Como "Candy Crush" faz US$ 40 milhões por mês mesmo sendo gratuito
É nos jogos grátis que mora o dinheiro. Foi isso que as produtoras de games para celulares descobriram ao longo dos últimos anos.
Nos primórdios das lojas de aplicativos para smartphones, jogos como "Angry Birds" e "Cut the Rope" faziam sucesso sendo vendidos a um dólar cada. Mas o modelo de negócios ficou ultrapassado: eliminar totalmente o custo de entrada de jogos como "Candy Crush Saga" e "Clash Royale" aumentou exponencialmente o total de jogadores... e também o rendimento.
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Segundo estimativas da Think Gaming, "Candy Crush Saga" gera mais de US$ 40 milhões para os bolsos da produtora King todos os meses. Eles ainda revelam: dos 50 jogos de celulares que mais lucram, 50 podem ser baixados de graça.
Mas como é que essas empresas fazem tanto dinheiro com jogos grátis?
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Tempo é dinheiro
Você pode jogar de graça. Mas jogar quando e quanto você quiser? Só pagando. Quem quer se divertir na faixa precisa se acostumar a esperar.
O tempo é uma arma poderosa nas mãos das produtoras. Elas usam o relógio para limitar as ações dos jogadores. Quer que essa construção nova no "Clash of Clans" fique pronta em menos de 24 horas? Abra a carteira. -
Moedas feitas para confundir
A conversão de dinheiro real para as moedas 'premium' que compram benefícios nos jogos grátis nunca é clara. A ideia é bem simples: não deixar o jogador saber exatamente quanto dinheiro ele está gastando com cada item no game.
Em "Pokémon GO", US$ 100 compram 14,5 mil PokéCoins, que podem ser usadas para comprar incensos a 80 PokéCoins a unidade. Quanto custa um incenso em dinheiro real? Vai saber. -
"Você tem certeza de que quer perder?"
Em jogos como "Monster Strike", você pode pagar por uma segunda chance. Ou então pode jogar fora todos os itens e o progresso que conseguiu até agora nesta fase, e tentar de novo mais tarde.
É uma estratégia comum em games grátis 'premiar temporariamente' os jogadores, e depois ameaçar tomar de volta tais prêmios. -
Caçando baleias
O tipo de jogador favorito das produtoras chama-se "baleia". São os maiores gastadores - de acordo com a Swrve, os 0,15% do total de usuários que pagam mais de 50% dos rendimentos dos jogos grátis.
De acordo com reportagem da Forbes, vale tudo para que eles coloquem a mão no bolso: até mesmo aumentar sorrateiramente os preços para usuários que já se mostraram dispostos a pagar anteriormente.
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