TimeSplitters: Future Perfect

da Redação

Criado por muitas das mesmas mentes que conceberam o clássico "Goldeneye" para Nintendo 64, a série "TimeSplitters" se especializou na opção multiplayer. Apesar da campanha para um jogador sempre estar presente e ganhar mais forma a cada episódio, "Future Perfect" brilha com mais força quando disputado entre amigos.

Clone de Riddick?

O viajante temporal Cortez está de volta, e em posse dos cristais temporais ele precisa mais uma vez explorar diferentes épocas para descobrir de onde vieram os perigosos monstros que ameaçam a humanidade. A trama é repleta de surpresas, mas o destaque fica por conta de rasgos no espaço-tempo que fazem o protagonista interagir com versões futuras de si mesmo: você literalmente terá de se ajudar diversas vezes até terminar a história.

A campanha é criativa, divertida e bem-humorada, se aproveitando de muitas lições que os produtores da Free Radical aprenderam com seu último título, "Second Sight", apesar da idéia dos buracos não ser tão bem aproveitada e insistir no óbvio neste game. O que realmente decepcionará os fãs de "Goldeneye" é a brevidade e extrema facilidade para terminar a campanha inteira. Jogadores treinados cruzarão por todas as fases na dificuldade média em menos de oito horas, morrendo apenas algumas vezes.

Diversão grupal

Mas essa parte do jogo poderia ser facilmente vista como um extra quando se leva em conta o resto. Além de uma série de desafios para um jogador, o game conta com um extensivo curral de modalidades multiplayer: são diversos mapas, mais de uma centena de personagens malucos e variedades malucas de competição. Isso sem contar o editor de mapas, que aumenta o potencial ao infinito.

Pela primeira vez na história da série, jogadores poderão enfrentar seus colegas através da Internet (menos no GameCube). Levando em conta a capacidade de baixar mapas de terceiros e as hilariantes modalidades e personagens, a fórmula clássica de "Goldeneye" está mais viva do que nunca. A inclusão de uma coleção respeitável de armas - incluindo o rifle com raio-X de "Perfect Dark" - faz desse o jogo perfeito para tiroteios descontraídos.

"Future Perfect" oferece as mesmas opções avançadas para bots (personagens controlados pelo computador) dos outros games da equipe, mas eles jamais substituirão pessoas de verdade. Pequenas inconsistências táticas e a falta de alguém para "tirar um sarro" tiram boa parte da graça - eles quebram um galho, mas você vai preferir jogar com ou contra pessoas de verdade.

Máquina do tempo ajudaria

O game não deixa de mostrar alguns sinais de ter sido apressado para o lançamento, em especial a versão para GameCube, que mesmo sem online fica devendo algumas opções e traz os piores gráficos. As animações das três versões são bem suaves, mas engasgam pesadamente em cenas com grandes explosões (que normalmente não atrapalham a jogabilidade, mas deixam a impressão de um produto mal acabado).