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Com adeus em 2016, veja legado de PlayStation 3 e Xbox 360

Os veteranos PlayStation 3 Xbox 360 deixam espaço para a nova geração em 2016 - Montagem/UOL
Os veteranos PlayStation 3 Xbox 360 deixam espaço para a nova geração em 2016 Imagem: Montagem/UOL

Do Gamehall

22/12/2015 10h05

"É hora de dar tchau". Tanto o PlayStation 3 quando o Xbox 360 passaram o ano de 2015 em ritmo de final de episódio de "Teletubbies". No período, houve poucos lançamentos para a dupla, além de uma dinâmica de desenvolvimento desfavorável - se, antes, era comum vermos jogos pensados para os dois consoles terem versões com melhorias lançadas para seus irmãos mais novos, agora a situação se inverte. Diversos games criados para PlayStation 4 e Xbox One passaram a ser lançados para os videogames mais antigos com significativa perda de qualidade, como foi o caso de "Call of Duty: Black Ops III".

A previsão para 2016 é que a quantidade de novos títulos para os "vovôs" fique ainda menor. Jogos anuais, como os esportivos "Fifa" e "PES" ainda deverão ter versões para os consoles da geração passada, mas as grandes novidades deverão ser exclusivas da geração mais recente. Esse cenário de despedida acaba sendo um bom momento para se fazer um balanço dos últimos dez anos (no caso do Xbox 360, lançado em 2005; já o PlayStation 3 chegou ao mercado um ano depois) e definir o que a sétima geração de consoles deixou de bom e de ruim. Confira!

O legado de PlayStation 3 e Xbox 360

  • Reprodução

    Amarelo e vermelho são as cores mais quentes

    E o título acima é literal. O início de vida de PlayStation 3 e Xbox 360 foi marcado pelo problema do superaquecimento, tanto que é raro encontrar jogadores que até hoje possuem consoles da primeira fase de produção dos aparelhos.

    No caso do Xbox 360, as infames "3RL" ("Three Red Lights", alusão às três luzes vermelhas que sinalizavam que o aparelho estava condenado) motivaram uma série de atualizações do videogame e tiraram o sono dos jogadores, especialmente durante o verão.

    Já no caso do PS3, o problema demorava um pouco mais para aparecer, porém era quase inevitável após um período de uso. A YLOD (Yellow Light of Death) tendia a surgir durante partidas de games que exigiam mais do processamento do console. O fato do problema demorar a surgir não era, necessariamente, uma vantagem, uma vez que boa parte dos aparelhos afetados já estavam fora da garantia.

    A experiência, aparentemente, teve um resultado bom: tanto PlayStation 4 quanto Xbox One se mostram aparelhos muito mais confiáveis do que seus antecessores e poucas unidades apresentaram problemas desde o lançamento.

  • Montagem/UOL

    A era das superproduções

    A geração passada também marcou uma alta considerável no valor necessário para se produzir um jogo, fenômeno visto em especial após a metade da geração. E isso teve dois impactos principais na indústria: enquanto games mais elaborados passaram a ter seu período de desenvolvimento mais demorado, essas produções ajudaram a firmar os videogames como um tipo de arte comparável ao cinema.

    Outro fator que exigiu bastante das empresas desenvolvedores foi a diferença considerável na arquitetura dos dois videogames. Enquanto Xbox 360 possuía elementos comuns aos PCs, o PlayStation 3 utilizava o chip Cell, mais potente, porém mais complexo de ser aproveitado em todo seu potencial.

    Nesse cenário, vimos o surgimento de novas franquias. Enquanto o PlayStation 3 atacou com "Demon's Souls", "inFamous", "LittleBigPlanet", "Resistance: Fall of Man" e "Uncharted: Drake's Fortune", o Xbox 360 viu nascer as série "Bioshock", "Crackdown, "Dance Central", "Dead Rising", "Forza Horizon", "Gears of War", "Mass Effect", entre outros.

  • Montagem/UOL

    Acabou o rum

    A sétima geração de consoles marcou dois momentos bastante distintos para a pirataria. Enquanto ela se proliferou no Xbox 360 - mas impedia que seus adeptos jogassem online -, a adoção do BluRay como mídia manteve o PlayStation 3 a salvo dos piratas por mais tempo. Em ambos os consoles, a atualização frequente dos seus sistemas operacionais também constituiu uma barreira para a prática.

    A presença oficial de Microsoft e Sony no país ajudou nessa luta. Ainda que caros, o acesso facilitado a jogos originais ajudou a despertar a disposição do jogador brasileiro em investir nesse tipo de produto.

  • Divulgação

    Cada um no seu sofá

    Acreditem: houve um tempo quando era necessário ir até a casa de um amigo para disputar uma partida de videogame. Com suporte nativo à conexão com a Internet, tanto PlayStation 3 quanto Xbox 360 mudaram de vez esse cenário e consolidaram o multiplayer online como a principal opção para enfrentar outros jogadores.

    Nesse contexto, a PlayStation Network e a Xbox Live passaram a ter papel fundamental na jogatina. Enquanto a rede online do PS3 era gratuita - o plano PS Plus viria depois -, a do X360 exigia assinatura. Se, por um lado, elas ajudaram a aproximar os jogadores, por outro ambas foram responsáveis por tornar mais raro o divertido multiplayer local.

  • Rodrigo Lara/Gamehall

    Quem precisa de caixinhas?

    Outro legado de PlayStation 3 e Xbox 360 diz respeito à popularização da distribuição digital de jogos nos consoles. É verdade que apenas na parte final da geração todos os jogos lançados passaram a ter versões em mídia física e digital, mas a iniciativa pavimentou o caminho para a adoção dessa prática na atual geração

    Ao mesmo tempo, a distribuição digital gerou outros dois benefícios. O primeiro diz respeito à abetura de espaço para os jogos indie, produções menores, mas, por vezes, muito mais criativas e viciantes do que os grandes blockbusters. A possibilidade de jogar games de consoles antigos foi outro benefício, uma vez que a retrocompatibilidade por hardware só existiu no PlayStation 3 e, ainda assim, apenas nas primeiras unidades do aparelho.

  • Montagem/UOL

    Expansões ou jogos incompletos?

    A sétima geração também popularizou as famigeradas expansões. Popularmente conhecidos por DLCs, os conteúdos extra dividiram as opiniões de jogadores e, muitas vezes, eram considerados uma mera forma das produtoras ganharem uma grana extra para cobrir os custos mais elevados de produção, especialmente quando eles já estavam no disco do jogo e eram somente desloqueados.

    Novos mapas, roupas para personagens e histórias paralelas: havia todo tipo de conteúdo disponível. A prática também subverteu uma lógica vista em jogos mais antigos. Ao invés de jogar mais ou realizar proezas para desbloquear extras, os jogadores passaram a ter que pagar por isso.