WildStar

Nexus. Um misterioso planeta recém-descoberto, foi antiga residência da antiga raça Eldan e fonte de inúmeros mistérios, lendas e, talvez mais importante de tudo, tesouro. Com dezenas de oportunidade de glória e fortuna, Nexus agora é palco de uma guerra entre duas facções para garantir sua supremacia sobre esta nova terra prometida.

É neste ambiente caótico e cheio de possibilidades em que o RPG Online “Wildstar” é centrado. Desenvolvido pela Carbine Studios, estúdio fundado por veteranos da equipe que criou “World of Warcraft” na Blizzard, e possuindo em sua equipe membros de outros estúdios de renome, como Retro e Bethesda, o jogo quer criar um mundo novo, com caminhos diferentes a serem explorados, caso decida jogar com um tipo de personagem.

Um planeta de possibilidades - sejam elas feitas de ouro, tecnologia ou propriedade imobiliária - está a seu alcance.

Não podem tirar o céu de mim

A guerra por Nexus é dominada por duas facções: Exiles e Dominion. Os Exiles são formados por mercenários e separatistas que querem formar um território próprio em Nexus. São compostos pelos rochosos e beberrões Granok, os amantes da natureza com orelhas de coelho e cauda Aurin e os zumbis espaciais Mordesh, que vieram ao planeta para descobrir uma cura.

Já o Dominion é um império intergaláctico criado pela raça Eldan, que acredita que o planeta é seu por direito. Na liderança estão os Cassian, humanos escolhidos pela antiga raça para formar este governo, tendo como subalternos as máquinas de matar Mechari, os brutais e selvagens Draken e os pequenos sociopatas Chua.

É possível escolher entre seis classes: Warrior, Spellslinger, Esper, Engineer, Stalker e Medic, com algumas delas sendo bloqueadas por raça - brutamontes como os Granok não tem lá a melhor disposição para ser um furtivo Stalker, por exemplo -, e o jogador poderá escolher qual será a melhor função deste personagem em batalha: DPS, Tank, Healer, etc.

Um dos maiores diferenciais de “Wildstar”, no entanto, são os chamados “Paths”: Missões e objetivos específicos que o jogador poderá desvendar dependendo de seu estilo de jogo: Soldiers devem derrotar variados e perigosos inimigos para controle de território; Settlers são responsáveis pela construção e manutenção de uma série de prédios e estruturas importantes para a facção; Scientists devem descobrir os segredos tecnológicos deixados pelos Eldan; e Explorers devem, como o próprio nome indica, explorar e desvendar todos os tipos de terrenos presentes no planeta.

Estes caminhos são independentes uns dos outros, mas segundo a Carbine eles podem acabar se cruzando graças ao chamado “Cross Paths”, em que jogadores podem formar grupos com cada tipo de aventureiro, ou vários com o mesmo Path.

Não há lugar como o lar

A Carbine também quer valorizar o fato de o personagem estar vivendo neste mundo novo, e para isso colocou como elemento central a construção e customização de residências para o jogador.

Ao comprar um terreno por meio de vendedores da empresa Protostar, o jogador poderá criar vários tipos de casa - desde simples tendas até luxuosas mansões - e customizar tanto o interior quanto o exterior a seu bel prazer, além de ser capaz de dar festas e outros eventos sociais.

O valor do terreno, porém, vai bem além de suas possibilidades estéticas. Para encorajar usuários a utilizar esta mecânica, a Carbine criou benefícios especiais para quem utilizar as residências, dando bônus de XP extra para quem usá-la para descansar entre as sessões de jogo, além de poder construir estações para mods e upgrades em seu próprio território, sem precisar ficar se amontoando entre outros jogadores.

Ah, e mencionei que ela pode flutuar no ar? Porque ela pode.

Dando o devido C.R.E.D.D.

Decidindo não adotar o modelo free-to-play para “Wildstar”, a Carbine acabou por utilizar um sistema híbrido, procurando utilizar a própria economia do jogo a seu favor: O jogador, ao comprar uma cópia do jogo, receberá 30 dias gratuitos.

Após este período, o jogador tem duas opções para continuar a acessar “Wildstar”: renovar a assinatura, que possui planos de 1, 3, 6 ou 12 meses, com preço máximo de US$ 15; ou utilizar o item C.R.E.D.D., que dá mais 30 dias de acesso ao usuário.

A questão é “Como consigo C.R.E.D.D.”? A forma inicial é comprar na loja por dinheiro real e revender para outros jogadores pela moeda do jogo. Isto, em teoria, beneficia ambos os grupos, especialmente jogadores que não se importam em pagar uma assinatura, mas não tem ouro o suficiente para itens especiais, e aqueles que não pagam assinaturas, mas dedicam-se ao jogo o suficiente para ter uma pequena fortuna dentro dele.

O tempo dirá se este tipo de serviço dará certo ao longo do tempo, mas a Carbine está confiante de que o sistema acabe vingando, e é certamente mais convidativo do que um simples plano de assinatura.

Guerra e paz

“Wildstar” chama a atenção por seu tom debochado e descompromissado, desde seu visual até o senso de humor demonstrado nos trailers e outras ações de marketing. Sem ter grandes ambições de competir diretamente com titãs como “World of Warcraft”, o MMO tem chance de encontrar um nicho devotado - e lucrativo.

Com novas ideias de financiamento, e expansão de conceitos de jogos online típicos, e vários talentos da área trabalhando e aperfeiçoando-o, “Wildstar” é uma boa promessa para fãs do gênero.

“Wildstar” terá seu lançamento oficial em 3 de junho, exclusivo para PC. O jogo está em pré-venda em seu site oficial e a cópia básica pode ser comprada por US$ 60, enquanto a digital de luxo custa US$ 75. Até o momento, não há indicação de uma versão para o Brasil.