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10/03/2010 - 13h10

Direto da GDC: 'Social games' roubam a cena no 1° dia

THÉO AZEVEDO
Direto de San Francisco

Divulgação

Fundador do site Inside Social Games, Justin Smith, acredita no sucesso dos jogos sociais

Fundador do site Inside Social Games, Justin Smith, acredita no sucesso dos jogos sociais

O auditório 134 do Moscone Convention Center, um dentre os que são reservados às palestras mais importantes da Game Developers Conference 2010, está apinhado de gente. Com efeito, muitos acabam sentando no chão mesmo. Por aquela sala já passaram ícones da indústria como Shigeru Miyamoto, Will Wright, Peter Molyneux e Koji Kondo, mas na última terça-feira (9) quem falou foi Amitt Mahajan. Ele é o produtor do fenômeno "Farmville", da Zynga.

Por uma hora, Mahajan desfiou uma palestra extremamente técnica explicando como a empresa levou cinco semanas para criar o mais popular jogo do Facebook, hoje com 75 milhões de adeptos. "Farmville" é o maior exemplo do fenômeno dos "social games", o novo filão da indústria. Tratam-se de jogos integrados às redes sociais e que se valem de um argumento difícil de rebater: é muito mais divertido jogar com amigos que com gente desconhecida.

Atenta às tendências, a GDC organizou uma série de palestras em torno dos social games. Afinal, não falta quem queira morder uma fatia do bolo que, hoje, é dominado por três empresas: a já citada Zynga, que também comercializa "Mafia Wars"; a PlayFish, comprada pela Electronic Arts no ano passado; e a Playdom, líder em social games para o MySpace.

"Colocar games em diversas plataformas não costuma funcionar. É complexo demais. Costuma ser mais eficaz dedicar-se a uma só", conta Justin Smith, do site Inside Social Games, em outra palestra sobre o tema. Ele aproveita para dizer que não acredita no Twitter como plataforma de jogos, tampouco se empolga com sites da internet que reúnem games casuais: "São impessoais", diz.

Segundo dados do InsideVirtualGoods.com, os social games vão gerar US$ 835 milhões em 2010, 40% a mais que no ano passado. Neste cenário, o Brasil, afeito à socialização na internet, dos Fotologs ao Orkut, começa a ganhar papel de destaque: "O Brasil está entrando no cenário", revela Smith.

O Facebook, com 400 milhões de usuários (70% deles fora dos Estados Unidos) já firmou-se como a plataforma preferida para as investidas dos produtores de social games. Ajuda o fato de os usuários da rede social serem relativamente mais velhos - cerca de 23% têm entre 26 e 34 anos. Afinal, o modelo de negócios que sustenta o gênero são as pequenas transações via web, seja para melhorar o arsenal de seus mafiosos ou para comprar sementes exclusivas para a sua plantação.

Diante de uma aparente mina de ouro, aqueles que quiserem explorá-la devem esperar competição forte: novas empresas ("startups"), publishers tradicionais, produtores de games casuais, companhias asiáticas... todo mundo está de olho.

De certo, até a próxima Game Developers Conference, em 2011, será possível ver para quais destes desenvolvedores que lotaram o auditório 134 terá valido a pena o investimento de ir ao evento em San Francisco.
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