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Rogue Trooper

23/05/2006

da Redação
"Rogue Trooper" tem origem nos quadrinhos, a inglesa 2000 AD, que também revelou "Juiz Dredd" para o mundo. A publicação pertence a Rebellion, que também produz games, e trabalhou em títulos como "World War Zero: Iron Storm" e "Sniper Elite", além um game de "Juiz Dredd", chamado de "Dredd vs Death", que não foi muito bem recebido pela crítica.

Assim como o game do personagem que mistura policial e juiz, "Rogue Trooper" é um jogo de tiro, mas traz algumas idéias novas para o gênero. Nada que vá quebrar paradigmas, mas ao menos sai da mesmice e aproveita bem as características de uma história original. Porém, apesar de o título tentar oferecer liberdade, a ação nunca chega a empolgar.

Quatro em um

"Rogue Trooper" é um jogo de tiro cuja mecânica é praticamente similar a um em primeira pessoa, só que a visão, na verdade, é em terceira pessoa. Isso acontece porque o personagem pode fazer algumas ações, como subir obstáculos ou grudar as costas na parede como proteção, como se fosse Sam Fisher, de "Splinter Cell" ou Solid Snake, de "Metal Gear Solid".

Basicamente, o game se comporta como a maioria dos títulos do gênero. Sendo assim, o personagem Rogue corre, rola no chão, atira, solta granadas e usa diversos tipos de armas. O diferencial está em algumas características do soldado azul, um ser geneticamente modificado e imune a todos os tipos de veneno já produzidos.

É que em Nu-Earth, onde acontece uma guerra entre nortistas e sulistas, mais ou menos como na Guerra da Secessão norte-americana, armas químicas tornaram o planeta inabitável para os humanos, que precisam usar equipamentos especiais para sobreviver. Em desvantagem, os sulistas desenvolvem esses super-soldados conhecidos como infantaria genética, mas uma traição dizima toda a tropa e Rogue é o único sobrevivente.

Quer dizer, é o único que manteve seu corpo, pois a consciência de três companheiros está confinada em chips biológicos, que ficam conectados a alguns dos equipamentos de Rogue, um desertor que busca vingança. Gunnar, por exemplo, "vive" na arma do personagem, enquanto Helm está ligado ao capacete. Já Bagman fala através da mochila.

Exército de um homem só

Sendo assim, a arma de Rogue não é um equipamento comum. Logo depois que o chip é instalado à ela, logo no começo do game, a mira fica mais fácil, pois mesmo que não esteja completamente centrada, passa a acertar o inimigo. Naturalmente, é muito mais eficiente fazê-la da forma mais precisa possível, assim você evita gastar muita munição.

A mira acusa alguns pontos específicos dos inimigos. Se estiver mirado na cabeça ou no tanque de oxigênio, surgem indicações. Como na maioria dos games, um tiro na cabeça costuma ser fatal, enquanto acertar o tanque faz com que a explosão acerte oponentes que estão em volta.

A arma também pode virar uma artilharia fixa, que acerta quem estiver na frente. Assim, mesmo sozinho, é possível usar técnicas de flanqueio, ou seja, pegar os inimigos por dois lados. A arma também é multifuncional, mudando de característica conforme a vontade do jogador. No começo, apenas as funções de metralhadora e rifle de precisão estão disponíveis, mas há mais funções para liberar.

Essa é uma das funções de Bagman, que transforma os "salvages" em itens. Essa matéria-prima é obtida com os soldados mortos - aliados e inimigos -, mas o grosso está em certos depósitos, muitos deles escondidos. E os "salvages" são usados para fabricar novas armas - desde que também encontre os projetos (blueprints) - e suprimentos, como kits médicos e munição.

Além disso, novos tipos de granadas podem ser desenvolvidos e as armas existentes podem ser melhoradas. Portanto, a exploração é parte importante na aventura, pois pode revelar novos equipamentos e depósitos escondidos. Por fim, o capacete permite abrir portas trancadas ou criar uma imagem holográfica de Rogue, que servirá para desviar a atenção dos inimigos.

Soldado universal

Mas todos esses equipamentos não serviriam para muita coisa se o próprio personagem não fosse um soldado altamente capacitado. Um dos movimentos mais importantes é o de se esconder em paredes ou obstáculos como pedras, blocos e contêineres. Desta posição, é possível mirar com segurança e se expor apenas no momento do tiro. O personagem tem a opção de fazer tiro cego, mas a precisão, naturalmente, é baixa.

Porém, o confronto franco deve ser evitado, por diversas razões. Primeiro, porque os oponentes podem ser perigosos, principalmente quando estão em grande vantagem numérica. E, depois, técnicas sorrateiras eliminam os inimigos com um único golpe, além de dar bônus em "salvage". Para isso, basta chegar por trás, sem fazer barulho, e apertar o botão indicado. Esses ataques também dão direito a cenas especiais.

Outra opção é usar o silenciador e atirar com o rifle de precisão. A mira possui dois níveis de zoom e há a possibilidade, como em "Splinter Cell", de estabilizar a mira por um curto período.

Inimigos à altura

Uma das boas surpresas de "Rogue Trooper" é que os inimigos são inteligentes ou, ao menos, não agem como uma porta. Eles buscam abrigo e usam granadas quando você está protegido atrás de obstáculos e paredes. Caso tente partir para os golpes de curta distância, eles recuam atirando, dificultando essa estratégia.

Mesmo com tantas opções de ação, o game acaba caindo na rotina, pois as situações que o jogador enfrenta são praticamente as mesmas durante toda a campanha. O ritmo é quebrado apenas pela troca de cenários ou por alguns veículos espalhados pelas fases.

"Rogue Trooper" também traz modalidades multiplayer, seja em tela dividida (só para consoles), em rede local ou via internet, para até quatro jogadores. Mas não há modalidades competitivas, apenas dois modos cooperativos, que funcionam de maneira quase similar ao de campanha. Ou seja, é bastante limitado.

O visual é competente, reproduzindo bem o personagens da 2000 AD. A Rebellion não quis inventar e usou grafismos tradicionais, em vez de tentar imitar o traço dos quadrinhos. O fluxo de tela é bom, apesar da boa profundidade de visão. Somente quando há muitos corpos no chão é que os travamentos começam a aparecer. E não há falhas como objetos aparecendo de repente.

O som também tem boa qualidade. A trilha sonora prepara o ambiente, seja nas partes de tiroteio intenso ou nas cenas de suspense. As dublagens também estão competentes, misturando diálogos tensos e tiradas de humor, principalmente entre os seus companheiros.

Altos e baixos

CONSIDERAÇÕES

"Rogue Trooper" se esforça para trazer variedade num gênero que hoje parece ter pouco espaço para inovar. Mas, no final das contas, mesmo com tanta liberdade de ação, as situações que o jogador enfrenta são bastante limitadas. Somando prós e contras, o game é daqueles que podem divertir num primeiro momento, mas esgotadas as novidades, o interesse começa a diminuir rapidamente. Em alguns momentos brilha com tiroteios intensos e situações inteligentes, mas é pouco para sustentar as cerca de dez horas de campanha.

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    Rogue Trooper (Pc)

    29 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Rebellion
    Lançamento: 23/05/2006
    Distribuidora: SCi Games
    Suporte: 1-4 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Windows
    Outras plataformas: PS2 XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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