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Atom Zombie Smasher

10/02/2011

GUILHERME SOLARI
Colaboração para o UOL
Não é todo dia que a vida nos proporciona a doce satisfação de obliterar grandes concentrações de zumbis utilizando bombardeios orbitais. O lançamento indie "Atom Zombie Smasher" vem preencher justamente essa lacuna, apresentando ainda muito bom humor e mecânica de jogo viciante.

Do mesmo criador de "Flotilla", game espacial tático para PC e Xbox Live, "Atom Zombie Smasher" mistura características de Tower Defense e estratégia em tempo real com um resultado final intrigante. O objetivo é salvar quantos civis puder em cidades geradas aleatoriamente conforme elas são invadida por hordas de Zeds, apelido carinhoso dado aos mortos-vivos no país fictício do game.

Para tanto, é preciso coordenar o uso de artilharia, tropas terrestres, helicópteros de resgate, posicionar minas e barreiras. E tudo precisa ser feito antes de anoitecer, quando uma onda gigantesca de infectados invade os mapas por todos os lados, selando o destino dos últimos sobreviventes.

Zumbis + Godzilla = Mega Zeds!

O jogador e os Zeds competem para ganhar mais pontos em cada mapa - o primeiro salvando, o segundo infectando - que vão sendo acumulados na campanha em uma "linha da vitória". Ganha quem chegar no final primeiro.

Conforme avança em pontos, o gamer tem acesso a mais unidades, upgrades e artilharia superior; enquanto os mortos-vivos fazem invasões mais poderosas e eventualmente mutam, trazendo MegaZeds em cada invasão: enormes criaturas que derrubam prédios, esmagam suas queridas barricadas como se fossem de papelão e precisam de grande poder de fogo para vir abaixo.

Defenda as cidades dos zumbis
"Atom Zombie Smasher" até tem uma história, ambientada nos anos 60 em um tal país latinoamericano de nome "Nuevos Aires", que é uma combinação de clichês de repúblicas das bananas a ponto de haver um general chamado Tabajaras e o líder supremo ser conhecido apenas como El Presidente. Mas a narrativa é tão surreal que serve só como uma curiosidade a ser revelada nas vinhetas que são desbloqueadas pelo jogador conforme avança.

Apresentação

A qualidade gráfica é o que se espera de um game indie de orçamento próximo a zero, mas possui lá o seu charme. Os humanos parecem formiguinhas que engoliram poeira verde fosforescente e os zumbis são os pontinhos roxos que seguem atrás. Mesmo assim você se pega vez ou outra gritando para os pobres pixelzinhos correrem mais rápido em direção ao helicóptero enquanto os retardatários da multidão já começam a ser infectados. "Atom Zombie Smasher" possui suporte multiplayer local para você jogar cooperativamente com mais dois amigos.

As cidades sofrem de um leve caso de mesmice e as explosões tem gráficos funcionais. Os sons são bem escolhidos, como o grunhido faminto dos Zeds e as comunicações militares. E ponto extra para a trilha sonora de estilão surf music que bizarramente combina com explodir mortos-vivos em grande escala.

O senso de humor tem um forte apelo ao nonsense que você ou ama ou fica coçando a cabeça sem entender. A arma mais poderosa do jogo, para citar apenas um exemplo, é uma lhama explosiva modificada geneticamente que é capaz de aniquilar províncias inteiras...

Apocalipse à la carte

Quem gosta de dar uma mexida debaixo do capô do jogo vai apreciar a facilidade de se modificar praticamente qualquer parâmetro de "Atom Zombie Smasher". Basta editar um arquivo de texto. Quer tornar as cidades gigantescas? Aumente o tamanho até onde seu processador suportar. Quer criar ondas de zumbis lentos no estilo Romero Clássico? Sem problema. Ondas infinitas para ver até quando sobrevive? Artilharia mais poderosa? Soldados melhores de mira? Tudo pode ser mudado em segundos.

Com tanto potencial, infelizmente "Atom Zombie Smasher" perde algumas oportunidades de ir de jogo casual muito viciante a um game genial. Não há variedade entre os inimigos e os desenhos das cutcenes não só são de qualidade duvidosa como muito reutilizados. Apesar de haver um mapa de campanha, a localização dos territórios não faz diferença. E o jogo tem alguns problemas de balanceamento no final.

CONSIDERAÇÕES

"Atom Zombie Smasher" vale a pena ser conferido por quem busca um jogo de estratégia engraçado, rápido e com aquela capacidade de fazer você se sentar para "só mais uma partida" e depois ver que já se passaram algumas horas. A relativa falta de ambição do game, que insiste em se apegar a um estilo mais casual, pode ser compensada pela facilidade de afiná-lo ao seu próprio gosto modificando qualquer parâmetro. O preço de quinze dólares é até justo para um jogo indie, mas vale a pena dar uma conferida no demo gratuito para ter uma ideia do jeitão do jogo. E talvez você descubra com ele como pode ser gratificante acertar um tiro bem dado de artilharia em uma avenida repleta de zumbis.

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    Atom Zombie Smasher (Pc)

    15 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Blendo Games
    Lançamento: 2011
    Distribuidora: Blendo Games
    Suporte: 1 jogador
    Configuração mínima: Windows XP/Vista, Mac OSX 10.4+, ou Linux; processador 1GHz; memória RAM 512MB; 60MB no disco rígido; compatível com OpenGL; teclado e mouse
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