UOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos onlineUOL Jogos - Tudo sobre games e Jogos online
UOL BUSCA

PC

Crysis

23/11/2007

THÉO AZEVEDO
Da Redação
"Far Cry" foi uma estréia de primeiríssima classe para a então desconhecida Crytek, especialmente em função dos gráficos excepcionais. "Crysis", segunda investida da produtora, eleva tal nível de excelência a um novo patamar, com o visual mais impressionante já visto em um game, mas sem as falhas registradas no "antecessor". O que é mais importante destacar, contudo, é que a experiência como um todo vale a pena, para fãs de "shooters" ou não.

Beca invocada

Gráficos e física
À primeira vista, o enredo não inspira empolgação: em 2020, uma equipe de arqueólogos dos Estados Unidos, que trabalha em uma ilha no Mar das Filipinas, interrompe a comunicação quando o local é invadido pelo exército da Coréia do Norte. Cabe a você, membro das Forças Especiais norte-americanas, dirigir-se até lá e averiguar o que está acontecendo - e, eventualmente, descobrir que a real ameaça veio do espaço.

Ao longo da campanha single-player, que dura entre 10 e 15 horas, a trama é contextualizada freqüentemente, através de animações que utilizam a própria tecnologia gráfica do jogo, a CryENGINE 2. Os diálogos com outros personagens e a comunicação via rádio mantêm você atualizado sobre as missões. Ou seja, não é um daqueles jogos que impõem objetivos que você nunca sabe exatamente porque deve cumprir.

A Nanosuit, traje utilizado pelas forças dos Estados Unidos, é o grande trunfo para sobreviver à paradisíaca ilha que serve de cenário para a ação. Além da barra de energia convencional, há uma segunda, que permite utilizar quatro poderes especiais: Speed, que multiplica a velocidade do protagonista; Strength duplica a força e aumenta a altura dos saltos; já Armor reforça a capacidade de defesa da armadura; com Cloak, é possível passar alguns instantes despercebido aos olhos inimigos.

Graças ao traje, que brilha de um jeito invocado quando utilizado, os freqüentes tiroteios adquirem teor estratégico. E aberto, afinal, você fica à vontade para escolher qual poder empregar e quando fazê-lo, pesando prós e contras. No caso do Cloak, por exemplo, um disparo revela a sua posição e movimentar-se faz gastar energia mais rapidamente - as energias de vida e da Nanosuit regeneram-se automaticamente. Em último caso, se o jogador é um "purista", pode simplesmente não usar os poderes, a não ser quando for indispensável.

Coreanos e aliens inteligentes

Nos mesmos moldes de "Far Cry", o jogo se passa em enormes paisagens abertas e, embora siga um esquema linear de missões, normalmente proporciona certa liberdade para cumpri-las. Quando for necessário infiltrar-se em um acampamento coreano, você pode chegar chegando, atirando em tudo e todos, ou optar por tentar despercebido. Aos mais audaciosos, o limite é a imaginação: que tal seqüestrar um veículo adversário e tentar passar pelas barreiras inimigas com uma tática suicida? Pode até não ser viável, mas ao menos é permitido.

A inteligência artificial funciona bem: quando o vêem, os coreanos falam entre si o tempo todo, coordenando táticas para tentar flanqueá-lo, não apenas mantendo-o sob uma chuva de balas, mas atirando granadas para forçar você a sair da cobertura. Em geral, o desafio é satisfatório, mas o melhor está reservado para o nível de dificuldade Delta, que é o mais extremo; os coreanos falam em coreano (e não em inglês), a trajetória das granadas adversárias não é exibida e a energia do Nanosuit é mais limitada. Enfim, um desafio e tanto para quem gosta de testar os próprios limites.

Demonstração do multiplayer
Se a Nanosuit é a principal estrela, o arsenal não faz feio: cada arma pode ser personalizada com acessórios, tais como lanternas, mira laser e por aí vai. Só que cada opção tem lá o seu ponto fraco, como o já citado silenciador, que reduz a eficácia da arma. O melhor de tudo é que a interface ajuda pacas, com um prático menu radial, acionado com o botão central do mouse, para circular entre as opções da Nanosuit e da arma - se preferir, você pode definir um atalho no teclado para cada uma delas.

Todas estas alternativas táticas, somadas à possibilidade de utilizar veículos dos coreanos e às lutas com alienígenas, que mudam um pouco o jeito de jogar, criam uma experiência que, se não é divisora de águas, envolve facilmente quem está do outro lado da tela, sem deixar a bola cair pelas gratificantes horas da campanha single-player.

Enquanto não chega o pacote de expansão, você vai ficar bastante ocupado com o multiplayer para até 32 jogadores, que saiu melhor que a encomenda, graças à modalidade Power Struggle, cujo objetivo é destruir a base adversária. Há diversas estruturas que podem ser capturadas e, uma vez sob domínio da equipe, abastecem-na com recursos, que servem para adquirir veículos, por exemplo. É um esquema tático que, somado aos recursos da Nanosuit, bem como outras características, fica ainda mais interessante.

O preço da CryENGINE 2

Visual não é tudo, mas é impossível não ficar de queixo caído com os gráficos de "Crysis", que deixa qualquer concorrente para trás. Mais importante que agradar aos olhos é ver que, na prática, tanto requinte tem uma função importante no jogo: derrubar uma árvore, por exemplo, é engraçado, mas quando você percebe que é possível matar um coreano com isso, faz mais sentido. O mesmo vale para derrubar uma das construções inimigas com desafortunados dentro.

Recursos da CryENGINE 2
Vegetação, animais, água, texturas faciais, visual da nave alienígena, animação dos personagens; tudo é impressionante. O problema é ter uma máquina capaz de rodar o jogo em sua plenitude. Mesmo a configuração recomendada não é suficientemente boa para colocar todas as opções em nível "high" e jogar sem prejuízo na taxa de quadros por segundo.

Em compensação, diferentemente de "Far Cry", "Crysis está muito bem otimizado, o que garante um visual bacana mesmo em configurações mais modestas. É preciso, no entanto, acostumar-se ao famigerado "pop in", ou seja, elementos do cenário que vão surgindo conforme você se aproxima deles.

A tecnologia da CryENGINE 2 é um assunto para muitas linhas de texto, mas, neste caso, uma imagem vale mais do que mil palavras: só rodando o jogo para saber, de fato, o que isso representa.

CONSIDERAÇÕES

"Crysis" é um produto completo, no single e multiplayer, oferecendo tudo o que os fãs de um bom "shooter" poderiam esperar. Além dos gráficos de qualidade insuperável, aproveita tal tecnologia para criar uma experiência cheia de alternativas estratégicas, embasada em uma prática interface e em um enredo bacana. Revolução mesmo, somente no visual - e o problema é ter um PC capaz de rodar o jogo em seu ápice -, mas a inteligência artificial, na campanha, e o Power Struggle, no modo online, são fontes de boas horas de desafio e diversão.

Compartilhe:

    Receba Notícias

    GALERIA

    Crysis (Pc)

    134 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Crytek
    Lançamento: 13/11/2007
    Distribuidora: EA Games
    Suporte: 1-32 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Processador de 2.8GHz (3.2GHz no Vista); 1GB de RAM (1.5GB de RAM); DVD-ROM; HD de 12GB; placa de vídeo de 256MB; Windows XP ou Vista
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado
    DOWNLOADS
    Tamanho: 1,77GB

    Shopping UOL

    UOL Jogos no TwitterMais twitters do UOL
    Foots - Jogo social online para Orkut
    Hospedagem: UOL Host