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PlayStation 2

Pac-Man World Rally

28/08/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Quando o personagem Mario entrou para o mundo das corridas com "Mario Kart" talvez não soubesse que estaria iniciando não apenas mais uma carreira paralela de sucesso, mas uma fórmula que seria imitada por um sem-número de seguidores. De fato, é de praxe personagens concebidos como mascotes virarem um jogo de corrida, como aconteceu com Crash Bandicoot e Mega Man, para citar alguns, mas nenhum deles, nem de longe, chegou a avistar o kart do personagem máximo da Nintendo, ficando a comer poeira.

Agora, a Bandai-Namco entra no filão, mas o destino é o mesmo. Talvez o mérito de "Pac-Man World Rally", produzido pela Smart Bomb Interactive, tenha sido seguir fielmente a fórmula, ou, para usar um termo menos abonador, copiado descaradamente "Mario Kart". O resultado é algo que diverte por tempo, mas mostra que a diferença entre um clássico e um imitador está naquilo que os olhos não vêem, elementos intangíveis que se costuma simplificar como magia.

Pac-Man não usa capacete

"Pac-Man World Rally" é um jogo que segue o arquétipo da "corrida maluca", um verdadeiro vale-tudo sobre quatro rodas (ou três, ou dois, depende do personagem). Dotado de pistas que mais parecem uma montanha-russa, os corredores terão a disposição uma série de itens e outros recursos para tentarem chegar em primeiro lugar.

A estrutura do jogo é bastante simples, como se pode perceber pelos menus. As músicas são remixagens das composições para o game original e tem até aqueles mini-teatros, que enfeitam a tela de carregamento. Depois de escolher o número de jogadores - até dois, sem modo online - é só optar por um dos quatro modos de jogo: Circuit Mode, Quick Race, Time Trial e Battle.

A opção principal é mesmo o Circuit, que funciona como um grande prêmio, ou seja, é dividido por etapas e quem fizer mais pontos ao final de todas vence o campeonato. São dois "Cups" distintos - Cherry e Grape -, com quatro corridas cada um. Definida a competição, é hora de escolher seu personagem, cujo rol de opções, é claro, vem da série "Pac-Man".

Estão lá o próprio, além da sra. Pac-Man e de júnior, além dos quatro fantasminhas - Blinky, Inky, Pinky e Clyde - e de vilões como Pac-Evil. Ao cumprir determinadas condições, novos personagens são liberados, como o Príncipe do game "Katamari Damacy". Há mais corredores para liberar também.

Naturalmente, cada piloto tem características próprias de aceleração, velocidade máxima e controlabilidade diferente. Mas isso não chega a influir muito durante o game, então é mais uma questão de escolher o personagem com o qual mais se identifica. Cada uma das pistas tem pistas temáticas, típicas do game do gênero: tem a floresta, o vulcão em erupção, a casa com assombração etc.

Derrapar para turbinar

Se você já jogou "Mario Kart" pós-Nintendo 64, tirará os controles de letra. Na verdade, comandar os veículos não é tão difícil e mesmo os novatos conseguirão se manter na pista. Mas para vencer os computadores nos níveis mais altos ou adversários de bom nível de habilidade é preciso dominar algumas técnicas mais avançadas.

Um delas é uma espécie de cavalo-de-pau e funciona igualzinho ao jogo acima mencionado. Basta pressionar o botão de ombro direito (na configuração original) e controlar o deslize. Quando mais tempo colocar o direcional para a direita e esquerda, alternadamente, acumula-se potência (a "faísca" dos pneus muda de cor) e, ao soltar o botão, será realizado um mini-turbo. Como efeito secundário, desta vez uma invenção do próprio game, faz acumular uma barra especial que, quando cheia, cria o estoque de um item que faz seu carro ficar invencível. Você pode acumular mais de um desse objeto.

Nas pistas, há um monte de caixas espalhadas, e passando sobre elas, você ganha itens. Dependendo da cor da caixa, você pode ter até três objetos, mas também há contêineres vermelhos, que são armadilhas. A gama de objetos inclui armas e outros itens de ajuda, como velocidade temporária. Como de praxe, os itens tendem a ser melhores para quem está em posições menos favorecidas. Tem até uma bomba que persegue quem está na primeira posição como já deve ter visto em... você sabe em qual jogo.

Carros em montanhas-russas

As pistas têm projetos malucos, como rampas e esteiras que fazem seu carro correr muito mais rápido. Às vezes, é preciso atravessar até mesmo um desfiladeiro. Nesse quesito, "Pac-Man World Rally" se dá bem, pois traz circuitos com bastante variedade, além de algum arrojo e alternativas de rotas. Além disso, há diversos tipos de armadilhas, como bolas de fogo de caem do céu na fase do vulcão e um monstro com tacape na fase do castelo mal-assombrado.

Mas nem tudo é imitação. O game aproveita algumas das características mais marcantes da série. O jogador pode pegar um item que espalha "pellets", aquelas pílulas amarelas típicas da franquia. Ao recolher essas bolinhas, enche-se um outro medidor, que, quando totalmente preenchido, transforma seu carro num Pac-Man e os outros corredores em fantasmas azuis. Agora, basta tentar devorar todos os outros corredores. Mas o jogador deverá tomar cuidado, pois os inimigos também podem usar desse recurso. Outra coisa interessante são portões que são abertos ou localidades apenas acessíveis quando você estiver em posse de uma fruta. Isso faz com que o seu corredor corte caminho ou tenha acesso a itens melhores.

Tiro em primeira pessoa a quatro rodas

Além do modo de circuito, há também o Quick Race, que é uma corrida individual entre as oito disponíveis, e a Time Trial, que consiste em tentar fazer o melhor tempo possível. Já a Battle é um pouco diferente e consiste, basicamente, em eliminar os adversários numa arena. Essa é uma modalidade mais apropriada para um multiplayer, mas o game apenas aceita dois jogadores, que limita o poder de diversão.

São cinco regras distintas, como a Deathmatch, em que vence quem matar primeiro uma determinada quantidade de vezes, ou a Binge, cujo objetivo é coletar a maior quantidade de frutas possíveis. As pistas aqui são modificadas para parecerem uma arena, e há armas mais clássicas aqui. Com exceção da invencibilidade através do turbo, todas as funções valem aqui, como a transformação em Pac-Man. Aqui, o game vira um estranho híbrido de jogo de corrida com tiro em primeira pessoa, já que com a derrapagem é possível atirar enquanto anda de lado.

O visual do game é razoável, com estilo cartunesco, que combina bem com o clima de Pac-Man. Apenas os carros parecem simples demais, principalmente os que não são do jogador, com uma simulação de física meio capenga. Mas há boa quantidade de objetos no cenário, e isso deixa tudo mais animado. O som usa basicamente as mesmas melodias do jogo original, só que com uma roupagem mais moderna.

Categoria 50 cilindradas

"Pac-Man World Rally" imita um grande clássico e, com isso, consegue tirar vantagem de uma fórmula de sucesso e divertir, ainda que por um tempo limitado. Além de não ter a mesma magia, o número de pistas é muito pequeno, e em pouco tempo todas as possibilidades já são exploradas. O modo de batalha também agrada por alguns instantes, mas falha em criar uma química mais envolvente de disputa. O preço pode ser modesto, mas mesmo assim, o conteúdo do produto parece ser menor ainda.

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    Pac-Man World Rally (Playstation 2)

    70 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Smart Bomb Int.
    Lançamento: 22/08/2006
    Distribuidora: Bandai-Namco
    Suporte: 1-2 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PC PSP GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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