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James Bond: Quantum of Solace

12/11/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
007 está de volta
Depois do fracasso de vendas que os últimos jogos estrelados pelo eterno espião 007 obtiveram, os direitos de uso da marca passaram de mãos, deixando a Electronic Arts em rumo à sua maior rival na atualidade, a Activision. Esta passagem acabou deixando o último filme do herói, "Cassino Royale", sem um game oficial, algo que está sendo reparado agora com este "Quantum of Solace", adaptação de sua seqüência que está atualmente em cartaz nos cinemas.

Esta primeira aventura digital com o Bond interpretado pelo loiro Daniel Craig segue o padrão imposto pelo clássico "Goldeneye", colocando o agente como protagonista de um jogo de tiro em primeira pessoa. A responsabilidade, agora, ficou a cargo da atarefada Treyarch, que trabalhou no projeto enquanto ajudava a Shaba Games a finalizar "Spider-Man: Web of Shadows" e concluía o aguardado "Call of Duty: World of War". Com tanta coisa a fazer, fica fácil entender porque "Quantum of Solance" soa genérico e frio, reaproveitando a mecânica e o motor gráfico do sucesso "Call of Duty 4: Modern Warfare" sem muita cerimônia.

Permissão para Matar

O roteiro tenta seguir o mesmo do filme, não deixando muito espaço para recapitulações ou minúcias. Com fases que parecem meros recortes de trechos importantes do longa-metragem (e do anterior), não há muito esforço para reapresentar a história que coloca Bond em uma missão de vingança. Depois da morte de sua amada Vesper Lynd, o herói praticamente se torna um agente renegado em rota de colisão com uma organização conhecida como Quantum, que planeja financiar um golpe de estado na Bolívia para fins mais obscuros.

Na mira
Assim com o 007 de Daniel Craig, a ação em "Quantum of Solace" é bem direta e não pára para fazer muitas perguntas. Você já começa em tiroteios frenéticos em primeira pessoa, em um esquema familiar para qualquer pessoa que tenha um videogame da geração atual. A grande diferença está na ânsia da produtora em se apoiar em variáveis que permitam a mudança de câmera, provavelmente para exibir o modelo poligonal do protagonista. Uma delas é o sistema de cobertura, que funciona mais ou menos como em "Gears of War", em que você pode encostar contra balcões, muros e outros obstáculos para se proteger dos tiros inimigos. Outro é um sistema de eventos ao estilo "God of War", que permite atacar os adversários com as próprias mãos ao pressionar os botões indicados aleatoriamente pela tela.

Embora não sejam aspectos novos, os três pontos - tiroteio, cobertura e ataques mano a mano - acabam criando uma dinâmica interessante, deixando a ação diversificada, o que é ajudado pela grande variedade de cenários e mapas. Há também muitos detalhes e materiais à disposição para serem destruídos, como vidros, caixas e os obrigatórios latões explosivos, que garantem uma ambientação mais viva, que contribui para a imersão. Além, claro, das hordas incessantes de capangas descartáveis que surgem para serem eliminados.

Quase um "Call of Duty"

O fato de utilizar a mecânica de "Call of Duty 4" como base ajuda bastante a ter este envolvimento. Os controles são precisos, mesmo que um pouco mais simplificados que os do game de guerra, em que você não precisa se preocupar tanto com o recuo das armas ou o raio de certas explosões. Os novos elementos é que às vezes não parecem muito bem integrados ao esquema, e há ocasiões em que o sistema de cobertura falha em identificar algum tipo de superfície ou você simplesmente não consegue agarrar um determinado inimigo na hora certa.

Cobertura ou morte
De qualquer maneira, estes pequenos probleminhas não são o que tornam "Quantum of Solace" um jogo menor, mas sim esta sua falta de capricho e ambição. É nitidamente um trabalho feito às pressas, só para cumprir o prazo da estréia do filme nos cinemas. Então não espere animações impressionantes, inimigos espertos, um roteiro redondinho ou idéias brilhantes. É um jogo genérico que só funciona bem por ter sido construído sobre pilares sólidos criados pela Infinity Ward no ano passado.

Pena que um dos aspectos mais viciantes de "Call of Duty 4", o multiplayer online, não tenha sido copiado integralmente. Embora tenha vários modos para até 12 jogadores, "Quantum of Solace" ignora o sistema de rankeamento e experiência e, no máximo, dá ao jogador a possibilidade de comprar algumas armas e equipamentos. Com certeza ainda é mais divertido do que modos de outros rivais de prateleira, mas não há especialmente nenhum fator que pareça realmente cativante, pelo menos não a ponto de criar comunidades de vida longa.

CONSIDERAÇÕES

Depois de algum tempo afastado dos videogames, James Bond volta com o rosto de Daniel Craig e pelas mãos de uma nova empresa. Mas "Quantum of Solace" não parece se esforçar muito para acabar com o má fama de jogos licenciados, se apresentando de forma genérica e sem grandes idéias. Ao menos funciona melhor do que a maioria das adaptações do mercado, por se basear na mecânica e no motor gráfico do sucesso "Call of Duty 4", o que deve agradar aos fãs da série e do gênero enquanto "Call of Duty: World at War" não chega.

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    James Bond: Quantum of Solace (Pc)

    33 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Treyarch
    Lançamento: 04/11/2008
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-12 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Windows XP/Vista
    Outras plataformas: DS PS3 WII X360 PS2
    RecomendadoAvaliação:
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