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The Witcher

08/04/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Com um atraso considerável, finalmente chega ao Brasil "The Witcher", jogo baseado em um popular universo criado pelo escritor polonês Andrzej Sapkowski, que também rendeu na Europa uma série de outros derivados, de filmes a séries de televisão. Criado pela alemã CDProjekt, esta adaptação utiliza o motor gráfico Aurora, desenvolvido pela cultuada especialista em RPGs BioWare, para apresentar Geralt of Rivia, um caçador de monstros que se envolve em uma aventura bastante interessante.

Decisões importantes

O que logo chama a atenção em "The Witcher" é sua falta de amarras no que diz respeito a uma linha narrativa. Ele abre com um vídeo que não diz muita coisa, apenas para apresentar Geralt, o tal Witcher, um caçador de monstros que foi treinado para tal tarefa desde pequeno e, para isto, teve que abandonar parte de sua humanidade.

Vídeo introdutório
Assim como o protagonista, o universo do jogo não mostra uma linha bem definida entre o bem e o mal. Não há necessariamente heróis e vilões, um lado negro como em "Knights of the Old Republic", por exemplo. Geralt começa com a memória apagada e aos poucos vai traçando seu caminho, de acordo com suas escolhas, e no fim vai ver onde isto vai dar - pois, claro, tudo tem conseqüências, e algumas podem acabar em tragédias, mesmo que aparentemente não tão imediatas.

Apesar do tradicional universo de criaturas míticas européias, como elfos e goblins, ser bem batido, como não há uma barreira bem definida entre facções do bem ou do mal, tudo é bastante livre e Geralt tem aí sua chance de brilhar.

Combate diferente

O sistema de combate de "The Witcher" é parecido com o de muitos RPGs do mercado, mas também tem alguns toques bem originais. A princípio ele é bem insólito: você ataca ao clicar no inimigo e precisa esperar até que a animação do seu ataque acabe e apareça um novo ícone na tela para emendar outro golpe. Não é uma das coisas mais intuitivas do mundo, mas rapidamente você consegue pegar o jeito e ainda desferir alguns combos e movimentos finalizadores bem violentos.

Há ainda a necessidade de trocar de posição de ataque, de acordo com o tipo de inimigo a ser enfrentado, como aqueles com armaduras pesadas ou os que têm ataques mais rápidos. A coisa só complica um pouco quando é necessário enfrentar vários oponentes ao mesmo tempo, pois este sistema nunca parece ser dinâmico o suficiente, mas não chega a ser frustrante, principalmente quando seu poder de fogo ficar maior.

Um mundo cheio de vida
Há também muitas opções para personalizar Geralt. Quem já jogou "Diablo" ou qualquer outro RPG de computador está familiarizado com a tela de inventário, que conta com uma série de lacunas para equipamentos, poções especiais e árvores com atributos e habilidades que garantem poderes ao caçador de monstros. As poções, em especial, são um aspecto muito importante no jogo, uma vez que garantem bônus fundamentais para o sucesso de Geralt nas dificuldades maiores, e elas podem ser criadas através da coleta de materiais pelo mundo.

Rodando macio

"The Witcher" utiliza uma versão bem recente e otimizada do motor gráfico Aurora, que não faz feio. A abertura, infelizmente, dá a impressão errada, como se fosse um trabalho mal feito da Blizzard, mas ao explorar melhor o conteúdo é possível notar que ele é rico em detalhes gráficos, principalmente em texturas e efeitos de luz, e não é muito pesado em uma máquina de médio porte.

Há alguns problemas de colisão chatos, como se os personagens flutuassem em algumas ocasiões, e ainda bugs mais sérios, como congelamento de tela, que são em boa parte solucionados com a instalação de atualizações. Assim, tecnicamente, o ponto fraco do jogo cai nas costas do áudio, que não traz nada de empolgante, além de contar com um trabalho de dublagem fraco e algumas legendas com erros de digitação.

CONSIDERAÇÕES

"The Wichter" é um RPG tradicional, baseado em um universo muito interessante, que não tem barreiras bem definidas entre o bem e o mal. Você fica livre para fazer suas escolhas e o jogo consegue explorar este aspecto de maneira genial. O combate poderia ser mais empolgante, mas ainda assim há muitas opções de customização para mantê-lo ocupado enquanto enfrenta os inimigos. É um título indispensável para os fãs do gênero.

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    The Witcher (Pc)

    150 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: CD Projekt Red Studio
    Lançamento: 30/10/2007
    Distribuidora: Atari
    Suporte: 1 jogador
    Configuração mínima: Pentium 4 2.4GHz ou Athlon 64 +2800, 1GB Ram para Windows XP ou 1,5 Gb pra Vista, Geforce 6600 ou Radeon 9800 ou superior, 8,5 GB livres em disco
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