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PlayStation 2

NARC

13/04/2005

da Redação
"NARC" começou a combater o crime em 1988 como um jogo de tiro para arcade bastante peculiar. Com o estardalhaço de "Grand Theft Auto", a Midway se aproveitou da moda para chamar atenção da mídia. E deu certo.

A polêmica possibilidade de o personagem poder usar drogas ganhou destaque em diversas publicações de interesse geral. E o nível de agressão, visual e verbal, também não agradou aos mais conservadores, que ganharam uma bala para criticar a violência nos videogames. Por baixo disso se encontra um game mediano, mas competente.

Deixando de lado a polêmica, "NARC" oferece diversão econômica, em diversos sentidos. Para começar, seu preço sugerido nos EUA é de 20 dólares, bem abaixo dos costumeiros 50. Em compensação, não espere por uma superprodução nem um extenso modo de história, apenas uma qualidade aceitável que vale o investimento.

Usar ou não usar? Não há questão!

O enredo aborda a fórmula da "dupla de tiras pouco ortodoxos", que combatem o tráfico de drogas. Agora, uma nova ameaça toma as ruas: uma droga chamada Liquid Soul e seus distribuidores, o cartel KRAK. Simples e cartunesco.

Em "NARC", o enredo determina qual policial o jogador controla no momento. A meta é patrulhar a cidade procurando manter, ou não, a ordem das ruas. O usuário possui algumas liberdades de escolha: se quiser, pode agredir e prender qualquer pessoa e ficar com seus pertences. Dos traficantes, devidamente indicados, é possível se apoderar das substâncias ilícitas.

A polêmica reside no destino a dar para as "evidências": o policial pode simplesmente enviar para a delegacia ou manter posse ilegal desses produtos, podendo vendê-los ou até mesmo usá-los. Cada substância tem diversos efeitos, e quase todos servem para conferir vantagens nos combates. Uns deixam a tela lenta, outros permitem melhorar a sua pontaria, e assim vai.

Obviamente todas as suas ações influenciam a sua reputação, mas, no final das contas, o sistema é quase inútil. É verdade que o jogador pode ser expulso da corporação se sua graduação cair demais, mas como há uma enorme facilidade em recuperar o status, o sistema acaba servindo de enfeite.

Lei do genérico

Os diversos tipos de crimes incluem agressão, roubo, prostituição e obviamente, tráfico de drogas. Os crimes servem para capturar alguns itens e mudar a reputação dos agentes da lei. O jogador também pode encontrar alguns itens escondidos, que, ao serem coletados em sua totalidade, liberam bônus como a versão original de arcade "NARC".

Para avançar pelo enredo é necessário chegar em pontos estratégicos devidamente sinalizados e aceitar a missão. Nesses pontos também há a opção de rotas alternativas, que nada tem a ver com o andamento do roteiro. Resumindo, uma cópia nada discreta da série "Grand Theft Auto", mas retirando a maioria dos detalhes que fazem a fama do clássico da Rockstar. A execução das missões é bem amigável: uma comunicação via rádio diz o que o policial deve fazer e marcas visuais indicam a localidade a ser seguida.

Há uma certa variação nas missões, que envolvem muito trabalho de investigação: seguir suspeitos, fotografar reunião de gangues e fazer escutas à longa distância. Na hora do combate franco, o policial tem a opção de usar ataques corpo-a-corpo, além de arremessos e socos na posição montada ao oponente, no melhor estilo dos campeonatos de artes marciais mistas, vulgo vale-tudo. Ainda contam com diversas armas de fogo, desde pistolas até lançadores de granadas.

Tudo em "NARC" soa meio genérico e reciclado, incluindo o visual geral do game, as cenas não-interativas e a trilha sonora. Quase sempre se tem a impressão de ter visto a cena em algum outro filme ou jogo. Apesar disso, a trilha sonora e as dublagens são competentes, do tipo que sempre funcionam nesse subgênero de game. Os mapas podem ser considerados pequenos se comparado com "Grand Theft Auto: San Andreas" ou até mesmo "Driv3r", mas pelo menos estão bem povoados, ainda que com personagens sem grandes expressões.

Muita fumaça, pouco fogo

"NARC" partiu de um factóide bem polêmico para conquistar novos e velhos fãs. Mesmo que simplório, ele oferece uma mecânica de jogo que funciona. O sistema de reputação deixa a desejar, mas o restante da obra pode agradar aos fãs do subgênero dominado pela série "Grand Theft Auto".

CONSIDERAÇÕES

Há assuntos controversos no game, como as drogas e a violência, mas nada que já não tenha sido explorada em outros títulos desta geração. No final, "NARC" tem a competência de justificar os 20 dólares de investimento.

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    NARC (Playstation 2)

    31 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: VIS Entertainment
    Lançamento: 22/03/2005
    Distribuidora: Midway
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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