"), o jogo foi atrasado diversas vezes e acabou se tornando um clássico não apenas pela excelente aventura, mas pelo genial multiplayer - que garantiu ao game o status de campeão de vendas. Mas três dos principais membros da equipe abandonaram a Rare para fundar a Free Radical, passando diversas noites em claro para terminar "TimeSplitters" em tempo para o lançamento americano do PlayStation 2. O jogo não apenas recriou boa parte da experiência multiplayer de "Goldeneye", mas oferecia também um editor de mapas, redobrando seu valor. Agora, o pessoal da Free Radical aproveitou esses últimos dois anos para implementar tudo aquilo com que sonhavam e lançaram o game para as três plataformas dessa geração.

Boas lembranças

De cara, quem acompanhou toda a carreira desses designers vai se sentir em casa com "TimeSplitters 2": a primeira fase do jogo é uma represa russa em uma montanha gelada... e um dos objetivos é desativar um radar! Esse pequeno dejá vu de "Goldeneye" deve continuar por boa parte da experiência - o jogo empresta muito do clássico da Rare, seja no controle, na criatividade dos objetivos ou na diversão do multiplayer, é quase impossível não estabelecer uma comparação entre os dois títulos.

A sacada do jogo definitivamente está na variedade. Além do editor de mapas, o game oferece nada menos que nove "universos" diferentes: seja uma Chicago dos gângsteres de 1930, o Velho Oeste do século retrasado ou uma colônia espacial mais de 100 anos no futuro, cada uma dessas fases traz inimigos, armas e objetivos únicos. Apesar de tantas opções, o jogo quase não apresenta problemas críticos no balanço de poder das armas. Jogadores terão a oportunidade de arrancar cabeças de zumbis com espingardas, usa trabucos para enfrentar múmias e faraós e até algumas pistolas energéticas para evitar uma invasão alienígena.

Quem precisa de enredo

A variedade não ajuda muito na unidade da trama do modo single-player, a Free Radical conseguiu amarrar a história com seqüências não-interativas (renderizadas na engine do jogo) competentes suavisando o problema. Uma série de alienígenas malvados que viajam no tempo roubaram uns cristais de sua base espacial e podem acabar com a Humanidade, dando um motivo para que você viaje no tempo. A trama pode não ser Shakespeare (aliás, não chega nem a ser um Sidney Sheldon), mas serve de desculpa para explicar as escolhas dos designers.

No modo single-player, um ou dois jogadores (em uma excelente implementação de cooperatividade) podem passar pelas missões temporais do game. Dependendo da dificuldade escolhidas, os objetivos e perícia dos oponentes mudam. Seguindo o exemplo de "Goldeneye", as missões trazem excelentes e variadas missões. Veja o caso da fase do Velho Oeste: um dos objetivos é libertar uma garota presa na cadeia. Para tal, você precisa pegar uma chave, abrir um baú para pegar um barril de pólvora, ir até os fundos da delegacia, matar todos os oponentes que estão sobre um carro de explosivos, empurrar o carro até a parede da prisão, fazer um rastro de pólvora e dar um tiro para iniciar a explosão.

Além disso, o jogo oferece um "Challenge Mode", que são mini-desafios curtos em cada um dos ambientes. Seja roubar algo de um lugar nada amistoso sem ser visto ou arrancar inúmeras cabeças de zumbis com tiros certeiros em um tempo determinado, você provavelmente liberará novas opções para o divertido modo Multiplayer.

Diversão para quatro

Esse é definitivamente o filé de "TimeSplitters 2". Com dezenas de personagens hilários, dezenas de armas variadas, várias fases diferentes (e a possibilidade de criar outras com o editor de mapas) e muitas opções, o multiplayer é uma verdadeira caixinha de surpresas - e mais uma vez relembra o clássico da Rare.

O jogo traz uma trilha sonora competente, uma dublagem no mínimo engraçada e está repleto de efeitos sonoros específicos para cada era e local. Os gráficos do jogo são cheios de efeitos especiais e pequenos detalhes, mas o que chama atenção mesmo é o design de personagens, através de uma apresentação bem estilizada que se encaixa bem no universo do game.

Três consoles, um jogo

As três versões para cada um dos consoles são praticamente idênticas. A única diferença notável está no controle da versão para PlayStation 2, cujos direcionais analógicos parecem não respondem com a mesma precisão do GameCube e Xbox (além de exigir um multitap para quatro jogadores). A versão do PlayStation 2 e Xbox tem suporte para conexão de quatro consoles em rede para 16 jogadores... mas isso exige quatro TVs e quatro cópias do jogo... o que não é exatamente barato.

CONSIDERAÇÕES

Mais uma vez, David Doak, criador de "Goldeneye" e "TimeSplitters", mostra como um jogo de tiro para console deve ser feito.

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    TimeSplitters 2 (GameCube)

    12 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Free Radical
    Lançamento: 16/10/2002
    Distribuidora: Eidos Interactive
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: XB
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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