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Sam & Max Episode 1: Culture Shock

10/11/2006

da Redação
Quando "Sam & Max Hit the Road" chegou às prateleiras, em 1993, pelas mãos da Lucas Arts, os adventures atravessavam uma grande fase, estimulados por outras obras memoráveis da produtora, como "The Secret of Monkey Island", "Indiana Jones and the Fate of Atlantis" e "Day of the Tentacle".

A dupla de detetives, formada pelo enorme cão Sam e por Max, um coelho hiperativo e sem qualquer noção, foi criada em 1987 por Steve Purcell, para estrelar uma história em quadrinhos. Os personagens, no entanto, acabaram consagrados pelo bem-humorado jogo, que colocou ambos para rodarem por diversos locais do globo, com suas pouquíssimo convencionais técnicas de intimidação de criminosos.

Em 2002, a LucasArts anunciou "Sam & Max Freelance Police", ansiado retorno da dupla, desta vez com um belo "upgrade" visual. Contudo, quase dois anos depois, a seqüência foi cancelada, simplesmente porque, de acordo com a produtora, o gênero não era mais lucrativo.

A esperança dos fãs foi reacendida no ano passado, quando a Telltale Games adquiriu os direitos para criar jogos baseados em "Sam & Max". Boa parte da equipe da empresa é composta por produtores que trabalharam no adventure original. Para completar, Purcell colaborou com o processo de desenvolvimento desde o início, para garantir que o espírito do original permanecesse intacto na continuação.

O tão aguardado retorno de "Sam & Max" traz uma mudança fundamental, que espelha uma das atuais tendências do entretenimento eletrônico: a distribuição digital. O jogo, agora, é vendido somente via download, por episódios, sendo que a primeira temporada terá seis deles. O primeiro, "Culture Shock", mostra que a Telltale está firme e forte no caminho certo.

Fitness ocular

Como todo bom adventure aponte-e-clique, "Culture Shock" tem quebra-cabeças de sobra. Desta vez, a dupla deve investigar e deter um gênio do mal, chamado Brady Culture, cujo objetivo é hipnotizar a todos com uma fita de vídeo, a Eye-bo, distribuída gratuitamente como um programa de "fitness ocular". Em suma, um enredo sem muito nexo, o que cai muito bem para "Sam & Max".

Durante a jornada, você terá a oportunidade de conhecer figuras novas e hilárias, como os Soda Poppers, um trio de estrelas infantis que é a primeira vítima do Eye-bo. Há ainda Bosco, da loja de "inconveniência", e seu fanatismo por segurança, e Sybil uma ex-tatuadora que, nos dias atuais, é psicoterapeuta. Imagine, então, as tiradas sarcásticas que estão escondidas neste universo.

Quanto aos protagonistas, bem, basta dizer que eles continuam formando uma das duplas mais impagáveis dos games. Sam, com seu "ar detetivesco" inconfundível, trajando casaco e chapéu à caráter e, claro, colocando toda sua capacidade intelectual para solucionar os enigmas; Max, por sua vez, é uma atração à parte, graças ao sorriso alucinado e às soluções extremamente violentas para resolver as questões mais simples, sempre movido por um entusiasmo inigualável.

Neoclássico

Visivelmente, a Telltale quis facilitar a vida do jogador na continuação: em vez dos cinco comandos básicos da interface de "Hit the Road" ("caminhar", "examinar", "pegar", "usar" e "conversar"), agora o botão esquerdo do mouse desempenha todas as funções do jogo. É, sem dúvidas, um esquema muito mais prático e menos cansativo, pois evita boa parte da "tentativa e erro" do original.

Porém, há um momento em que a praticidade dá lugar a uma "facilitação". O inventário, por exemplo, foi quase integralmente reduzido aos itens essenciais, o que facilita muito a resolução dos quebra-cabeças - que, por sinal, de complexos não têm nada. O novo formato do jogo, por episódios, dá a "Culture Shock" cerca de três horas de duração, o que, convenhamos, é pouco - em se tratando de "Sam & Max", sempre será pouco. Há menos cenários para explorar e personagens para conhecer, o que significa que os jogadores mais experientes chegarão ao fim do capítulo rapidamente.

Por outro lado, a quantidade de diálogos e formas de interação é enorme, o que torna "Culture Shock" muito mais atraente como um objeto de degustação. Ou seja, ao invés de concentrar-se somente na trama central, a verdadeira diversão está em explorar cada objeto dos cenários e ouvir cada um dos diálogos - e são muitos. O humor, as piadas e a atmosfera remetem diretamente ao original, o que certamente é a maior vitória da nova versão.

Os textos são de Dave Grossman ("Day of the Tentacle") e Brendan Q. Ferguson (do cancelado "Freelance Police"), com a já citada influência de Steve Purcell. Mesmo as vozes, embora não tenham sido dubladas pelos mesmos profissionais do original, estão de bom tamanho, assim como os gráficos, que mantêm o estilo do original, repleto de cores. O destaque fica para as animações, que capturam com maestria os melhores momentos da trama. Quanto à trilha sonora, um bom jazz ao fundo, longe de ser marcante, mas na medida certa.

Para os adoradores de longa data de "Sam & Max", a questão-chave em "Culture Shock" é a adaptação. Boa parte dos jogadores passou meses (ou mesmo anos) divertindo-se com o original e a nova versão, embora baseada em episódios periódicos, exige alguns ajustes. Afinal, os quebra-cabeças são tão fáceis e o jogo tão curto que praticamente não dá vontade de jogar novamente - o chamado fator replay.

Ao menos, após o lançamento do segundo episódio, os seguintes passarão a ser mensais, uma freqüência bem mais apropriada para um produto com três horas de duração. "Culture Shock", na ocasião desta análise, custava US$ 8,95, com previsão de seis episódios. Por US$ 34,95, no entanto, é possível adquirir a série toda e, além de economizar um bom dinheiro, receber um CD com todos os capítulos, assim que forem disponibilizados. "Culture Shock" está à venda no site oficial da Telltale Games.

Risco e recompensa

Qualidade é o que não falta a "Culture Shock" e, neste ponto, a Telltale está de parabéns, pois assumiu uma grande e arriscada responsabilidade ao topar a ressurreição de "Sam & Max". O primeiro episódio, mesmo curto e mais fácil que o esperado, capturou com maestria o clima da franquia. É divertido, engraçado, refinado e charmoso tal qual o original. Precisa de mais alguma coisa?

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    Sam & Max Episode 1: Culture Shock (Pc)

    54 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Telltale Games
    Lançamento: 01/11/2006
    Distribuidora: Telltale Games
    Suporte: 1 jogador
    Configuração mínima: Windows
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado
    DOWNLOADS
    Tamanho: 71MB

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