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PlayStation 2

We Love Katamari

10/10/2005

da Redação
"Katamari Damacy" foi um dos games mais originais do ano passado e sua inovação foi reconhecida pela Academia de Ciências e Artes Interativas, que premiou o título nas categorias de design de jogo e inovação. O jogo de autoria de Keita Takahashi teve um início morno, mas as vendas começaram subir na base da propaganda boca-a-boca e, no final das contas, o desempenho foi melhor que o esperado.

Agora, a continuação vem com mais fases e um enredo mais definido, que conta a impagável história do Rei de Todo o Cosmo, pai do protagonista do game. O estilo artístico, tanto do visual quanto da trilha musical, continua cheio de personalidade, tornando o game agradável somente por suas idéias amalucadas.

De grão em grão...

As regras não mudaram e são muito simples: o jogador, no controle do Príncipe, um minúsculo ser verde de alguns centímetros, deverá fazer rolar uma esfera chamada katamari e grudar diversos objetos nela, para de torná-la cada vez maior. No começo, apenas os itens menores podem ser grudados, mas à medida que a bola cresce, coisas maiores podem se juntar ao bolo.

Em suma, é como fazer uma bola de neve. O comando do Príncipe, ou de seus inúmeros primos, é similar ao de um game de tanque: colocando os dois direcionais para frente, ele anda e rola a katamari para frente. Se puser um direcional para cima e outro para baixo, ele girará em torno da esfera. No papel, parece um pouco complicado, mas os comandos são bastante intuitivos.

Em "We Love Katamari", o protagonista ajuda as pessoas, cada uma com seus diversos problemas. E isso será a base dos objetivos das fases. Em uma delas, por exemplo, uma senhora deseja flores para plantar em seu vaso. O jogador, então, é levado para um grande jardim, onde tentará coletar o maior número de vegetais (e o que estiver pelo caminho) possível.

Em outro, um lutador de sumô deseja comer bastante para ficar grande e forte. O Príncipe o ajudará fazendo grudar grandes quantidades de comida. Assim, as missões possuem variações, mas, no fundo, a maioria se resume a juntar o maior número de objetos no menor tempo possível. Mas existem também regras bastante diferentes, como estágios que mais parecem um jogo de corrida, ou fases em que não é permitido ficar parado.

As missões variam muito em tamanho. Há desde aquelas que se resolvem em minutos e outras que demandam quase uma eternidade, como a fase de coletar um milhão de rosas - isso mesmo: um milhão. Trata-se de uma verdadeira maratona para conseguir juntar todas as flores (são mais de cem horas).

... se chega ao milhão

As regras podem parecer banais, mas essa aparente simplicidade esconde um sistema bastante profundo. Como em diversos jogos de quebra-cabeças, esse é um título em que os resultados ficam cada vez melhores a cada jogada, pois é necessário saber onde estão os objetos que podem ser grudados em cada uma das etapas da bolinha.

E os objetos mais absurdos podem grudar na katamari, desde palitos de fósforos até as cataratas do Niágara, passando por animais, plantas e tudo que possa imaginar. No total, são quase três mil objetos. Além deles, os mais de 40 primos do Príncipe também aparecem nos estágios. Naturalmente, eles também podem ser pegos com a bolinha e, caso tenha sucesso na missão, ficarão disponíveis para o jogador, que pode trocar de personagem na tela de mapa.

O modo de multijogador tem as mesmas deficiências da edição anterior. Nessa modalidade, tudo é muito conservador. Agora, foi incluída uma opção para jogar cooperativamente, em que dois jogadores empurram a mesma katamari. Naturalmente, a comunicação entre os usuários será mais que importante.

Vida à arte pop

Um dos fatores de sucesso de "Katamari Damacy" foi seu estilo artístico. Trata-se de um quesito muito subjetivo e pessoal, mas não há como negar que o visual e as músicas da série, com influências de arte contemporânea, são diferentes de tudo o que já se viu em videogames. É praticamente impossível ficar indiferente ao design de personagens como o Príncipe e o Rei de Todo o Cosmo.

Os ambientes são os mais variados possíveis, sempre com cores vibrantes. Muitos dos cenários inspiram tranqüilidade, como um grande jardim ou o fundo do mar. Como dito, é um título agradável até mesmo para apenas assistir a outros jogarem. O game surpreende inclusive nos pequenos detalhes, conhecidos de quem já jogou o antecessor, como a tela de escolher o jogo salvo, nos carregamentos de dados e até nos créditos.

O aspecto que mais chamou a atenção do antecessor foi a trilha musical, assinada por músicos de renome no Japão e trabalhados exclusivamente para o game. O sucessor herda essas características, mas as composições não estão tão boas quanto o título anterior. Elas estão menos "grudentas" e tem um pouco mais experimentalismo, mas não deixa de ser uma coleção de músicas vibrantes. Muita gente sairá cantarolando as amalucadas melodias do game.

O volume da alma

"We Love Katamari" oferece basicamente o mesmo que o antecessor "Katamari Damacy", porém com um melhor valor de produção, com cenas não-interativas impagáveis e um roteiro de fase muito inspirado. Por outro lado, se os gráficos mantiveram o nível, as músicas ficaram menos empolgantes, mas ainda mantêm a vibração. Haverá pessoas que ficarão com má impressão das artes ou do funcionamento do game, mas vale a pena tentar perceber a grandiosidade que se esconde nas coisas simples.

CONSIDERAÇÕES

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    We Love Katamari (Playstation 2)

    61 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 20/09/2005
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    RecomendadoAvaliação:
    Recomendado

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