Se você sempre critica Fidel Castro em sua maneira de governar Cuba, a Greenleaf e a Pop Top agora lhe oferecem uma oportunidade de mostrar que tipo de líder você seria em uma pequena ilha tropical. Essa é a proposta de Tropico: A Ilha do Paraíso (o nome do jogo é assim mesmo, sem o acento no 'o').
Logo de cara o jogo impressiona com uma respeitável gama de opções: você pode personalizar o seu 'El Presidente' com uma de inúmeras personas - cantor popular, revolucionário comunista, marionete dos Estados Unidos... essas são apenas algumas das opções, que podem ser ainda mais personalizadas com defeitos como 'machista' e qualidades como 'rico', além de detalhes como 'distante dos EUA', e assim por diante. Além disso, é possível personalizar também seus objetivos, sejam eles transformar Tropico em um paraíso para turistas, engordar sua conta bancária na Suiça ou fazer do lugar uma grande potência econômica.
Uma vez mergulhado na ilha, você descobrirá que seu governo é bastante poderoso. É possível construir todo tipo de moradia, prédios públicos, estradas e fábricas ou fazendas para incentivar o crescimento de Tropico. É possível realizar micro-gerenciamento de cada uma dessas estruturas, decidindo salários, ocupação e gastos de manutenção, entre outros. Outro aspecto legal é que você pode 'ler' a mente de cada habitante, sabendo exatamente o que ele quer ou precisa para ficar feliz com o governo.
Um dos aspectos interessantes do jogo é que você pode assumir diferentes 'estilos' de governo. É possível assumir uma posição industrialista e conseguir o apoio da classe abastada, ou ganhar a admiração do povo como um líder revolucionário, ou até dominar tudo conseguindo a graça dos militares. Esse tipo de opção, assim como as implicações de cada uma de suas ações, realmente expandem as possibilidades do game.
Infelizmente, Tropico pisa na bola em duas partes importantes: interface e apresentação. Apesar dos menus serem bastante simples, eles são feios e seus ícones confusos. Da mesma forma, a representação virtual da ilha deixa muito a desejar (e o 'portunhol' da dublagem rapidamente perde a graça e se torna irritante). Sem uma boa recompensa visual do crescimento da ilha, como acontece em Sim City, Tropico tem dificuldade em manter sua atenção por muito tempo.
CONSIDERAÇÕES
Vale notar que essa versão traz a expansão do jogo, que oferece muitas opções extras que não estavam no original. Estes extras foram levados em consideração e expandem bastante a experiência, mas não resolvem o problema de repetitividade do game.