Dragonshard

da Redação

Os jogos de estratégia em tempo real são alguns dos menos originais do mercado: praticamente todos seguem os exemplos dados pelos dois gigantes do gênero ("Command & Conquer" e "WarCraft"), sem tentar oferecer maiores novidades. A Liquid quer dar um basta nisso com seu mais novo projeto, "Dragonshard".

O game já começa com um ambiente diferenciado: o mundo de Eberron. Tirado de "Dungeons & Dragons", esse reino já de diferencia até na sua mídia de origem: ele é um mundo moderno baseado nas regras de fantasia - cidades grandes, corporações, transporte em massa... só que tudo regido por magia e raças como anões e elfos.

Mas a verdadeira novidade está na fórmula do game. "WarCraft III" integrou elementos de RPG através da introdução dos heróis, mas "Dragonshard" faz algo totalmente diferente para mesclar o RPG: separa a aventura em duas partes. Algumas fases são como as de jogos de estratégia, mas estas são intercaladas por calabouços que parecem uma mistura de "Diablo" com "Neverwinter Nights": você explora esses ambientes com calma, encontra itens que melhoram os personagens e pode interagir com outras pessoas.

"Dragonshard" se ambienta no continente de Xen'drik, mais precisamente no Anel das Tempestades. Esse vale foi o lar da maior e mais magnífica cidade de elfos do mundo, e muito mais avançado que qualquer outra civilização de Eberron. Só que um terrível cataclisma destruiu esse lugar, afundando a cidade nas profundezas da terra e espalhando seu povo - que acabou dividido em diferentes sub-raças.

O objetivo principal do game é se aventurar pelas catacumbas e ruínas dessa cidade, caçando tesouros da civilização antiga. Mas além de lutar contra os guardiões antigos (que vão de estátuas animadas até beholders), você precisa enfrentar as outras três facções representadas no game. Todos os seus personagens morreram no calabouço? Isso não é problema: sua base na superfície pode treinar mais deles para um novo ataque.

A construção da base também ganha uma nova proporção estratégica: você começa com um castelo, que delimita uma certa área de construção. Esse espaço restrito impede o jogador de criar todas as estruturas existentes - então a escolha deve ser feita à dedo. Até mesmo seu posicionamento causa influência: uma torre de magos ao lado de um centro de treinamento militar cria lutadores com resistência mágica ampliada. Adicione uma igreja à mistura e você terá paladinos.

Uma opção multiplayer permitirá que tudo isso possa ser misturado em enormes confrontos com duas frentes - uma subterrâenea e outra ao ar livre, exigindo total atenção e estratégias complexas e sem precedentes no gênero.