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Myst V: End of Ages

04/01/2006

da Redação
"Myst" tem história. Em 1993, uma equipe formada por noves funcionários e liderada por Rand e Robyn Miller, criou um novo conceito de adventure e mostrou o que era possível realizar com os recursos visuais e sonoros da multimídia e do CD-ROM. De lá para cá, foram mais de 12 milhões de cópias vendidas e várias versões.

Além de todo este sucesso, a série conheceu também o fracasso, com o malfadado "URU: Ages Beyond Myst", que veio cheio de promessas - inclusive de modo multiplayer - e não cumpriu nenhuma. Com "Myst IV: Revelations", a saga foi recolocada nos trilhos e agora a quinta versão recebe o sugestivo nome de "End of Ages", pois é justamente o último capítulo da grande aventura.

Ao alcance de todos

O enredo de "End of Ages" foi criado de uma forma que o jogador não precisa ter jogado versões anteriores da série para se divertir, já que à medida que se progride na aventura, fatos importantes do passado vão sendo trazidos à tona novamente. De qualquer maneira, é óbvio que os fãs mais experientes de "Myst" vão se envolver mais facilmente na trama.

O jogador é colocado na pele do último explorador com a missão de tentar reconstruir o antigo império de D'ni, civilização antiga que inventou os livros de conexão. Durante o game, finalmente será revelada a terrível catástrofe que levou ao fim esse próspero povo milenar.

Basicamente, são três formas de controle: a clássica é o velho esquema "aponte-e-clique", popularizado pela própria série; na clássica adicional, uma espécie de intermediária, o mouse controla os olhos do personagem, mas ainda assim é preciso clicar para movimentá-lo; o modo avançado de movimento livre, enfim, é semelhante a um jogo de ação em primeira pessoa, dando liberdade para navegar pelo cenário, em tempo real, com as teclas W, A, S e D.

Talvez para a geração mais nova de jogadores a movimentação livre seja a melhor escolha. De fato, é o modo mais rápido e imersivo de se locomover pelos cenários, porém, é preciso ter olho vivo, uma vez que para solucionar certos quebra-cabeças o jogador precisa estar no local exato.

Aula de desenho

Não são numerosas as novidades. A mais relevante delas são ficam por conta de pedaços de rocha chamados de "Slates", encontrados em cada uma das Eras (são quatro, no total) e que são usadas na comunicação com estranhas criaturas chamadas Bahro, dando origem a novos enigmas. Os seres estão sempre sorrateiramente se movimentando pelas sombras, mas podem ser muito úteis ao jogador.

Através de uma tecnologia semelhante à vista em dispositivos como PDAs, é possível "desenhar" nas rochas, utilizando o mouse. Em cada uma das Eras, cabe ao jogador descobrir quais símbolos devem ser desenhados, pois eles serão reconhecidos pelos Bahros que, por sua vez, permitirão progredir no game.

Alguns símbolos agem diretamente sobre as condições climáticas e cabe ao jogador descobrir como utilizar isso em benefício próprio, pois a chave está mesmo na manipulação das criaturas. Como de costume, muitas vezes avançar para o cenário seguinte depende do sucesso em resolver quebra-cabeças do atual, portanto "Myst V" é um jogo no qual vale o senso de observação: nenhum detalhe, mesmo os que pareçam significantes ou não permitam interação, devem escapar aos olhos, pois podem ser importantes em uma situação futura.

Conforme o jogador consegue descobrir as possibilidades dos Slates, adquire mais liberdade para se movimentar pelas Eras, através dos atalhos que são estabelecidos. Dessa maneira, até mesmo lugares secretos são liberados. Existe uma certa linearidade no game, mais centrada no fato de que é preciso seguir uma ordem ao se aventurar pelas diferentes Eras. Mesmo assim, passado algum tempo, o acesso a algumas delas é liberado, possibilitando voltar aos locais e explorá-los novamente, mas com menos limites e censuras.

Visualmente, "Myst V" é deslumbrante. Os cenários estáticos são muito bem desenhados e, graças ao maior número de animações, ganharam um pouco mais de vida. A Cyan Worlds utilizou uma técnica inédita, misturando vídeo real e personagens renderizados em 3D, para compor os gráficos.

"Myst", aliás, sempre carregou uma espécie de áurea de "jogo solitário", sem muitos personagens ou movimento, mas em "End of Ages", logo nos primeiros minutos o jogador conhece dois: uma mulher visivelmente perturbada chamada Yeesha, e Esher, com seus diálogos pontuados por um tom enigmático. De uma maneira em geral, os personagens do game são muito convincentes, nos trajes que vestem, no realismo da movimentação e na dublagem de qualidade praticamente excepcional.

Mesmo assim, aspectos primários são esquecidos, principalmente quanto aos efeitos sonoros. Não se ouve o som dos passos ou mesmo da transpiração do personagem, por exemplo, e quando se caminha sobre uma poça d'água, ela continua intacta, como se nada tivesse acontecido. São detalhes, entretanto, interferem na experiência de jogo.

Grand finale

CONSIDERAÇÕES

"Myst V: End of Ages" segue fiel o estilo da série e a encerra com muita dignidade, proporcionando os costumeiros quebra-cabeças complicados - ainda que mais fáceis quando comparados aos enigmas dos antecessores - e a tranqüila exploração de cenários que se vê desde o primeiro capítulo. Embora não inove significativamente, é simplesmente indispensável para quem gosta da série e uma boa "estréia" para quem ainda não a conhece.

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    Myst V: End of Ages (Pc)

    76 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Cyan Worlds
    Lançamento: 20/09//2005
    Distribuidora: Ubisoft
    Suporte: 1 jogador
    Configuração mínima: Win 98SE/ME/2000/XP, PIII 800MHz, 256MB de RAM, Placa 3D
    RecomendadoAvaliação:
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    Tamanho: 269MB

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