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World of Warcraft: Wrath of the Lich King

10/12/2008

OTÁVIO MOULIN
Colaboração para o UOL
Com 11 milhões de jogadores que pagam mensalidade de US$ 15, "World of Warcraft" é um fenômeno. Lançado em 2004, conseguiu o posto de rei dos jogos online sem limites de jogadores e, com o lançamento de sua segunda expansão, "Wrath of the Lich King", batendo recordes de vendas, não parece que vai esfriar tão cedo. E não deve mesmo. O pacote consegue atrair novos jogadores, resgatar temas clássicos da mitologia da série que devem agradar os veteranos e apresentar novos e criativos desafios a todos.

Retomando a mitologia

Ainda que a batalha no reino extra-dimensional de Outland continue recebendo novos soldados a todo instante, tanto a Horda quanto a Aliança foram forçadas a mudar seu foco de ação principal de volta para Azeroth. A ameaça do Lich King, personificado pela figura de Arthas Menethil - o príncipe que traiu seus aliados e derrubou seu próprio reino - está cada vez mais evidente, levando as duas facções a enviar expedições para o continente gelado de Northrend, onde o vilão reside em meio ao seu exército de mortos-vivos conhecido como Scourge.

Batalha contra Lich King
Enquanto a expansão anterior, "The Burning Crusade", colocou os jogadores para explorar história da antiga terra dos Orcs e refúgio dos Draenei, com muitos toques de ficção científica, agora "Wrath of the Lich King" funciona como uma volta às origens. Vários temas presentes no pacote original de "World of Warcraft" são retomados, como a purificação da espada Ashbringer - que seria equivalente à Frostmourne, a poderosa arma de Arthas - e a unificação da Aliança em torno do rei Varian Wrynn, que ressurgiu para acabar com a trégua entre as icônicas facções.

Northrend também resgata paisagens bucólicas do jogo clássico, como florestas e vales gelados, ainda que agora com muitas influências da mitologia nórdica. Tais referências surgem desde zonas iniciais, como os fiordes de Howling Fjord, à figura dos guerreiros de gelo gigantes que povoam as finais, como Storm Peaks, espalhadas também nos equipamentos e armas, repletos de pêlos, chifres, espinhos e outros adereços que as conectam. Mas ainda também há espaço para a tradicional irreverência da Blizzard, como motocicletas rústicas - que são caríssimas e só podem ser feitas por engenheiros - e até mesmo tanques de guerra que geralmente são utilizados nas novas zonas de PVP (Player Vs. Player, ou jogador contra jogador) e que inauguram a possibilidade de destruir alguns elementos dos cenários.

Esta ousadia dos desenvolvedores também está presente nas quests, as missões que são dadas aos jogadores para que possam ganhar recompensas e experiência. Antes, "World of Warcraft", assim como vários outros jogos do gênero, era infestado por quests longas e repetitivas que pediam apenas o massacre de determinado tipo de inimigo ou a busca por uma quantidade específica de itens.

Death Knights em batalha
Em "Wrath of the Lich King" esse tipo de quest ainda existe, claro, mas aparece com menor freqüência. Agora há muito mais variedade, com eventos bastante inusitados, como fugir com um prisioneiro à cavalo sendo perseguido por uma tropa de monstros que lembram lobisomens, se sacrificar em um ritual de magia negra para visitar o mundo do além, controlar um gigante elemental, ou ainda experimentar um preparo especial que pode dar dor de barriga e interditar o banheiro. São tantas que tornariam o texto impublicável, mas há uma especialmente emocionante, que coloca os jogadores diante do Lich King por volta do nível 74 e que culmina em um ataque direto à cidade dos Undeads, Undercity, liderado pelos próprios líderes da Horda e Aliança. Não dá para falar muito sem estragar a surpresa, mas este é, com certeza, um dos maiores momentos do entretenimento eletrônico dos últimos anos.

Tudo pelo casual

O trabalho de diversificar os desafios com certeza cai bem para os veteranos, principalmente os "hardcore", entediados depois de matar centenas de monstros e andar para lá e para cá apenas para subir de nível. Mas se engana quem pensa que a expansão foi feita apenas de olho neste tipo de jogador. A Blizzard foi esperta e, apesar de "Wrath of the Lich King" contar com conteúdo focado para personagens de nível 70 a 80, muito foi feito ao longo dos últimos meses para atrair novos jogadores, como a redução de requisitos de experiência para subir de nível entre o 1 ao 70 e o programa "Refer a Friend" - que consiste em indicar algum amigo para comprar o jogo e jogar junto com ele, garantindo para ambos o triplo de experiência até o nível 60.

Assim, novos jogadores conseguem chegar facilmente até o nível 70 para aproveitar a expansão sem o ranço dos calejados, que tiveram que passar horas em alguma floresta matando um mesmo tipo javali, por exemplo. E tais novatos podem embarcar sem medo até mesmo nas várias dungeons de Northrend, que são bem mais curtas e amigáveis do que as de Outland, sem a necessidade de muita coordenação do grupo.

"Wrath of the Lich King" é mais fácil? Não necessariamente. Muitos veteranos reclamaram da dificuldade, que não há muitos desafios, mas a verdade é que o conteúdo se tornou menos ameaçador para os marinheiros de primeira viagem, dando espaço para que aprendam a jogar todos os aspectos do jogo. Um exemplo são as raids, os grupos grandes que podem ter até 25 ou mesmo 40 jogadores. Karazhan, que foi a raid inicial de "The Burning Crusade" era tão difícil no começo que chegava a ser proibitiva para algumas guildas, pois todos os integrantes precisavam de equipamentos excelentes e muita coordenação para vencer. Já Naxxramas, a introdutória desse novo pacote - que na verdade era uma raid do "World of Warcraft" clássico - é muito mais tranqüila e pode ser realizada sem os mesmos requisitos, por grupos bem mais leves. Isso faz com que muitos jogadores que nunca tiveram a oportunidade de participar de um raid até então, finalmente consigam usufruir de um importante aspecto do game.

Poderes destruidores
Agora, se você é um veterano, também não precisa achar que foi esquecido. Muito conteúdo está presente para ser desbravado, com as Heroics - versões mais difíceis das dungeons, que dão prêmios melhores e requerem coordenação e melhores equipamentos - e os níveis de reputação entre as facções menores. Claro, entre vários outros pontos como PVP, profissões e os achievements, que funcionam como as conquistas do Xbox 360 ou o sistema de troféus do Playstation 3. E se você estiver realmente entediado, pode criar um personagem totalmente novo na forma de um Death Knight, a primeira Hero Class do jogo, que é capaz de lançar magias que dão dano prolongado nos inimigos, explodir cadáveres ou ainda transformar aliados ou a si mesmo em zumbi.

Mantendo a boa forma

Uma das chaves para o sucesso de "World of Warcraft" é o comprometimento da Blizzard em aperfeiçoá-lo. Sempre falamos que um RPG online sem limites de jogadores nunca pode ser julgado pelo seu pacote original, aquele disco que é vendido nas lojas, pois com algumas atualizações aquilo logo pode estar totalmente mudado. E as atualizações da empresa costumam ser bastante contundentes, não apenas atuando no balanceamento das classes ou no reparo de bugs, mas na adição de novo conteúdo. E novidades já foram anunciadas para breve, com novas raids e quests, deixando o pacote ainda mais atraente justamente para aqueles "hardcore" que tenham se sentindo abandonados.

Expansão para heróis
Tal trabalho de atualização tem mudado a cara do jogo ao longo dos anos. Desde a última preparatória para a expansão, novos efeitos de luz e sombra foram adicionados ao motor gráfico, que foi modificado. Ele ficou um pouco mais pesado do que era, mas ainda assim é capaz de rodar em máquinas mais antigas com bastante facilidade, inclusive alguns modelos de notebooks. Com um computador razoável e com as opções gráficas no máximo é possível perceber, principalmente nas zonas mais avançadas, como tal motor, apesar de antigo, ainda é capaz de surpreender. Alguns efeitos de luz, de poeira e de explosões são belíssimos, além de alguns modelos de monstros que surgem de forma extremamente detalhada, ainda que da maneira estilizada característica da franquia.

O áudio também o alto padrão de qualidade da Blizzard. Com o habitual uso de orquestra, vamos de temas campestres que ilustram a vida de alojamentos a hinos de guerra que estimulam batalhas sangrentas. As dublagens também dão vida às emocionantes seqüências de história, principalmente graças ao trabalho do novo ator que dá voz ao Lich King, figura que aparece por várias vezes durante sua evolução até o nível 80.

CONSIDERAÇÕES

"Wrath of the Lich King" mostra que a Blizzard ouviu os jogadores e tentou aprender com seus erros, deixando "World of WarCraft" mais amigável para os casuais e, ao mesmo tempo, ainda atraente para os veteranos mais aplicados. Ainda que o desafio não seja tão alto quanto o visto em "The Burning Crusade", a equipe da produtora anunciou muito conteúdo para próximas atualizações, o que garante um fluxo estável de novidades, deixando o produto sempre fresco e atraente para todo o tipo de jogador.

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    World of Warcraft: Wrath of the Lich King (Pc)

    241 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Blizzard
    Lançamento: 13/11/2008
    Distribuidora: Blizzard
    Suporte: MMO
    Configuração mínima: Pentium 4 de 1.3 Ghz ou Athlon XP 1500+; 512 MB de RAM (1 GB p/ Vista); 12 GB de HD; plava de video ATI Radeon 7200 ou superior; Windows XP ou Vista; "World of Warcraft" e "The Burning Crusade" instalados
    ImperdívelAvaliação:
    Imperdível

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