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5 falhas que "Assassin's Creed" precisa corrigir para voltar a brilhar

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Do UOL, em São Paulo

23/05/2017 14h22

Uma das grandes séries que nasceu na geração PS3/X360, "Assassin's Creed" trilhou um caminho de sucesso no início.

Porém, a produtora Ubisoft se deixou levar pela empolgação e acabou lançando tantas versões que um novo jogo de "Assassin's" deixou de ser novidade e virou mera formalidade. Todo ano vinha ao menos um título grande da série, acompanhado de uma variedade de spin-offs, que acabaram por esgotar o ar de encantamento e, pior ainda, afetar a qualidade.

Exatamente por conta disso a Ubi decidiu não lançar um "Assassin's Creed" de grande porte em 2016 e focar esforços no próximo título, que sai já neste ano!

Listamos abaixo aspectos marcantes da série que merecem carinho maior no novo episódio e que ajudariam muito "Assassin's" a se reerguer com dignidade:

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    História do presente

    Faz tempo que a trama contemporânea de "Assassin's Creed" deixou de ter algum peso ou importância na fraquia - ainda mais depois do final decepcionante de "Assassin's Creed III". É hora de a Ubisoft decidir o que fazer com ela: ou a desenvolve de forma empolgante e relevante, entrelaçando com a exploração histórica, como tão bem fizeram os primeiros jogos da série, ou simplesmente corta de vez esse elemento. Afinal, quem gosta de "Assassin's Creed" não precisa de uma desculpa esfarrapada e desengonçada para viajar por diferentes períodos da História.

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    Parkour!

    "Assassin's Creed Unity" diluiu demais a experiência de escalar construções e explorar cidades. Muitos prédios não tinham o mesmo desafio de escalada de episódios anteriores e, em linhas gerais, não havia muita diferença entre correr pelos telhados ou ruas da cidade. Por sua vez, "Syndicate" facilitou demais a tarefa ao introduzir o gancho 'estilo Batman'. Ficou tão fácil que perdeu qualquer graça ou desafio. Para uma série de jogos que tem o parkour como uma de suas principais mecânicas, seria importante resgatar o brilho e diversão nessa área.

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    Protagonistas carismáticos

    Até que "Syndicate" fez bonito com os irmãos Evie e Jacob Frye, figuras intensas e carismáticas, mas o retrospecto recente da série joga contra. Arno Dorian, de "Unity", parece uma tentativa fracassada de repetir Ezio Auditore e teve muito mais espaço do que a colega Elise De LaSerre ou Aveline, de "AC III: Liberation" - personagens muito melhores. Algo parecido aconteceu com Connor Kenway, que é muito sem graça e teve bem mais destaque do que o pai e o avô, Haytham e Edward, respectivamente. Enfim, é hora de um novo protagonista de personalidade forte e carisma ter o devido destaque para dar força à história e aventura.

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    Eventos históricos

    Um elemento realizado com muita qualidade e elegância nos primeiros episódios, especialmente a trilogia de Ezio, era a mistura de ficção com realidade. Muitas das missões dos games tinham como pano de fundo eventos históricos que aconteceram de verdade, mostrando como assassinos, templários e outras figuras influenciaram o destino de muitos deles. Esse equilíbrio se perdeu nos títulos mais recentes. Às vezes o jogador participa demais desses eventos, deixando menos crível o laço com a realidade (como aconteceu demais em "AC III"), enquanto em outros casos a balança pesa para o outro lado e momentos de extrema importância passam como meras notas de rodapé (um mal frequente em "Unity"). Buscar inspiração nos primeiros "Assassin's Creed" pode ser um passo importante para tornar a mistura de História e fantasia um ponto forte novamente.

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    Multiplayer

    Foi uma grande surpresa quando "Brotherhood" apresentou um modo multiplayer. Mesmo assim, a simplicidade do 'pega-pega' virtual entre assassinos empolgou e conquistou um público fiel. A cada novo "Assassin's", porém, a brincadeira foi ficando cada vez mais e mais complexa, culminando no confuso multiplayer de "Unity", que tentou emplacar missões cooperativas, mas não funcionou bem e ainda deixou chateada a galera que gostava das competições. Mais uma vez, vale considerar jogar simples e apresentar um multiplayer sem grandes complicações e que valorize a jogabilidade stealth que tanto marca a franquia.