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The Witcher 2: Assassins of Kings

RODRIGO GUERRA

do UOL, em São Paulo

11/01/2012 18h15

"The Witcher 2" pode ser considerado um dos jogos mais bonitos de 2011. Seu mundo rico em detalhes, personagens críveis e uma história profunda justificam a compra de um computador novo e de topo de linha apenas para experimentar as emoções que o RPG da CD Projekt tem escondido em seus bits.

Introdução

A história de “The Witcher 2” conta a aventura de Geralt of Rivia, o lendário caçador de monstros que fez fama na saga de livros “The Witcher” escrito por Andrzej Sapkowski (inéditos no Brasil). No jogo, Geralt é o pivô do destino de reinos inteiros conforme suas ações e decisões tomadas no decorrer da trama. Essas escolhas não afetam apenas o final do jogo, ma todas as relações que o herói terá com outros personagens.

Pontos Positivos

Uma história diferente para cada um

Salvar um homem, matar outro, acabar ou não com a fera que inferniza uma cidade. Esses são apenas alguns exemplos do que você encontrará no decorrer da aventura. Escolhas assim vão fazer parte de sua vida e que afetarão dramaticamente a sua experiência nas mais de 30 horas de jogo em "The Witcher 2". Algumas vezes as decisões não são claras, do tipo seja bom ou mal.

Matar aquele monstro para a cidade pode, por exemplo, ser algo que afete negativamente a vida de outras pessoas a centenas de quilômetros dali. Por outro lado, não matar tal monstro pode varrer o povoado do mapa. E você terá que conviver com essas mudanças.

Geralt é mesmo um caçador de monstros e sua vida em um mundo tão sombrio e perigoso se torna palpável que você realmente acredita nele e nas situações apresentadas pelo game.

Um mundo para viver

O mundo de “The Witcher 2” enche os olhos como nenhum outro. O nível de detalhes das cidades, das estradas e dos personagens é magnífico.  Uma noite sentado em uma lareira de taberna pode ser uma experiência tão única que você sente que está realmente presente ao lado dos bêbados medievais que frequentam o lugar.

A experiência se completa com a qualidade de dublagem, efeitos sonoros e das músicas. Dificilmente você vai ouvir uma mesma voz em personagens diferentes, cada cidade tem um clima diferente, umas mais alegres, outras mais sombrias e a mensagem é reforçada justamente pelo som do ambiente que o cerca.

Mas o mundo de “The Witcher 2” foi feito especialmente para aqueles que têm uma mente mais aberta e mais ligado à realidade. Não serão poucas as vezes que são mostradas cenas de sexo ou mesmo a realidade nua e crua das batalhas que sempre se mostram brutais e sem piedade.

Mas para ver tudo isso em sua plena beleza é extremamente ter um computador de ponta de linha, com placas de vídeo de ultima geração. Mas a cada nova paisagem que aparece na tela mais feliz você fica com o investimento feito em seu computador para jogos.

Evoluir faz diferença

Em muitos jogos de RPG, subir de nível não significa uma grande mudança no game, mas o caminho de “The Witcher 2” é completamente o oposto. Cada habilidade aprendida afeta profundamente a jogabilidade. Um ponto a mais gasto em aumento de magia de área será realmente um bom investimento, por exemplo.

Mas algumas vezes você se sentirá em situações apertadas e terá dificuldade para escolher se melhora uma habilidade ou outra. Em certos momentos, terá que esquecer de um ramo de perícias para aprender um golpe devastador em outra árvore de habilidades. Isso é muito interessante e abre a possibilidade de voltar para o jogo e ser um ‘feiticeiro’ no lugar de um ‘guerreiro’.

Pontos Negativos

Combates complicados demais

No íncio os combates serão confusos, até mesmo o tutorial incorpora tantos elementos que acaba deixando as coisas mais complicadas do que deveriam. Quando usar um feitiço no lugar de desferir um golpe de espada? Como fazer para se esquivar de um ataque em grupo? Detalhes mais avançados, por assim dizer, são apresentados logo no início do jogo e acabam mais confundindo do que ensinando sua real necessidade para a mecânica geral do jogo.

A dificuldade também sempre está no nível mais alto. Um combate com um simples bandido não deveria ser um desafio para Geralt, mas sim, um meliante de beira de estrada pode acabar com a vida do temido caçador de monstros caso um clique seja executado fora de hora. Os aliados também mais atrapalham do que ajudam, e acabam impedindo que você faça uma esquiva ou desfira um golpe especial simplesmente porque eles não querem morrer e usam Geralt como escudo humano.

Este é um RPG em terceira pessoa e os comandos se encaixam com teclado e mouse, mas é fácil notar que usar um controle foi a primeira opção planejada pelos desenvolvedores. Os testes de UOL Jogos foram feitos em grande parte usando um controle com fio do Xbox 360, algo que melhorou muito a experiência de jogo durante os combates.

Nota: 9 (Excelente)