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Conflict: Denied Ops

19/02/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
O quinto jogo da série "Conflict", iniciada em 2002 com "Conflict: Desert Storm", marca a franquia por duas grandes mudanças: agora a perspectiva é em primeira pessoa, ao contrário da terceira nos outros capítulos, e ele conta com a interessante opção de colocar dois protagonistas ao mesmo tempo durante a ação. Pena que o jogo não tenha muito mais a oferecer.

Exército de dois homens

Cooperação é chave para a vitória
Ação gira em torno de dois soldados: o novato fortão Graves, dono de uma poderosa metralhadora, e o esguio e traiçoeiro Lang, especialista em rifle de longa distância. Os dois são encarregados de uma série de missões para impedir que um ditador venezuelano lance mísseis mundo afora.

Com a mecânica do jogo se baseia no gerenciamento de habilidades dos dois personagens, que se alternam em tempo real pelo jogador, eles nunca trocam de armas, podendo apenas contar com algumas melhorias nas atuais. Não seria exatamente um problema se o jogo contasse com desafios espertos e uma inteligência artificial funcional, com objetivos que realmente tornasse esta dependência necessária, mas o que acontece é que, na maioria das vezes, tudo se resume a um cobrir o outro.

Mas há um grande problema nessa dinâmica: o computador não controlará seu parceiro corretamente ou atenderá suas ordens direito. Não é rara a ocasião em que você chega ao ponto final de um estágio, com o resgate de helicóptero, e percebe que seu companheiro está ainda na metade da fase, enfiado em um buraco ou simplesmente encarando uma ameaçadora parede.

Então você acaba tendo que percorrer a mesma fase duas vezes, selecionando o sujeito que ficou para trás para levá-lo até a saída. Não que em combate ele faria falta; muitas vezes o cara que deveria lhe dar cobertura só serve como isca para os inimigos, ficando em pé, sem defesa, pronto para morrer repetidas vezes.

Tudo isso melhora um pouco em uma partida com dois jogadores controlando os heróis, por conexão local, com tela dividida, ou mesmo online. É o que salva o jogo da perda total, já que muitos curtem campanhas cooperativas e não há tantas opções assim no mercado.

Design genérico

Atire em tudo que se mova
Se o grande trunfo do jogo já não funciona exatamente como deveria, o restante mal consegue segurar as pontas, não só pela falta de competência de sua desenvolvedora, mas também pela falta de coragem em tentar adicionar qualquer elemento novo.

Tudo é bem linear, com objetivos batidos como recuperar dados de computadores ou desativar bombas. Há geralmente muitos inimigos para tentar tornar tudo mais emocionante, mas como eles não são exatamente geniais, não é necessário muito esforço para acabar com todos.

Determinadas missões ainda requerem o uso de veículos, que funcionam razoavelmente bem mas não ficam por tempo suficiente em cena para tornar o jogo mais divertido.

Se não bastasse, toda a apresentação do jogo é extremamente pobre. Algumas animações são tão canhestras e texturas são tão estouradas que se comparam a jogos do Playstation 2. O sistema de física então é especialmente hilário: os obrigatórios tonéis explosivos, por exemplo, ora voam pelos ares como se fossem mísseis enquanto outras vezes flutuam como plumas.

Chega a dar saudade de jogos da geração passada, alguns mais velhos do que até mesmo o primeiro jogo da série "Conflict", como "Red Faction" ou "Timesplitters", muito mais bem acabados e criativos do que um jogo feito com tecnologias muito mais poderosas e atuais como este.

Há ainda um modo multiplayer, que a exemplo do restante do jogo, segue o manual do gênero à risca. Bem, para falar a verdade, ele deve seguir um manual bem antigo, já que só estão disponíveis três modos (deathmatch, team deathmach e conquest) e não é possível controlar novos personagens ou utilizar outras armas não encontradas na campanha principal. É isso mesmo, há uma grande chance de todos jogarem e se parecerem exatamente como você.

CONSIDERAÇÕES

Mesmo sendo um título econômico, com o preço um pouco menor do que o habitual, "Conflict: Denied Ops" não consegue se destacar no mercado atual, não por causa de seus competidores, mas pela total falta de competência da desenvolvedora, que mesmo não adicionando nada de novo ao gênero, não conseguiu entregar o básico de maneira convincente.

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    Conflict: Denied Ops (Pc)

    38 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Pivotal Games
    Lançamento: 12/02/2008
    Distribuidora: Eidos
    Suporte: 1-16 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Windows
    Outras plataformas: PS3 X360
    DispensávelAvaliação:
    Dispensável

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