Civilization V: Gods and Kings

“Civilization V: Gods and Kings” não é um mero pacote de expansão: é muito mais do que isso. Esse extra traz muito mais que novas ferramentas para a construção e evolução de um império digital, e adiciona elementos realmente importantes e que mudam drasticamente a dinâmica de jogo.

São muitas novidades que chegam no download do extra: 9 civilizações inéditas, novas unidades, um avanço significativo na diplomacia e uma nova forma de dominação baseada em religião. A mecânica continua a mesma de “Civilization V”, por isso os jogadores não sentirão um grande impacto com as adições.

Entretanto, vale lembrar que, assim como em “Civilization V” o modo multiplayer de : “Gods and Kings”  não deve nem ser experimentado, pois a mecânica não foi feita para jogar na companhia de amigos.

Encare este pacote de expansão como parte essencial para sua experiência com "Civilization V", pois ele traz novas formas de conquistar e aprender sobre história - e se divertir muito no caminho.

Introdução

A série “Civilization” é conhecida por sua mecânica de estratégia por turnos e por trazer consigo uma grande aula de história antiga. Com o pacote de expansão “Gods and Kings” o jogador vai poder continuar ‘estudando’ sobre as origens da humanidade e ainda entender um pouco mais sobre as religiões de cada canto do planeta.

Somando ao vasto panteão de celebridades históricas já existentes no game original, o pacote traz nove civilizações completas (os austríacos, bizantinos, cartagineses, celtas, etíopes, hunos, maias, holandeses e suecos), além de novos recursos, construções e novas formas de vencer o game.

Pontos Positivos

“Gods and Kings” traz 9 civilizações novas e cada uma delas possui ao menos uma unidade nova. Esse é o caso dos cartagineses, que podem treinar elefantes de guerra. Cada povo tem habilidades especiais, como os austríacos que podem ‘comprar’ cidades-estados.

Esses povos melhoraram o equilíbrio, e adicionam aquele tempero de aula de história combinado com videogame típico da série.

Existem fatos que não podem ser esquecidos na história da humanidade: a humanidade é influenciada pela religião. Basta ver como os gregos impactaram as crenças dos romanos e, mais tarde, como o cristianismo se expandiu e se espalhou pelo globo.

Essa observação foi feita pela Firaxis e implementada em “Gods and Kings”, que conseguiu desenvolver uma mecânica que interfere no desenvolvimento de sua sociedade e pode ser decisiva para uma vitória.

Ao conseguir fundar uma religião, seus profetas podem espalhar sua crença por todas as cidades do mundo. Quanto mais seguidores, mais influência – e isso pode ser convertido em dinheiro ou outros recursos para o jogador (ou seja, é benéfico suficiente para você se importar em expandir este tipo de recurso).

Uma coisa que frustrava em “Civilization V”, era o fato de alguns líderes controlados pelo computador não corresponderem às suas contrapartes reais. O maior exemplo era Ghandi, um grande pacifista que no jogo sempre optava pela força e guerra – deixando todas as outras opções de vitória de lado.

Agora é diferente. Os líderes pacíficos não estão dispostos para entrar em guerra e o mesmo pode ser dito dos povos mercantes e dos expansionistas. Em dificuldades elevadas é possível notar que é mais fácil definir uma partida pela diplomacia do que por um grande exército sangunário que dizima tudo o que está pelo caminho.

Ainda na parte diplomática, os governantes estão mais abertos para negociações de itens raros ou incomuns. Isso não quer dizer que você conseguirá fazer trocas nas quais apenas seu povo tenha vantagem, porém a I.A. estudará suas propostas com mais carinho.

Os espiões também fazem aparição em "Gods and Kings". Esses agentes do governo podem ser instalados em cidades adversárias e conseguir informações fundamentais, como os planos de guerra, as alianças que são formadas e até podem roubar tecnologias que seu povo ainda não teve acesso.

Pontos Negativos

O multiplayer online deve ser evitado a todo custo ou no máximo com uma pessoa do outro lado da linha. Isso porque “Civilization V” é um jogo de estratégia baseado em turnos, e como tal, pode existir uma demora para seguir ao próximo turno.

O jogo online funciona mais ou assim: a cada turno os jogadores tomam suas decisões de movimento de unidades, construção em cidades e por aí vai. O próximo turno só entrará em vigor quando todos os jogadores terminarem suas ações e apertarem o botão “next turn” – e isso fica muito demorado em estágios avançados.

As ações das nações controladas pelo computador melhoraram muito, porém é fato que o computador não regula bem da cabeça em dificuldades abaixo do ‘difícil’. Em certas ocasiões os adversários preferem invadir cidades fortemente armadas no lugar de invadir áreas que poderiam ser dominadas facilmente.

Além disso, a inteligência artificial (I.A.) fica revoltada com a aproximação do jogador com cidades-estados (mesmo que elas não tenham relação alguma), ou ficam profundamente magoados quando uma nova cidade é construída a menos de cinco exágonos de distância de sua fronteira. E é mágoa mesmo, pois o computador nunca vai esquecer, nem perdoar,  ficando com aquela cara carrancuda pelo resto da partida.

Nota: 8 (Ótimo)