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Sem controle: 10 jogos violentos que muita gente jogou quando era criança

Até mesmo as propagandas de alguns games, como "Mortal Kombat", apelavam para a violência - e envolviam crianças - Reprodução
Até mesmo as propagandas de alguns games, como "Mortal Kombat", apelavam para a violência - e envolviam crianças Imagem: Reprodução

Do Gamehall

19/03/2017 10h01

Não é de hoje que um assunto tira o sono dos pais: como controlar o acesso dos filhos a games violentos. Por mais que o assunto esteja em voga na atualidade e estudos mostrem que não há relação entre esses games e a formação da personalidade das crianças, a situação parece bem mais sob controle do que o visto nos anos 1990.

A década marcou o nascimento de séries de games célebres por sua violência que, por serem facilmente encontrados em arcades de shopping ou pirateados - no caso de jogos para computador, eram acessíveis a um público muito mais jovem do que o seu conteúdo poderia recomendar. Abaixo citamos dez games que, apesar do conteúdo impróprio, acabaram fazendo sucesso entre crianças e adolescentes quando foram lançados. 

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    Splatterhouse

    Lançamento: 1988

    Os games do estilo "beat'em up" estavam em alta no final dos anos 1980 e "Splatterhouse" trazia uma novidade para a fórmula: o jogador, na verdade, explorava uma mansão macabra sob a influência de uma máscara que garantia superpoderes. E, ao invés de apenas bater nos inimigos, era possível usar armas como um facão para parti-los ao meio. O game ganhou uma sequência para Mega Drive que continuava sem economizar na violência.

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    Mortal Kombat

    Lançamento: 1992

    Apesar de não ser o primeiro game a trazer violência gráfica, "Mortal Kombat" ficou célebre por fazer isso de forma, digamos, bem crua. Os "Fatalities", golpes de misericórdia após uma vitória que envolviam matar um oponente de formas bem violentas - arrancando a sua cabeça, por exemplo -, eram o ponto alto do game. No Brasil, era raro ir a algum shopping e não ver uma máquina com o jogo. Essa riqueza de detalhes violentos motivou, por exemplo, a criação da ESRB, órgão que determina a classificação indicativa de games nos Estados Unidos, e também fez com que versões caseiras do jogo fossem censuradas (caso do Super Nintendo) ou exigissem um código para mostrar sangue (situação da versão para Mega Drive).

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    Doom

    Lançamento: 1993

    Ainda que não seja o verdadeiro "pai" dos FPS, "Doom" foi um dos responsáveis por popularizar o gênero. E fez isso colocando o jogador na pele de um soldado espacial que luta contra criaturas demoníacas. Era um jogo relativamente leve e, por ser distribuído como shareware - uma espécie de demo que apresentava uma parte do game por tempo limitado -, era muito fácil obter uma cópia. Se hoje o game parece tudo, menos realista, há mais de duas décadas a situação era bem diferente: ver inimigos sangrando a cada tiro em uma perspectiva na qual só a sua arma aparecia na tela era algo que chocava o mundo pela violência.

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    Duke Nukem 3D

    Lançamento: 1996

    Aproveitando o sucesso de "Doom", "Duke Nukem 3D" colocava os jogadores de PC para enfrentar aliens de diversos tamanhos e tipos - incluindo policiais com cabeça de porco. Armas mais potentes eram capazes de despedaçar os inimigos e o game também tinha outro ingrediente: nudez feminina. Ao longo das fases, o jogador encontra, por exemplo, strippers que tiram a roupa mediante a oferta de dinheiro. Em outros níveis, mulheres sequestradas pelos aliens aparecem presas ao cenário e praticamente sem roupa. O resultado de tudo isso: mais um jogo banido no Brasil.

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    Phantasmagoria

    Lançamento: 1995

    "Phantasmagoria" aproveitou a então moda de criar games do tipo adventure como se fossem filmes interativos. O jogo conta a história de uma escritora que se muda para uma mansão mal-assombrada. O fato de ter um elenco composto por atores reais dava mais impacto às cenas de conteúdo violento e sexual. Outro ponto que fez o jogo se tornar popular era o fato de ele acompanhar alguns "kits multimídia", como eram chamados os conjuntos de placa e caixas de som e drives de CD para PC.

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    Resident Evil

    Lançamento 1996

    Por mais que os gráficos originais de "Resident Evil" hoje pareçam datados o suficiente para não assustar ninguém, na época do seu lançamento para PlayStation e Saturn as cenas com atores reais no início do game somadas a passagens que mostram zumbis comendo pessoas e a história macabra tornavam o game assustador. Ainda assim, foi um sucesso entre adolescentes e ajudou a solidificar o estilo de "horror de sobrevivência".

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    Grand Theft Auto

    Lançamento: 1997

    O maior problema de "GTA" não era a forma, mas sim o conteúdo. A sua visão de cima para baixo não destacava tanto a violência - sim, havia sangue, tiros etc -, mas a progressão do jogo, que premiava os jogadores que cometiam crimes como roubar carros ou assaltar bancos, gerou bastante discussão à época. O resultado disso foi o banimento do game no Brasil, o que não impediu encontrar cópias piratas do game com facilidade.

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    Carmageddon

    Lançamento: 1997

    Esse seria um game que passaria quase despercebido se não fosse a controvérsia que ele gerou. Trata-se de um jogo de corrida no qual o jogador enfrentava adversários e o relógio. Existiam formas de expandir o tempo restante para terminar uma corrida, sendo atropelar pedestres uma das mais utilizadas. O game foi censurado em diversos países, chegando a ser banido no Brasil. O que, claro, não impedia que crianças e adolescentes conseguissem uma cópia ilegal.

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    The House of the Dead

    Lançamento: 1997

    Outro sucesso dos shopping centers, "The House of the Dead" era figura carimbada em arcades. O jogo de tiro, que podia ser jogado em duas pessoas, colocava os jogadores frente a uma tela enorme e com duas pistolas nas mãos. A missão era explorar uma mansão repleta de zumbis e outras criaturas, que se despedaçavam a cada tiro levado. Apesar desse conteúdo, o game não chegou a ser proibido em nenhum lugar.

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    God of War

    Lançamento: 2005

    Um dos grandes sucessos do PlayStation 2, "God of War" não economizava quando o assunto é violência. O espartano Kratos matava seus inimigos das formas mais cruéis possíveis e, claro, o jogador não era poupado de nenhum detalhe. O mesmo valia para passagens com teor sexual. A extrema popularidade do PlayStation 2, aliada ao fato de "God of War" acabar se transformando em um carro-chefe do console e à presença extensa da pirataria em países como o Brasil fez o game alcançar um enorme sucesso - e, claro, ser jogado por muitas crianças e adolescentes.