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Back to the Future Episode 4: Double Visions

RODRIGO GUERRA

Colaboração para UOL

18/05/2011 17h20

O penúltimo capítulo da série basada nos filmes “De Volta Para o Futuro” mostra que, mais uma vez, a Telltale encontra o caminho, mas não ousa e não tenta surpreender o jogador. Em “Double Visions” isso fica claro, tanto no que se diz a respeito da parte da história quanto às mecânicas de jogo, que não evoluíram desde o primeiro episódio. Entretanto o jogo continua engraçado e com várias referências aos longas.

Introdução

Com a chegada do quarto episódio da série Back to the Future, a Telltale Games traz de novo Marty MacFly em suas trapalhadas temporais tentando consertar tudo o que estragou no jogo passado. E como não era de se esperar, muitos momentos engraçados permeiam esta aventura, entretanto, o game começa a mostrar sinais de desgaste e não tem o mesmo charme dos outros títulos da série.

Pontos Positivos

Bom humor em alta

A história já mostrou que Marty McFly viajou entre 1986 e 1930 e ocasionou mudanças bruscas na linha do tempo, transformando a cidade de Hill Valley em um lugar dominado pela mente compulsiva do ‘Cidadão Brown’ e sua esposa Edna.

Agora em “Double Visions” Marty vai tentar colocar as coisas no eixo voltando a 1930, porém, como é de se esperar, sem muito sucesso. A missão dele será separar o jovem Emmet Brown de Edna, mas claro que isso não será fácil vai criar e diversas situações engraçadas.

Nostalgia para os fãs

Os fãs dos filmes vão adorar ver Marty McFly tocando sua guitarra em um alto falante gigantesco, que fazem as pessoas saírem do chão e dançarem feito loucas. O jogo tem diversas referencias aos filmes. O final do game mantém a expectativa para que o próximo jogo da série marque com chave de ouro o capítulo que encerra esta temporada de jogos.

Pontos Negativos

Não precisa pensar muito

Uma das coisas que sempre foi um ponto fraco dessa série são os quebra-cabeças e “Double Visions” só mostra que a Telltale não se esforçou muito para mudar essa imagem. Muitos dos puzzles se resumem em combinar objetos com o ambiente.

O pior é que a pouca seleção de itens permite seguir a linha de tentativa e erro para resolvê-los. Além disso, existe uma parte extremamente tediosa, como a que Marty tem que escanear o cérebro do jovem Emmet. A repetição é tamanha que dá até vontade de parar de jogar e fazer outra coisa.

Problemas de programação aos montes

É desapontador a forma que o jogo continua mantendo os mesmos problemas de programação desde o primeiro episódio (lançado em dezembro de 2010). Após cinco meses a Telltale não ouviu o retorno dos fãs que reclamam dos problemas com o controle esquizofrênico.

 

Andar em direção a um ponto determinado do cenário é uma tarefa árdua e irritante. Não basta apontar para a direção que você quer ir, você tem que pensar nas mudanças bruscas de câmera ou adivinhar quando os controles mudam de uma hora pra outra sem nenhum motivo aparente. Além disso, este capítulo é marcado pela falta de sincronia de efeitos sonoros, o que tira todo o clima do jogo.

Nota: 6 (Razoável)