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PlayStation 2

Castlevania: Lament of Innocence

31/10/2003

da Redação
Quase 20 anos depois do lançamento do primeiro "Akumajou Dracula", a Konami finalmente colocou a equipe responsável pela reformulação de série em "Symphony of the Night", trazendo os caçadores de vampiros com chicotes à terceira dimensão (além de merecer ser ignorado, o jogo para Nintendo 64 foi feito por outro time e a edição de Dreamcast jamais viu a luz do dia). IGA - vulgo Koji Igarashi, produtor dos jogos 2D com elementos de RPG - decidiu criar toda uma nova mecânica para o jogo... algo que promete encantar e decepcionar fãs pelo mundo afora.

Origem 2.0

Tendo em vista que o famoso castelo vampírico da trama supostamente reaparece à cada 100 anos, a Konami já teve até que viajar para o futuro para encaixar novos jogos da série. Mas apesar de um jogo para Game Boy já ter supostamente inventado as origens do clã Belmont, o primeiro game da série para PlayStation 2 passa um rolo compressor em "Castlevania: Legends" para explicar como a família de Simon obteve o chicote mágico (agora alquímico) e sua inimizade com os seres da noite começou.

Uma vez munido de sua arma, Leon Belmont entra no temido castelo com o intuito de salvar sua noiva. As primeiras diferenças logo se fazem óbvias: o cruzado já começa com a habilidade de pulo duplo, e as cinco partes principais da fortaleza começam imediatamente abertas para exploração.

Não só isso, mas os power-ups antigos que permitiam novos poderes para acessar áreas inatingíveis foram extintos... e não foram sozinhos - Leon não ganha níveis como outros Belmont. Sua energia e outros atributos só podem ser aumentados com um número finito de itens escondidos. De acordo com o criador do jogo, a idéia era não facilitar tanto a vida do jogador, que depois de ganhar muitos níveis ficava poderoso demais e acabava com a graça do game.

As mudanças são apenas parte de toda uma nova concepção para a série. Cada uma das cinco "fases" (todas imediatamente disponíveis) são quase totalmente lineares, divididas em salas que só se abrem depois que todos os monstros dentro delas são mortos. E ao invés de contar com apenas um único golpe padrão, o chicote agora pode ser usado para uma série de combos diferentes (adquiridos aos poucos, em um resquício do antigo sistema de experiência). Como cada golpe da série deixa o personagem sem movimento ou acesso à manobra de defesa, planejamento volta a ser uma parte importante do sistema de luta.

Sir Simon, eu presumo?

O resultado da soma dessas novidades, para todos os efeitos, é um retorno à fórmula dos primeiros games da série, em um estilo bem clássico. Ainda existem alguns quartos escondidos, cujos segredos só serão revelados com alguma perspicácia, mas estes são poucos e incomuns. O castelo inteiro é relativamente pequeno e quase totalmente plano, e o game pode ser completado em menos de dez horas com facilidade. Um dos problemas mais sérios desse layout é que repassar as muitas salas quase idênticas para chegar em algum lugar se torna um processo ainda mais maçante, apesar da área reduzida. Ironicamente, o game ganhou uma excelente nova ferramenta de marcar pontos de interesse no mapa.

Apesar das salas exageradamente repetitivas, o nível de detalhe de cada ambiente é excelente, e montado com uma direção de arte invejável. A temática do século 11 é levada às últimas conseqüências, e misturado com a profanidade vampírica de maneira a criar uma atmosfera excelente. Para acompanhar isso está uma trilha sonora típica da série, que mistura canções clássicas e modernas que parecem se encaixar perfeitamente com cada situação.

Mas nem toda a parte técnica foi tão bem-sucedida no salto para 3D. A equipe da Konami teve o bom senso de utilizar câmera pré-definidas para cada sala - dando não apenas um ar mais dramático para cada ambiente, mas também evitando a maioria dos problemas mais comuns da terceira dimensão nos games virtualmente "planificando" as salas (é como se a maioria não tivesse uma das paredes). Mas em alguns casos - e o que é pior, normalmente nos chefes - a câmera deixa os inimigos mais perigosos fora do seu campo de visão... mas nem por isso menos mortais.

CONSIDERAÇÕES

Com a perda dos elementos de plataforma e exploração, um sistema de combate bem mais robusto e um fator de rejogabilidade drasticamente reduzido, "Lament of Innocence" é provavelmente uma obra muito diferente do que os fãs esperavam. Mas apesar de seus defeitos, o jogo se prova um título competente para o console da Sony.

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    Castlevania: Lament of Innocence (Playstation 2)

    56 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: KCET
    Lançamento: 21/10/2003
    Distribuidora: Konami
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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