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Shogun 2: Total War

ANDRÉ FORTE

Colaboração para o UOL

14/12/2011 15h51

Se apoiando na cultura japonesa do xogunato e oferecendo um complexo sistema de gerenciamento de províncias e de batalhas terrestres e navais, "Shogun 2" supera seu antecessor em todos os aspectos e se consagra como uma das melhores opções de estratégia dos computadores. Se já não bastasse um modo de campanha de longa duração, a estreia do modo de avatares online apresenta uma campanha paralela cujos inimigos são controlados por jogadores reais.

Introdução

Integrante da franquia "Total War", "Shogun" é considerado um dos melhores jogos de estratégia para PCs e imaginar uma continuação para um título tão consagrado chega a causar dúvida quanto ao seu sucesso. Com esse objetivo nada fácil, "Shogun 2" promete manter boa parte dos elementos amados de seu antecessor e aperfeiçoar os aspectos visuais e de batalhas terrestres e navais.

Pontos Positivos

Gerenciamento de cidades

Antes de colocar seus samurais para o combate, o aspirante a xogun deve primeiramente gerenciar os recursos de sua província, recrutar os soldados, aperfeiçoar a defesa de seus edifícios e até fazer a campanha da boa vizinhança com possíveis aliados.

 

Engana-se, porém, quem pensa que a tarefa será fácil. Cada província tem sua própria cidade principal, que serve como a fonte de evolução para a província e oferece recursos necessários para construção de bases e trocas comerciais de produtos. Para complicar, cada local possui recursos específicos, obrigando ao jogador se deslocar de um local a outro em busca de itens específicos.

Batalhas empolgantes

Gerenciar as batalhas em "Shogun 2" é uma tarefa complexa, porém muito gratificante. Como cada unidade pode ser evoluída de forma independente, cabe ao jogador decidir quais elementos serão responsáveis por determinadas missões. Por exemplo, além dos samurais no front de guerra, há também a possibilidade de arrombar os portões inimigos com os ninjas ou proteger os soldados aliados com arqueiros estrategicamente posicionados.

O que mais chama a atenção aqui, entretanto, é o desespero e a tensão que toma conta durante as batalhas, afinal, é preciso gerenciar um exército com centenas de soldados. Qualquer descuido no posicionamento pode significar a perda de dezenas de samurais, principalmente pela implacável inteligência artificial por trás dos exércitos inimigos. Ao mesmo tempo, a emoção de chegar ao final da batalha e ver a quantidade de inimigos abatidos gera uma emoção única, principalmente quando uma luta foi definida por questão de alguns poucos soldados.

Modo online

Grande novidade dessa versão, o modo online oferece combates multiplayer competitivos e também por cooperação que aumentam - e muito - o interesse do jogador mesmo após um longo modo de carreira.

O mais legal, porém, é o Avatar Conquest, em que o jogador pode criar um clã, personalizando até o símbolo e cor dos uniformes dos soldados.

O objetivo aqui é conquistar todas as províncias próximas à região do jogador, sendo que em cada novo local existe a possibilidade de se enfrentar um jogador real defendendo o seu território. Por fim, o progresso nesse modo libera também habilidades extras.

Visual incrível

A bela apresentação em computação gráfica já avisa: o visual de "Shogun 2" é de tirar o fôlego. Os cenários, representados por campos vastos – com movimentação de ventos sobre o gramado -,  e terrenos repletos de desníveis, montanhas e detalhes minuciosos nos castelos, modificam dinamicamente conforme a época do ano, evidenciando elementos de cartão postal, como o inverno e o outono japonês.

Já os soldados apresentam animações suaves e armaduras detalhadas. Além disso, em configurações mais avançadas é possível até diferenciar o rosto de soldados mais importantes. O que mais impressiona é saber que tais recursos visuais são mostrados em batalhas povoadas por dezenas de soldados. Por fim, detalhes visuais como a chuva de flechas e explosões nas batalhas navais chamam a atenção até em configurações mais modestas.

Pontos Negativos

Falta de praticidade nos menus

Como todo bom jogo de estratégia, o que não falta a "Shogun 2" são menus repletos de informações e ofertas de ações. O problema é que o jogo de samurais não se esforça nem um pouco para incentivar os novatos na franquia e nem o modo tutorial é capaz de ensinar com facilidade algumas opções mais complexas.

Enquanto alguns recursos funcionam de forma fácil e intuitiva, outros simplesmente são muito confusos e com uma quantidade exagerada de opções que mais atrapalham do que ajudam. Um desses exemplos é nos casos de batalhas pelo mar, em que forçam o jogador a eliminar as embarcações para então o enviarem para a guerra terrestre, tarefa que deve simplesmente ser deduzida no calor da batalha pelo jogador.

Nota: 9 (Excelente)