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World in Conflict

04/10/2007

THÉO AZEVEDO
Da Redação
No início da década de 90, o gênero que ficou conhecido como "estratégia em tempo real" começava a ser moldado por produtoras do quilate de Westwood Studios (que posteriormente seria comprada e incorporada pela Electronic Arts) e Blizzard. Com o passar dos anos, outras softhouses especializaram-se na área, dentre elas a Massive Inc. que, após "ensaiar" em "Ground Control", finalmente acertou a mão: dono de uma nova abordagem, "World in Conflict" apresenta um estilo de estratégia que os fãs do gênero têm que experimentar.

Nota zero em Economia

Diferentemente do que estamos acostumados a ver, em "World in Conflict" não é necessário explorar recursos do cenário ou construir a sua base. Em suma, não se preocupe com aspectos econômicos, pois o único recurso que você precisa administrar são os pontos de reforço, que servem para comprar unidades. Obviamente, cada uma delas possui um valor específico e, caso seja destruída, os pontos usados na aquisição retornam lentamente à sua "conta bancária".

Como as unidades adquirem experiência, melhorando em características como resistência e poder de fogo, a batalha não fica banalizada, pois é do maior interesse do jogador mantê-las ativas o quanto for possível. Uma ou outra possui habilidades especiais, defensivas e/ou ofensivas, que, se bem exploradas, fazem a diferença. É uma fórmula equilibrada entre ação e estratégia que garante o teor tático do game.

E tem mais: conforme a sua performance na guerra - número de inimigos abatidos, objetivos cumpridos etc -, você ganha pontos de apoio tático. Com eles, é possível lançar mão de auxílios extras, que vão de ataques de artilharia até devastadoras explosões nucleares. Definitivamente, "World in Conflict" não é um jogo para se adotar postura defensiva: por isso, a ação acontece quase ininterruptamente, exigindo um trabalho mental tão intenso quanto o de títulos das séries "Total War", por exemplo.

No campo de batalha, o progresso acontece ao conquistar pontos de comando, o que não é necessariamente uma novidade. A diferença é que aqui, para ocupar os pontos de comando, é preciso colocar unidades simultaneamente em círculos imaginários. Funciona praticamente como em "Battlefield" - aliás, "World in Conflict" personifica nos RTSs vários elementos da série de ação.

As unidades são divididas basicamente entre infantaria, blindadas, aéreas e suporte. A relação entre pontos fracos e fortes funciona no esquema do "xadrez", ou seja, artilharia leva a melhor sobre infantaria, mas se dá mal contra tanques que, por sua vez, são presas fáceis para helicópteros e por aí vai. Não é um sistema complexo ou com uma longa curva de aprendizado.

Mundo online em conflito

Se há "shooters" que conseguem emplacar mesmo sem um bom enredo, o mesmo é difícil de acontecer com os jogos de estratégia. Mas, neste ponto, "World in Conflict" está tranqüilo: a trama se passa em uma realidade alternativa, na qual a União Soviética não entrou em colapso com a Guerra Fria. Bem diferente disso, aliás: o território norte-americano foi maciçamente ocupado e transformou-se em campo de batalha para a Terceira Guerra Mundial.

São três as facções: Estados Unidos, União Soviética e Otan. A campanha single-player, composta por 14 missões, é protagonizada pelos EUA, que divide alguns momentos com a aliada Otan. As três facções são jogáveis no multiplayer, mas a campanha deixa de lado o ponto de vista dos soviéticos, o que não chega a ser necessariamente um ponto fraco, já que "World in Conflict" mostra mesmo do que é capaz nas partidas online.

Há suporte para até 16 participantes, com especial atenção aos clãs, através de divisões por hierarquia, personalização de imagens, e conquista de insígnias, como medalhas. Com a ferramenta Massgate, mais do que procurar por jogadores online e ver se estão jogando uma partida, é possível ingressar na disputa em andamento com um clique do mouse. É tão simples se divertir online com o game que o modo single-player ganha proporções secundárias, embora não deixe de ser divertido.

Coisa linda de se ver

Os gráficos de "World of Conflict" estão entre os melhores da atualidade no gênero, funcionando em torno da destruição: quase tudo nos cenários pode ir abaixo, em ruínas e explosões, com direito a um belíssimo efeito de fumaça. O efeito da bomba nuclear é lindo (com perdão do comentário politicamente incorreto) e as perspectivas de horizonte, com prédios em chamas, das paisagens urbanas em pleno caos dos Estados Unidos, é formidável.

O preço é um jogo pesado, mas bem otimizado. Apenas uma placa de vídeo compatível com DirectX 10 pode usufruir tamanho poder de fogo, mas em PCs mais modestos, a experiência vale a pena também. Mesmo em closes, o jogo não deixa a peteca cair.

Na trilha sonora, o destaque é o excepcional trabalho de dublagem, encabeçado pelo ator Alec Baldwin. É o tipo de game que compensa prestar atenção em cada diálogo, pelas tiradas interessantes e pelo bom desenvolvimento do enredo.

CONSIDERAÇÕES

"World in Conflict" é uma das gratas surpresas de 2007. Abre espaço para um novo jeito de jogar games de estratégia em tempo real e merece uma chance mesmo daqueles que "se cansaram" do gênero. Indo além, é a prova de que é possível inovar mesmo em um estilo de jogo amplamente explorado. Dos gráficos à trilha sonora, passando pelo foco na ação, mas sem perder a porção tática, "World in Conflict" é um título para gente grande.

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    World in Conflict (Pc)

    121 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Massive Ent.
    Lançamento: 18/09/2007
    Distribuidora: VU Games
    Suporte: 1-16 jogadores, multiplayer online
    Configuração mínima: Processador de 2GHz; 512MB de RAM (1GB de RAM p/ Windows Vista); 8GB de HD; DVD-ROM; placa de vídeo 3D de 128MB; Windows XP ou Vista
    Outras plataformas: PS3 X360
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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