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PlayStation 2

Fantastic 4

07/07/2005

da Redação
Depois de inúmeros super-heróis retratados no cinema - exemplos recentes incluem Batman, Homem-Aranha e os X-Men - é a vez do Quarteto Fantástico chegar à telona devidamente acompanhado da versão interativa para videogames e PC.

Similar a "X-Men: Legends", o jogo é um título de ação com foco nos combates, utilizando os poderes cósmicos e combos de cada um dos heróis em fases lineares, ainda que com uma pontinha de exploração.

Na trilha dos super-heróis

O quadrinho nasceu em 1961, com desenhos de Jack Kirby e roteiro de Stan Lee, como uma resposta da empresa que viria ser a Marvel à série "Liga da Justiça", da rival DC Comics. Mas, evitando concorrer diretamente com a turma do Super-Homem, a dupla decidiu criar heróis sem identidades secretas e com uniformes padronizados.

Assim como Hulk e Homem-Aranha, os superpoderes do quarteto são resultados de alterações em seus DNAs, no caso, engatilhados por raios cósmicos. Assim, Senhor Fantástico ganhou o poder de se esticar como borracha; Mulher Invisível passou a manipular campos de força e desaparecer; Homem-Tocha é capaz de controlar o fogo; e Coisa possui superforça e pele de pedra.

Infelizmente, no jogo, as habilidades de cada um deles praticamente se limitam às animações, desprezando as inúmeras possibilidades de usá-las de forma interessante. Apesar dos golpes e poderes serem diferentes para cada personagem, quase todos eles funcionam de maneira similar.

Dependendo da fase, o jogador terá a disposição de um a quatro personagens. Se houver mais de um herói disponível, é possível, usando os direcionais digitais (ou teclas dedicadas no PC), trocar de combatente no ato. Isso é necessário para acionar alguns eventos, em forma de minigames, particulares a cada um dos heróis. Para acioná-los basta levar o Fantástico apropriado para a localidade dos ícones indicados na tela.

A produtora 7 Studios tentou dar alguma variedade para os heróis. A Mulher Invisível é a única que pode acionar campos de força e o Coisa pode agarrar objetos grandes, como carros, mas, mesmo assim, há a impressão que as características do Quarteto foram sub-aproveitados.

Existe um modo cooperativo para dois jogadores, mas nem a essência do jogo nem a diversão mudam muito. Definitivamente, passar o controle da câmera para os dois usuários ao mesmo tempo não é uma boa idéia.

Os minigames incluem quebra-cabeças simples e comandos variados, como apertar rapidamente um botão ou girar o direcional. Além de trocar o personagem, o jogador tem a opção de pedir ajuda para seus companheiros. Por exemplo, Sue Storm, a Mulher Invisível, pode proteger os companheiros com um campo de força.

Enfrente o destino

Ao todo são dez estágios, cada um deles divididos em algumas subfases, que cobrem não somente passagens do filme, mas também de alguns episódios dos quadrinhos. E em cada uma dessas seções são atribuídas missões primordiais e de bônus, como destruir um certo número de inimigos ou objetos, não perder vida ou completar a missão dentro de um determinado tempo. Se obtiver sucesso, o jogador ganhará mais prêmios que o de costume. Naturalmente, o jogo acaba em caso de falha nas missões primárias. Cada uma das subfases também esconde um ícone secreto, que aciona diversos extras, como arenas para o modo competitivo, além de entrevistas, artes e vídeos.

Os heróis possuem três poderes cósmicos, que gastam energia auxiliar, em azul, e seis combos diferentes, acionados com uma seqüência determinada de botões. Algumas fases exigem esses combos como parte das missões bônus. Todas essas habilidades podem ser melhoradas em três níveis, usando os pontos obtidos, comum aos quatro membros do grupo.

O desafio do jogo é abaixo do esperado. Mesmo na dificuldade padrão os inimigos não oferecem muita resistência. Os heróis podem, praticamente, usar à vontade os poderes cósmicos, já que os oponentes, ao serem derrotados, liberam energia vital e cósmica com bastante abundância. Os combates são intercalados com cenas não-interativas e alguns minigames.

Já os chefes não são tão simples, exigindo inteligência e troca de personagens para poder nocauteá-los. Depois de perder alguma energia, o jogador é convidado a fazer um golpe de misericórdia, bastando apenas agarrar e pressionar os botões no momento exato mostrado no gráfico. Não é muito intuitivo, mas depois um tempo é possível pegar o jeito.

Duro como rocha

Os controles funcionam bem na maioria das vezes, mas o botão de agarrar falha mais que o desejável. A simplicidade do jogo se reflete nos comandos, atribuindo golpes fracos, fortes, saltos e agarrões nos quatro botões principais. Esses mesmos botões viram poderes cósmicos e invencibilidade se combinados com o gatilho direito, enquanto o esquerdo faz com que trave a mira em um determinado inimigo. O botão de bloqueio fica num local incômodo para os usuários de Xbox, mas, felizmente, o comando não é muito utilizado.

A detecção de colisão também não é dos melhores, e muitas vezes, o seu personagem e inimigos podem fundir com as paredes. Alguns erros de programação são bastante irritantes, como o congelamento de oponentes, que ainda por cima ficam invencíveis, não permitindo completar o modo de treino.

Os gráficos seguem a qualidade padrão dos jogos atuais, com construção de fases simples e texturas satisfatórias. Os cenários são populados com uma quantidade razoável de objetos destrutíveis. O visual não se destaca em nenhum quesito, com exceção dos poderes cósmicos, mas também não há falhas grotescas. "Fantastic 4" roda com uma taxa de quadros bastante alta na maioria das vezes, mas fica devagar em muitas situações, principalmente quando a tela enche de inimigos.

A modelagem dos personagens também é simples, sem muitos detalhes, apenas o suficiente para identificar cada personagem. Os oponentes seguem o mesmo padrão de qualidade, mas alguns chefes são dignos de nota. As animações são fracas, com movimentações duras. A qualidade sonora é apenas mediana, com trilhas musicais, dublagens e efeitos sonoros sem inspiração.

Quarteto mediano

CONSIDERAÇÕES

"Fantastic 4" é um jogo competente, que oferece a chance de destruir tudo e a todos com os fantásticos poderes do quarteto. Mas, na maioria das vezes, o jogador estará simplesmente apertando botões a esmo, procurando o inimigo mais próximo para socar, intercalando com pequenos filmes e minigames. O título não traz nenhuma inovação e aproveita mal as características de Sr. Fantástico, Mulher Invisível, Homem-Tocha e Coisa, que são vistas apenas em algumas situações, em que o usuário mais assiste que joga. No final das contas, é um daqueles produtos feitos para uma diversão rápida e sem compromisso, assim como o filme em cartaz.

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    GALERIA

    Fantastic 4 (Playstation 2)

    20 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Seven Studios
    Lançamento: 27/06/2005
    Distribuidora: Activision
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PC GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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