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Guild Wars

10/11/2006

da Redação
Nos tempos atuais, em que se descobriu nos jogos online um verdadeiro filão, MMOG é o que não falta. Há opções para todos os gostos, de todas as cores, formas e tamanhos. Porém, em meio à enxurrada de títulos, não é raro a originalidade e até mesmo a qualidade se perderem, como costuma acontecer com todo gênero bastante explorado.

Por outro lado, há as felizes exceções, como "Guild Wars", desenvolvido pela ArenaNet, subsidiária da coreana NCsoft, especializada em MMOGs - que, para quem não sabe, é a sigla em inglês para game massivo online. Para começar, não há cobrança de mensalidade, ou seja, uma vez adquirido o jogo, você não paga mais taxa alguma. Outro diferencial de "Guild Wars" é que ele apresenta um perfil atraente tanto para os fanáticos pelo gênero quanto para os jogadores casuais.

Sob medida

É claro que "Guild Wars" divide também muitas semelhanças com seus concorrentes, o que se percebe logo no início, quando o jogador deve criar o seu personagem - cada conta dá direito a quatro. A ferramenta não é das mais poderosas, concentrando-se em aspectos costumeiros, como sexo, cor das vestes, rosto, cabelo, tamanho etc. Nada além do trivial, ao menos até aqui.

Depois, é necessário escolher uma entre as seis profissões primárias disponíveis: warrior (guerreiro), ranger (explorador), monk (monge), elementalist (elementalista), mesmer (hipnotizador) e necromancer (necromante). Até aqui, nenhuma novidade em relação ao habitual, mas a parte interessante é que o personagem pode "aprender" uma profissão secundária, dentre as seis originais, o que resulta em trinta combinações possíveis.

Em outras palavras, você pode ter vários híbridos interessantes, como um guereiro-elementalista, por exemplo. A escolha da profissão secundária determina, dentre outras coisas, as habilidades ("skills") que o personagem poderá usufruir durante a sua jornada em Tyria. Aliás, o enredo, basicamente, narra a história desta terra, invadida pelo exército de mortos-vivos Charr, e outras criaturas, que têm como objetivo destruir os seres humanos. Em Tyria, todos os jogadores são heróis, encarregados na nobre missão de salvar a humanidade.

Antes mesmo de criar o seu personagem, o game oferece dois estilos de jogo: RPG, no qual o jogador começa do nível 1 - ou seja, do começo -, vivendo a aventura em sua plenitude, com todas as missões, adquirindo experiência, combatendo monstros etc; e PvP ("Player versus Player"), em que o jogador ganha, logo de cara, um personagem com nível de experiência 20, que é o máximo possível. Neste caso, o foco são os combates entre os usuários.

Desta forma, "Guild Wars" consegue satisfazer tanto aqueles interessados em passar horas e mais horas nas missões, evoluindo seus alteregos virtuais da maneira que desejarem, quanto o perfil de jogador que deseja mesmo é participar de torneios com adversários de carne-e-osso, logo de imediato. Facilitar parece ser mesmo um dos verbos preferidos no vocabulário do RPG.

Amigável

A morte está longe de ser o fim do mundo. Na verdade, se nenhum dos seus eventuais companheiros de guilda possuir o poder da ressurreição, em último caso, o que vai lhe acontecer, caso seu personagem passe dessa para melhor, é voltar na cidade mais próxima cidade, com todos itens e experiência adquiridos, e uma redução temporária nos níveis de saúde e energia. O dano, no entanto, é cumulativo e aumenta à cada morte, então é bom não abusar.

Itens e armas não faltam, mas o jogo não possui as famosas poções que regeneram saúde e energia - ao invés disso, o personagem costuma se recuperar automaticamente (quando não está lutando), habilidade que melhora conforme você investe os pontos de experiência conquistados nos respectivos atributos. Há também várias "skills" com funções de regeneração, então além das tais poções não fazerem falta, o ritmo de jogo fica ainda mais ágil.

Em "Guild Wars", não existe essa coisa da passar minutos e mais minutos caminhando de um lugar para o outro. Tyria é dividida em uma série de regiões que, uma vez visitadas, ficam registradas no mapa e, para viajar entre elas, basta um duplo clique no local desejado. Obviamente, caso você prefira, pode simplesmente botar o pé na estrada, até porque, pelo caminho, sempre se encontra algo. Contudo, o "atalho" é fundamental para aqueles momentos de pressa ou impaciência.

A interface também é adepta da filosofia da praticidade: no centro da parte inferior da tela, você pode determinar até oito "skills" para ficarem armazenadas, ao alcance de um toque do mouse - ou dos números 1 a 8 do teclado, que são os atalhos. Acima, ficam as barras de saúde e energia, enquanto menus como o inventário e o registro das missões também possuem atalhos no teclado.

A visão predominante é em terceira pessoa, e o jogador pode movimentar o personagem tanto através do mouse quanto do teclado. A câmera costuma colaborar, embora não seja raro "empacar", sem muita lógica, em morros, declives etc. A física merecia uma programação mais precisa. De qualquer forma, o controle sob os ângulos de visão é total, sendo que existe até um modo em primeira pessoa, que não é lá muito hábil, mas ajuda a apreciar os cenários.

Ação cooperativa

Em geral, o estilo de "Guild Wars" lembra a série "Diablo". O mouse só não é surrado porque, deixando pressionado o botão esquerdo, os ataques são automáticos, até que um dos lados seja derrotado - mais um dos recursos práticos do game. Em geral, as missões envolvem brigar com criaturas, levar mensagens de um lugar para outro, ir em busca de tesouro ou itens raros para colecionadores e por aí vai.

Você pode encarar todas estas paradas sozinhos ou então aliar-se a personagens controlados pelo CPU ou a outros jogadores. Ambos os casos têm certos problemas: no primeiro, normalmente, os aliados estão em níveis abaixo do seu e, muitas vezes, você precisa se desdobrar para que eles não sucumbam perante as ameaças das missões; no segundo, é um pouco mais complicado, já que o sistema para recrutar companheiros de verdade não é dos mais elaborados.

Nas cidades, os locais para recrutar, não existe um método para encontrar aliados que não seja aproximar-se de um deles e fazer o convite, sem saber exatamente quais quests vocês têm em comum. Em suma, "Guild Wars" é muito mais atraente no PvP, para o qual há extenso suporte de campeonatos e "guerras" periódicas, que para o jogo cooperativo propriamente dito.

Ao menos, não há aborrecimentos como mares de jogadores disputando, por assim dizer, os mesmos monstros, pois o jogo gera versões únicas de uma mesma área. Então, às vezes, a impressão é de estar jogando um RPG convencional, "offline", pois a não ser nas cidades, é raro ver outros jogadores pelo caminho.

Por se tratar de um RPG de ação concentrado no uso das "skills" - são 150 diferentes para cada classe -, a princípio, "Guild Wars" pode parecer um título sem muita tática ou estratégia, mas está longe disso. Tudo bem que o ritmo é rápido, mas a variedade de skills e atributos é tão grande, e as possibilidades de evolução tão extensas, que a habilidade, com certeza, pressupõe a sorte nas batalhas.

Os gráficos são de encher os olhos, para resumir bem. Os cenários, em especial, mostram uma atenção aos detalhes da ambientação que nem de longe lembra os sacrifícios visuais que, normalmente, são feitos para não prejudicar o desempenho dos jogos massivos online. Folhas caem das árvores, flocos de neve enfeitam o céu em ambientes nevados e mesmo os efeitos das magias valem a pena. O design dos personagens destaca-se pela variedade de criaturas, com o louvor que algumas merecem. Porém, não há sangue.

A música, no melhor estilo sinfônico, ficou sob a responsabilidade do compositor Jeremy Soule, o que ajudou e lhe dar um tom épico, embora passado algum tempo, ela acabe não escapando da repetição. Com os efeitos sonoros, acontece algo semelhante: fazem jus às magias e armas, mas soam repetitivos tempos depois. Mesmo assim, no conjunto da obra, está de bom tamanho.

Para todos os gostos

CONSIDERAÇÕES

Embora tenha chegado ao Brasil com um ano de atraso, "Guild Wars" veio em ótimo momento, ainda mais se considerarmos a ausência de "World of WarCraft" no país. É um jogo que tem lá suas falhas, mas entretém pela simplicidade arrojada e uma praticidade que, certamente, vai cativar até mesmo os iniciantes no universo dos MMOGs. Tanto para jogar alguns minutos quanto para dedicar horas, "Guild Wars" é uma opção econômica, rápida e gratificante.

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    Guild Wars (Pc)

    44 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: ArenaNet
    Lançamento: 25/04/2005
    Distribuidora: ArenaNet
    Suporte: Multiplayer online
    Configuração mínima: Pentium III 800MHz ou equivalente; 256MB de RAM; CD-ROM; 2GB de HD; placa de vídeo 3D de 32MB; Windows 98/ME/2000/XP
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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