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PlayStation 2

Burnout Dominator

30/03/2007

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
A série "Burnout" representa o que há de mais "maluco" entre os títulos de direção de veículos. Na verdade, essa fama começou com "Burnout 3: Takedown", quando a produtora Criterion priorizou a velocidade absurda e o contato físico entre os carros, característica que foi ainda mais acentuada em "Burnout Revenge".

No entanto, o mais recente título da franquia, baixou um pouco a adrenalina. A velocidade continua sendo o forte, mas o estilo ficou menos focando na destruição. Agora, o tráfego voltou a ser mortal, e você precisa de reflexo para desviar dos carros comuns. Além disso, a introdução de elementos como o cavalo-de-pau ("drift", no termo em inglês), exige do jogador mais técnica do que antes.

Na última marcha

Assim como a terceira e quarta versões, é difícil classificar "Burnout Dominator" como um jogo de corrida. Seria mais preciso dizer que se trata de um título de ação veicular, visto que a corrida, em seu termo clássico, existe numa escala reduzida. Além da regra tradicional de chegar em primeiro lugar, há muitos tipos de provas, incluindo o de destruição e de "drift".

Mais uma vez, dirigir perigosa e agressivamente é o ponto central do jogo. Essas manobras fazem aumentar o medidor de turbo, que é usado para conferir aceleração instantânea ao veículo. Porém, dessa vez, é mais vantajoso acumular a totalidade da barra, momento em que sua cor muda para azul.

Ao ativar o turbo se tem o "burnout". Aparentemente, não é muito diferente da superaceleração "comum", mas ao usá-la na versão com fogo azul, uma segunda barra continua enchendo à medida que mantém a direção perigosa, e quando esse medidor secundário chega ao máximo, o turbo se enche novamente. Isso é chamado de "burnout chain" e pode ser feito quantas vezes você conseguir. Quanto maior é o "chain", mais os pontos adquiridos são multiplicados. O detalhe é que fazer as manobras perigosas na velocidade do turbo é muito mais difícil e, assim, você está muito mais exposto aos acidentes. Então, está configurado o elemento de risco e recompensa, que é a base da diversão.

Aqui não tem direção defensiva

Como os antecessores, direção agressiva significa pegar a contramão (note que, em pistas do Japão e da Inglaterra, o fluxo contrário está na faixa da direita), passar muito próximo dos carros que compõe o tráfego, usar as ondulações da pista para saltar com o veículo e fazer derrapagens.

No entanto, o jeito mais rápido de conseguir encher a barra é nos "takedowns", ou seja, tirando os oponentes de circulação. Para isso você lança mão de algumas trombadas para cima dos adversários e, com alguma sorte, eles batem contra muros ou contra outros veículos. Está um pouco mais difícil conseguir os "takedowns", pois já não funciona a estratégia de chegar por trás com o turbo ligado.

Mesmo depois de um acidente, o jogador ainda pode controlar o veículo e jogá-lo para cima dos oponentes. Usando a explosão, é possível atingir os inimigos mais longe. A vantagem disso é retornar ao jogo com o medidor de turbo cheio.

Há uma variação maior de regras dessa vez. Há competições de "drift", "near miss" (passar muito perto do tráfego), "oncoming" (dirigir na contramão) e de "takedowns" (chamada "rage race"). A novidade são as corridas "maniac", em que você tem que juntar pontos fazendo todas essas manobras.

Além disso, há corridas "simples" (vence quem passar primeiro pela chegada), de eliminação (o último colocado no final da contagem de tempo é eliminado e vence o único que sobrar na pista), "preview" (corrida contra o tempo) e grande prêmio (corridas consecutivas com pontuação por ordem de chegada).

Queimou o óleo

O sistema de desempenho continua a ser medido através de medalhas de bronze, prata ou ouro, mas também há objetivos extras na corrida, que, se realizados, conferem novos carros para sua garagem. Tudo isso faz acumular uma pontuação chamada "dominator points", que é usado para liberar novas séries de provas e também vídeos.

Enfim, "Burnout Dominator" continua tendo muita velocidade, mas tem menos destruição, pois você não pode mais eliminar os carros "comuns" que transitam no mesmo sentido e fazer os "takedowns" está mais difícil. Por tudo isso, o foco muda um pouco, equilibrando a eliminação dos oponentes com a esquiva do tráfego comum. Apesar de a mecânica de jogos ainda funcionar, e muito bem, a emoção parece ter diluído um pouco. Também faz falta a exclusão das competições de engavetamento (crash mode), que apareceram nos games anteriores.

Modalidade online ficou de fora. Dentro dessa limitação, o multiplayer do PSP é muito melhor, pois aceita até seis jogadores. No PlayStation 2 jogam apenas duas pessoas ao mesmo tempo, com tela dividida, ou quatro alternadamente. É uma pena não ter partidas pela internet, pois o multiplayer do PSP mostra boa dose de diversão. Não que seja para compensar, mas pelo menos existe um "quick play" para jogar qualquer pista sob qualquer regra.

No PlayStation 2, o visual é semelhante ao de "Burnout Revenge". Numa época em que existe jogos como "God of War II", não há como não deixar de notar que os veículos, por exemplo, parecem um pouco simples. Os efeitos são bacanas e imitam aqueles vistos na nova geração de consoles, como o reflexo na lataria e a simulação iluminação dinâmica (HDR na sigla em inglês), mas são um pouco grosseiros.

O game compensa com boas texturas no cenário, além de o fluxo de tela ser absolutamente suave (e com grande velocidade). Os gráficos surpreendem mais no PSP, que deu um salto em relação a "Burnout Legends", tanto em beleza como em desempenho técnico, e as diferenças para com a versão do console são pequenas.

'Tá' tudo dominado

"Burnout Dominator" representa não uma evolução direta de "Revenge" (isso deve ficar para "Burnout 5", para a nova geração de consoles), mas uma espécie de amálgama dos três últimos episódios. Isso modificou um pouco o estilo do game - ficou menos destrutivo, uma das grandes atrações da série -, mas ainda mantém uma mecânica interessante, que é mais técnica. Para quem é fã, vale a pena conhecer este capítulo um pouco diferente, mas para quem não conhece a franquia, é mais negócio começar com os antecessores, pois são melhores, mais completos e, importante, a empatia vem quase que instantaneamente.

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    Burnout Dominator (Playstation 2)

    42 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: EA UK
    Lançamento: 06/03/2007
    Distribuidora: Electronic Arts
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PSP
    RecomendadoAvaliação:
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