Demon Stone

da Redação

Quem já está sentindo saudades dos jogos baseados em "Senhor dos Anéis" da Electronic Arts tem um bom motivo para comemorar: a equipe produziu um jogo bastante semelhante para a Atari, mas baseado na mitologia de "Dungeons & Dragons" - mais precisamente, "Forgotten Realms". Com roteiro do renomado R. A. Salvatore e a mesma jogabilidade dos jogos de Tolkien, "Demon Stone" oferece muito para os fãs.

O game não é um RPG no sentido clássico da palavra - ele se trata de um jogo de ação que se inspira em muitos dos elementos tradicionais de "Dungeons & Dragons" para atrair os fãs. Jogadores alternam entre o controle de três protagonistas de diferentes classes, enfrentando dezenas e mais dezenas de diferentes monstros até chegar no final da trama.

Cadê os hobbits?!?

Veteranos de "Two Towers" e "Return of the King" não terão dificuldade em compreender a mecânica do game: aprender alguns combos usando poucos botões, matar tudo que aparece pela frente e investir os pontos (experiência e ouro, nesse caso) para comprar novas habilidades e equipamentos - todos tirados diretamente dos livros de regras de D&D.

A grande novidade é a habilidade de alternar entre o comando dos três arquétipos de protagonista - lutador, mago e ladrão - para melhor aproveitar suas habilidades únicas. Enquanto o lutador é o mais forte e versátil, o mago é extremamente útil para ataques à distância e a ladra é capaz de matar sem ser percebida nas sombras e pode saltar para alcançar lugares normalmente inacessíveis. A mecânica é bem integrada à excelente trama, que conta a história de dois seres antigos em uma guerra que pode resultar no fim do mundo.

X, X, X, repetir

O sistema de combate é simples e eficiente. É uma pena que muitas batalhas podem ser vencidas apenas usando os ataques do botão X repetidamente, mas isso não quer dizer que sua missão será fácil - a inferioridade numérica pode resultar em morte com extrema facilidade se você não souber gerenciar os oponentes. Os personagens que não são controlados pelo jogador não ajudam muito, mas felizmente não atrapalham: tendo em vista que a morte de qualquer um resulta em Game Over, é bom saber que quase nunca eles morrem enquanto estão longe da sua supervisão.

Tudo que o game oferece em uma das mais belas recriações dos criativos planos de "Forgotten Realms", compensa com a falta de uma opção multiplayer. Depois de ter revivido as aventuras de "O Retorno do Rei" no PlayStation 2, é quase deprimente ver que essa opção foi omitida nesse game. É verdade que atrapalharia o desenrolar da trama e as câmeras praticamente exigem que essa opção seja implementada apenas online - mas adicionaria um fator de rejogabilidade necessário para uma aventura que pode ser completada em cerca de seis horas.