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PlayStation 2

Disgaea: Hour of Darkness

29/10/2003

da Redação
"Disgaea" tinha tudo para ser apenas mais um jogo relegado às prateleiras japonesas: personagens excêntricos, humor pueril e batalhas estratégicas capazes de fazer qualquer um arrancar seus cabelos. Mas a Atlus decidiu arriscar e trazer o título ao Ocidente - resultado: o game acabou fazendo um grande sucesso com o público dos desenhos animados japoneses e jogadores dos poucos RPGs estratégicos disponíveis.

A aventura conta a história de Laharl, o filho de um poderoso rei do Submundo, uma espécie de inferno. Ele acaba de ser acordado de um sono de dois anos, descobrindo que seu pai faleceu e o Submundo foi tomado por diferentes demônios. Com a ajuda da vassala Etna, ele pretende retomar o seu reino. A confusão acaba chegando até o céu em uma das mais cômicas guerras já vistas no PlayStation 2.

Sistema familiar
Quem já jogou "Final Fantasy Tactics" e "Tactics Ogre" vai se sentir em casa com o produto da Nippon Ichi. Cada batalha acontece em uma arena auto-contida, com uma equipe de até 10 guerreiros e com a ação se desenrolando em turnos. Mas ao contrário de "Tactics", comandos podem ser executados à qualquer momento do turno do jogador. A diferença não seria tão grande imediatamente, mas dois dos elementos mais estranhos de "Disgaea" fazem disso uma ferramenta excelente: arremessos e ataques conjuntos.

Os três espaços adjacentes ao personagem atacante podem ser ocupados por aliados, criando a chance de ataques conjuntos. A afinidade entre os guerreiros influi nessa probabilidade. A diferença é que os personagens secundários não gastam sua ação nesse ataque, permitindo a repetidos ataques por turno. Formação passa a ser um elemento extremamente importante da estratégia.

Além disso, qualquer personagem humanóide tem o poder de carregar e arremessar outros personagens - sejam eles amigos ou inimigos. As possibilidades criadas por isso são enormes: aliados podem ser defendidos, inimigos podem ser excluídos do cenário, o alcance das unidades aumenta... e experimentar também revelará outras surpresas. Tente arremessar um inimigo contra o outro e veja você mesmo.

Milhares de níveis

"Disgaea" é o típico game para jogadores que gostam de passar horas ganhando níveis e aumentando o poder dos personagens. Além de permitir que qualquer fase seja jogada quantas vezes quiser, o nível dos personagens pode cair nos quatro dígitos. A dificuldade do game ancora essa opção, desafiando o jogador com muitas batalhas duras.

Se tudo isso não bastasse, a aventura traz algumas surpresas bastante originais: TODOS os itens do jogo, inclusive os consumíveis, podem receber upgrades através do sistema "Item World". Cada item traz, literalmente, um mundo dentro de si. Jogadores podem explorar esses mundos não apenas para melhorar as habilidades do objeto, mas também para liberar residentes que oferecem novos poderes. Uma vez liberados, esses residentes podem até ser migrados para novos itens.

Outro aspecto interessante é a Assembléia Negra. Apesar de ser filho do rei, o pobre Laharl está sujeito às decisões de um conselho de demônios nada agradáveis. Adquirir certos itens, pedir mais recursos e outras funções são processos que exigem a aprovação dessa assembléia. Laharl pode não apenas suborná-los com itens ganhos durante as missões, mas até sair no braço para garantir seu desejo. São esses pequenos detalhes que tornam a gigantesca experiência de "Disgaea" tão interessante.

O jogo literalmente se abre como uma cebola, continuamente revelando novas classes, níveis, missões opcionais... enfim, um game cheio de surpresas.

Será que está na embalagem errada?

Fãs de "Final Fantasy" podem ficar um pouco surpresos com a apresentação geral do game. "Disgaea" poderia facilmente ter sido lançado para PSOne com seus gráficos 3D simples e abuso nas ilustrações 2D. A trilha sonora é igualmente simples, mas mescla-se com os acontecimentos de maneira competente.

Mas talvez a maior surpresa fique mesmo pela maluquice geral da trama. Logo nos primeiros capítulos um anjo é enviado do céu para assassinar o pai de Laharl. A jovem garota de asas acaba tendo um hilário discurso de desculpas para Laharl - não espere a mesma dramaticidade ou seriedade de "Final Fantasy" ou as ponderações filosóficas de "Kingdom Hearts".

Simplicidade é o nome do jogo

CONSIDERAÇÕES

Mesmo assim, "Disgaea" é uma das mais refrescantes opções para donos de PlayStation 2 que buscam um jogo profundo, cheio de nuances, mas sem se afogar em elementos desnecessários - mas, acima de tudo, sem grandes pretensões. Mas se você prefere algo com muita ação e pouco planejamento, porém, é melhor esperar por algo mais tradicional.

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    GALERIA

    Disgaea: Hour of Darkness (Playstation 2)

    4 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Nippon Ichi Soft.
    Lançamento: 27/08/2003
    Distribuidora: Atlus
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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