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Blacksite Area 51

29/11/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Área 51 é um centro de testes da Força Aérea dos Estados Unidos, mas seu nome também é associado a conspirações, no qual o governo estaria fazendo pesquisas com alienígenas. Como não poderia deixar de ser, o assunto foi abordado em vários filmes e games. Em 2005, a Midway desenvolveu "Area 51", um jogo de tiro em primeira pessoa para PC, Xbox e PlayStation 2. Mas, apesar do nome e gênero similar, e o fato de ter sido feito pela mesma produtora, a Midway de Austin, não há muita conexão entre "Blacksite: Area 51" e "Area 51".

Iraquianos e alienígenas

O game apresenta o protagonista Aeran Pierce, membro da tropa de elite Delta Force, cuja missão é investigar a existência de armas de destruição em massa no Iraque. Em conversas paralelas, os soldados divagam sobre assuntos espinhosos, como o tratamento de prisioneiros (Abu Ghraib aparece como cenário) e a validade da tortura. Muitas das fases têm títulos relacionados com frases ditas por membros do governo Bush sobre a guerra contra o terror. Mas não se trata de um game sobre o conflito no Iraque, mas de estranhas criaturas alienígenas, no qual o governo está metido até o pescoço.

Críticas à administração Bush a parte, "Blacksite: Area 51" é um típico game de tiro em primeira pessoa, bem genérico. Não é um jogo ruim, mas não se encontra nenhum diferencial que o faça distinguir de outros títulos do gênero. Afinal, a concorrência é chumbo grosso: "Crysis", "Halo 3", "BioShock", "Gears of War", "Call of Duty 4" e por aí vai.

O título até começa bem, trazendo cenários de bom impacto visual do Iraque. Nota-se estátuas do ex-ditador Saddam Russeim espalhadas pelas vilas, placas em árabe, em por exemplo. Nos primeiros combates, causou surpresa que os abrigos são destrutíveis, mas é apenas uma boa impressão inicial. No fim das contas, a quantidade de objetos quebráveis é pequena.

Nas primeiras fases, a impressão é de estar jogando um "Call of Duty" que se passa no Oriente Médio, mas sem a dramaticidade que caracteriza o clássico da produtora Infinity Ward. Logo o título se mostra sem inspiração, repetindo inimigos, burros como uma porta, e os cenários ficando cada vez mais genéricos. Falta imaginação também no roteiro - tanto do enredo como no prosseguimento das fases, que é basicamente linear, com algum espaço para exploração, mas por vezes confuso para achar a próxima saída.

Licença para abrir portas

Durante o desenvolvimento do game, a Midway fez estardalhaço do sistema de esquadrão. Os seus companheiros são mesmo indispensáveis, mas por um motivo nada empolgante: aparentemente, só eles conseguem abrir portas. Pois, em combate, seja qual for o nível de moral do grupo, não fazem muita diferença. Nada de perder tempo com tática de flanqueio ou coisa parecida: pense que você está sozinho nesta luta. Ao menos, não é trabalhoso dar ordens para seu grupo: apenas um botão é usado para isso.

Os controles são básicos de qualquer jogo de tiro em primeira pessoa. E o sistema de energia também: o jogador morre quando leva muitos danos continuamente, recuperando a força quando consegue se abrigar. Além de lidar com uma variedade de armas, o jogador pode usar artilharias (ou mandar alguém utilizá-las). Há também veículos, no qual se pode assumir a direção ou a arma montada, se houver. Aqui, há certa resistência aos controles, que transporta a mesma mecânica de quando se está a pé, e isso é um tanto estranho.

Tiros no vazio

Sem muitas surpresas (mas com alguns sustos), a campanha não empolga muito, mas tem boa duração. Naturalmente, sendo um game de tiro em primeira pessoa, traz um multiplayer. Mas nesse game só é possível jogar online. Até dez participam das modalidades, que são as básicas mata-mata individual, mata-mata por times e capture-a-bandeira. A única mais ou menos original é a abduction, no qual os humanos tentam se salvar e os não-humanos tentam infectar os primeiros.

As partidas rolam de forma satisfatória, sem muito problema com tropeços de conexão, mas o problema é a falta de inspiração e, nesse modo especificamente, de acabamento. Também é difícil engolir que apenas dois mapas estão disponíveis para capture-a-bandeira. Enfim, provavelmente, o único incentivo para passar mais tempo que o desejado no multiplayer ou refazer a campanha são as conquistas.

Visualmente, "Blacksite: Area 51" tem momentos de brilho (como é o caso da reprodução do Iraque, por exemplo), mas na maior parte do tempo, os cenários são pouco inspirados. O maior mérito foi ter usado a Unreal Engine 3, uma tecnologia realmente capaz, mas os méritos técnicos e artísticos estão a anos-luz de "Gears of War". Com poucos objetos destrutíveis ou móveis, o cenário parece sem vida. Há algumas partes grosseiras, como na definição de sombras.

A trilha sonora é algo que se espera de um game desse tipo, mas nada memorável. Os efeitos de tiro até tem impacto, porém deixa a desejar a sonoplastia da explosão. A dublagem tanta capturar o estereótipo do soldado durão e seu senso de humor típico, no entanto, o resultado não é nada fora de série.

CONSIDERAÇÕES

Não há nada terrivelmente errado com "Blacksite: Area 51" (exceto quando congela tudo, o que acontece de vez em quando). É um game de tiro em primeira pessoa até competente, principalmente no modo de campanha. O problema é que ser apenas passável não é suficiente num gênero tão disputado como esse, em que desfilam alguns dos mais sérios candidatos a jogo do ano, principalmente para PC e Xbox 360. Ou seja, é muito mais negócio conferir esses jogos imperdíveis primeiro.

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    BlackSite: Area 51 (Pc)

    49 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Midway
    Lançamento: 12/11/2007
    Distribuidora: Midway Austin
    Suporte: 1-10 jogadores
    Configuração mínima: Windows
    Outras plataformas: PS3 X360
    RegularAvaliação:
    Regular

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