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PlayStation 2

Destroy All Humans!

29/06/2005

da Redação
Alienígenas são temas recorrentes nos filmes e nos videogames, mas raramente um título coloca o jogador como protagonista um desses seres de outro planeta, ainda mais se eles têm intenções de acabar com a raça humana.

Assim como o filme "Marte Ataca!", de Tim Burton, "Destroy All Humans!" tem inspiração nos filmes dos ETs dos anos 50, estabelecendo os muitos estereótipos acerca desses habitantes de outros planetas. Foi nessa época que ocorreu um dos maiores incidentes da ufologia, em que ovnis e alienígenas teriam sido vistos em Roswell. Não por acaso, essa cidadezinha americana do Novo México inspira um dos mapas do game.

A Vingança dos aliens

Para quem já conhece a mecânica de jogo de "Grand Theft Auto: San Andreas", "Destroy All Humans!" toma muito emprestado do clássico da Rockstar. Existe um imenso cenário, por onde o jogador poderá explorar, procurar itens e interagir nada amigavelmente com os humanos. O grande mapa é dividido em cidades fictícias, como Rockwell e Santa Modesta, e cada uma delas é relativamente grande Naturalmente, o progresso ocorre quando se realizam as missões obrigatórias, dados pelo chefe do protagonista Crypto.

Crypto, você, é um alien estereotipado, baixinho e cabeçudo e está munido de tecnologias extraterrestres e poderes paranormais. Suas armas básicas são: uma pistola de choque elétrico, que tira os humanos de combate sem risco à sua vida; um módulo retal capaz de fazer expelir o cérebro das pessoas; um desintegrador; e um lançador de granadas. Os dois últimos são auto-explicativos.

Os poderes mentais incluem leitura de pensamentos, que recarrega a energia psíquica de Cryto e garante boas risadas para o jogador; telecinese, a habilidade de mover objetos à distância; explosão mental, que permite retirar o cérebro de um humano indefeso; e a hipnose, outra boa fonte de risadas e importante na condução das missões.

Os controles para a telecinese são bastante intuitivos, semelhante a títulos como "Psi-Ops: The Mindgate Conspiracy", no qual a movimentação do objeto remoto se dá pelo analógico direito. No geral, os controles funcionam de forma satisfatória, sem problemas de câmeras devido ao ambiente aberto. A colisão com alguns objetos soa estranho, mas nada que atrapalhe a percepção do jogador.

Além desses artefatos, o cabeçudo tem uma máquina nas costas que lhe permite planar por alguns instantes. Sendo semelhante ao clássico criminoso da Rockstar, não poderiam faltar os veículos, e o de Crypto não poderia ser outro senão um ovni. Mais que um meio de transporte, é uma máquina de guerra capaz de enfrentar as forças militares terráqueas, além de provocar a maior destruição nas edificações.

Todos esses artefatos e poderes podem ser melhorados com o avançar das missões, a custas de DNA, que é extraído do cérebro das pessoas.

Um ET à solta na cidade

O jogador tem liberdade nos mapas para explorar itens escondidos e realizar missões alternativas. Mas, "diferente de Grand Thef Auto", com pouca variedade e recompensas não muito atraentes. O modo de nave fica um pouco tedioso com o tempo, apesar de muito satisfatório no início.

Por outro lado, as missões primordiais são bem mais variadas, incluindo extermínio, leitura de pensamentos, roubo de materiais e abdução de pessoas. Existe uma seqüência de missões a cumprir por fase, e uma falha do jogador faz com que tudo seja perdido, convidando-o a recomeçar do início do estágio. A produtora poderia ter colocado uma opção mais fácil para reinício, já que retornar para a nave para depois voltar ao mesmo mapa é enfadonho.

Existe um componente de ação furtiva no jogo, com um sistema de alerta em quatro níveis. Mas Crypto tem o poder de se transformar em qualquer pessoa, não precisando fazer nenhum esforço para se esconder. Em algumas situações ele precisará tirar o disfarce, já que não pode usar armas nem pular durante a mutação.

Esse poder rende outros momentos descontraídos, como uma missão em que Crypto, disfarçado de prefeito, tenta escamotear os indícios de uma presença alienígena. Para isso ele usa de rodeios, promessas vazias e palavras de ordem. Assim como na vida real, jamais tente dizer a verdade...

A seleção de piadas inclui as manchetes dos jornais, que atribuem a balões meteorológicos e comunistas os estranhos fenômenos que ocorrem nos arredores. Com tanto humor no jogo, as cenas não-interativas também desfilam piadas e situações bizarras. Felizmente, apesar de todos ficarem alarmados com a presença do protagonista, ninguém acha estranho um UFO estar estacionado numa colina próxima. E ninguém explica por que as naves só podem descer em determinados locais.

O sistema de alerta, de quatro níveis, faz com que inimigos mais fortes apareçam para deter o seu personagem. Primeiro são os policiais, depois, o exército. Por fim, aparecem os agentes da Majestic, uma organização conspiratória e especialistas em invasão alienígena. Como manda o figurino, eles são homens de preto que carregam armas letais e são capazes de desmascarar o disfarce do protagonista.

Contatos imediatos

O visual de "Destroy All Humans!" é bem agradável, com ótimas texturas e com uma construção competente de cenário, que contam com diversos tipos de mato. Usando a visão normal, o efeito é perfeito, mas basta olhar um pouco mais de cima para perceber o inteligente truque. No PlayStation 2, o visual é menos rico, principalmente no que diz respeito à vegetação, mas foi bem adaptado.

Mas um defeito que realmente incomoda é o dos objetos aparecerem de repente em seu campo de visão, tanto no Xbox quanto no PlayStation 2. Usando a nave, blocos inteiros do cenário chegam a ser construído do nada. Apesar desse defeito existir em diversos jogos, em "Destroy All Humans!" é ainda mais aparente.

A modelagem dos personagens humanos é competente, mas os designers tiveram mais inspiração para produzir os alienígenas. Eles são estereotipados, mas mesmo assim, conseguiram valorizar suas personalidades e inseri-los no clima de humor. A tela flui de maneira suave e estável, sem queda de velocidade aparente.

As animações também seguem a linha do humor, com movimentações exageradas e bastante vivas. A programação de física também é competente, deformando veículos e dando um realismo nas batidas e colisões, além de mover de forma convincente os objetos que flutuam pelo poder da mente.

O som também remete aos filmes dos anos 50, com o uso incessante do teremim. Você pode não conhecer esse instrumento eletromagnético, mas deve ter ouvido em filmes como "Marte Ataca!". As dublagens também estão caprichadas, desfilando humor para todos os lados e a trilha sonora final é uma das mais inspiradas dos últimos tempos.

CONSIDERAÇÕES

"Destroy All Humans!" empresta parte da fórmula de "Grand Theft Auto", mas com uma temática completamente diferente. Carregado nas piadas, o game diverte com as situações absurdas, apesar de ser um pouco repetitivo e o sistema de combate não empolgar tanto. Uma pena que a duração do game seja insatisfatória e isso é agravado pelo fator de replay estar restrito à caça de um único item e missões alternativas descartáveis. Ele é daqueles jogos que divertem enquanto dura, mas não dura tanto quanto se poderia desejar.

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    Destroy All Humans! (Playstation 2)

    105 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Pandemic Studios
    Lançamento: 19/06/2005
    Distribuidora: THQ
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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