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PlayStation 2

Pac-Man World 3

29/12/2005

da Redação
Pac-Man, o mascote amarelo e redondo da Namco fez 25 anos e tem muita história para contar. Ele foi o primeiro personagem de videogame de sucesso, se tornou ícone pop em sua época e ainda hoje é um dos mais representativos símbolos da indústria. Quem diria que um personagem inspirado numa pizza faltando uma fatia chegaria tão longe.

"Pac-Man World 3" chega para comemorar o aniversário do mascote e traz uma vasta seleção de memórias, como um entrevista com o criador do game original, Toru Iwatani, uma linha do tempo com a história da série e, obviamente, uma reedição do videogame clássico de 1980. A aventura principal em si, segue o estilo sedimentado no game antecessor, de 2002.

A volta do herói glutão

Como a maioria dos jogos de mascote, "Pac-Man World 3" é um título de ação com plataformas, com elementos mais que tradicionais. Isto é, o jogador comandará o herói amarelo por amplos ambientes cheios de acidentes geográficos, armadilhas e uma porção de inimigos, ao mesmo tempo em que tenta coletar vários itens e resolve quebra-cabeças.

Enfim, é um estilo de jogo bem manjado e fartamente explorado, resgatando elementos que "Super Mario 64", obra-prima do Nintendo 64, já fez há quase dez anos e melhor. Não que "Pac-Man World 3" seja um jogo ruim; ele simplesmente não sai de sua zona segura e desfila somente o que já deu certo no gênero. Quer dizer, se não estiver preocupado com originalidade, o título confere boas horas de diversão, com quebra-cabeças bem pensados e batalhas animadas.

Neste game, o herói estava prestes comemorar seu aniversário quando foi enviado para um universo subterrâneo. Lá, fica sabendo que um cientista do mal está sugando a energia do mundo dos espectros e, naturalmente, caberá ao Pac-Man salvar o dia novamente. Seus inimigos de outrora, como Orson e Clyde, agora são aliados e promoverão algumas das cenas mais engraçadas do game.

O repertório de movimentos é típico de um jogo de plataforma. Mais ou menos como uma mistura de Sonic e Mario, Pac-Man tem a capacidade, por exemplo, de pular e bater contra o solo, esmagando quem estiver no caminho. Isso pode ser feito por três vezes seguidas, e o último ataque faz com que uma onda de choque afaste todos que estiverem ao redor.

Além disso, também poderá dar socos, ainda que o alcance dos golpes não seja lá muito amplo. Esse ataque é importante contra alguns oponentes que possuem espinhos nas costas, por exemplo, e impedem que sejam atacados de outra forma. Por fim, Pac-Man também pode acumular força e sair em disparada como um foguete, para pular grandes vãos, atropelar quem estiver na frente e subir rampas com inclinação aguda. Ele pode também ficar agarrado em vãos e usar certas paredes para pular ainda mais alto.

Há movimentos que só podem ser feitos caso pegue itens específicos, que permite, por exemplo, lançar eletricidade pelas mãos ou criar um rastro de energia que, quando fechado em um círculo, causa danos em quem estiver em seu interior.

Comendo a andando

O jogo possui três elementos essenciais: exploração, resolução de quebra-cabeças e combates, às vezes tudo ao mesmo tempo. O andamento do jogo é basicamente linear, com algumas passagens extras para pegar itens. Os ambientes são geralmente amplos e escondem um grande número de objetos, desde as pílulas mais simples até os troféus e cards escondidos.

Geralmente, para avançar de fase, precisará resolver algum quebra-cabeça, como acionar uma série de dispositivos, ou coletar um objeto em particular. Os inimigos aparecem com certa freqüência, geralmente em grupos, espalhados em grandes ambientes.

Mas, em determinadas áreas, é obrigatória a extinção completa dos inimigos, depois de devorar todas as pílulas do local, o que remete ao clássico de 1980. No caso, os ambientes são mais abertos e menos labirínticos. Aqui, os inimigos só podem ser derrotados da forma tradicional: pegar a pílula de energia, maiores que o normal, e tentar comer os fantasmas. Felizmente, nesse caso, ao menos uma dessas "power pellets" sempre é ressuscitada depois de um tempo.

Há missões em que o mascote é levado para uma recriação 3D do clássico, mas não espere encontrar os pulos de um "Pac-Mania", por exemplo. O formato do labirinto varia para cada fase. O objetivo é apenas devorar todas as pílulas do ambiente. O ícone que leva para esse modo é a famosa nave de "Galaxian", um jogo ainda mais antigo que "Pac-Man".

Liberdade para Pac-Man

O visual do game é apenas mediano, com cenários e personagens simples, até menos polido que o antecessor. Jogos de plataformas geralmente contam gráficos estilizados e isso requer um trabalho de imaginação artística maior, mas "Pac-Man World 3" não está muito inspirado. Nesse quesito, "Psychonauts" é um padrão a ser perseguido. Apesar disso, o projeto das fases é bem interessante, com espaços amplos e bastantes localidades para explorar.

Porém, o que mais incomoda no game é a inconstância na taxa de quadros, visto que não há motivo aparente para isso. O problema é mais visto nas versões para PlayStation 2 e GameCube. Não chega a ser catastrófico, mas não é possível ser ignorado. Já os erros de programação são mais sérios, podendo colocar o personagem em situações sem saída e o único jeito é recomeçar a partida.

Outro problema está na câmera, o que é comum em vários outros jogos, é verdade. Em geral, nos planos abertos, funciona bem, acompanhando o personagem com uma boa distância, mas em alguns momentos, como na hora de usar a técnica de impulsão, quando o game não permite controlar a câmera na vertical, isso pode atrapalhar.

Na parte sonora, destacam-se as dublagens, que reforçam a característica de cada um dos personagens. Em geral, o tom das cenas não-interativas é de comédia, e proporcionam algumas risadas com as situações ou pelas piadas. Os efeitos sonoros e trilha musical são apenas razoáveis.

Um pé no passado

CONSIDERAÇÕES

Infelizmente, "Pac-Man World 3" não teve o mesmo êxito de seu antecessor, que era bem mais satisfatório. Se você é fã de jogos de plataforma tradicional e não liga para inovações, suas chances de gostar do game até aumentam. Mas diante de títulos que estabeleceram novos patamares no gênero, fica evidente que o jogo da Blitz Games parou no tempo. Bem que Pac-Man merecia um aniversário de 25 anos um pouco mais caprichado.

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    Pac-Man World 3 (Playstation 2)

    16 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Namco
    Lançamento: 15/11/2005
    Distribuidora: Namco
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: DS PC PSP GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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