Secret Weapons Over Normandy

da Redação

O mais novo simulador de vôo da Lucasarts é o sucessor de uma antiga linhagem de jogos da empresa que data da época em que eles ainda distribuam seus produtos em disquetes. Ainda em 1991, o designer Larry Holland criou "Secret Weapons of the Luftwaffe", um simulador que se concentrava em aeronaves experimentais alemãs da Segunda Guerra. Mas depois de criar as séries "X-Wing" e "TIE Fighter", Holland saiu da empresa para fundar a Totally Games - que agora continua a série que colocou seu nome no mapa.

Americano na Europa

"Secret Weapons Over Normandy" conta a história do piloto americano James Chase, recém-recrutado nas primeiras missões para integrar os Battlehawks, um esquadrão especial da RAF, a força aérea britânica. No decorrer de várias missões que seguem vagamente (e com muitas liberdade poéticas) o desenrolar da guerra de maio de 1940 até o Dia-D, Chase vai conseguindo novos aviões e missões mais difíceis.

O sistema de controle de "Normandy" não tenta ser realista, facilitando a vida daqueles que buscam um jogo de ação que não se preocupe demais com a simulação dos muitos problemas da aviação na década de 40. As asas das aeronaves parecem agüentar toda a gravidade de curvas fechadas, e mesmo para estolar é preciso se esforçar bastante. Apesar de funcionar muito bem com um manche profissional, o game parece levar em conta a simplicidade do teclado ou controle de videogame e prioriza esse esquema de comando com elementos como auto-ajuste de nível.

Outra opção absurda, mas que ajuda novatos, é que a compressão de tempo pode não apenas acelerar viagens longas, mas também colocar as lutas aéreas em câmera lenta - e quem jogou "Max Payne" deve imaginar a enorme vantagem que isso garante. O resultado final é uma experiência empolgante e exagerada, que promete trazer muita adrenalina aos céus da Europa (e outros continentes).

Um recorde histórico

Felizmente, isso não chega a acabar com o desafio do jogo, visto que as missões exigem objetivos nada realistas. É comum ter que derrubar dezenas de aviões inimigos e ainda destruir frotas de navios, pontes ou estruturas militares. O jogador é mantido sempre em ação, e pode até se esforçar para cumprir objetivos extras para receber upgrades nas naves como recompensa.

A produção do game conta um ex-membro da equipe de "Medal of Honor", e o tom dramático das cenas que desenrolam a trama de Chase confirmam essa tendência. O piloto americano viajará por todos os principais teatros de operações da Segunda Guerra, acompanhado de uma trilha sonora cinematográfica e reproduções animadas de momentos históricos.

Talvez o maior defeito do game seja uma falta absoluta de multiplayer online, que não aparece em nenhuma das três edições do game. Nos consoles, porém, é possível trazer um colega para a batalha com divisão de tela.