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PlayStation 2

The Punisher

02/02/2005

da Redação
"The Punisher" é um jogo de tiroteio baseado no personagem da Marvel, o Justiceiro, e que ganhou uma longa-metragem recentemente. Frank Castle é um ex-fuzileiro naval que teve a mulher e filho mortos por marginais e agora busca vingança. Em termos de linguagem, o game busca mais inspiração nos quadrinhos, principalmente pela alta dose de violência, na mesma filosofia que norteou jogos como "Grand Theft Auto".

Bebendo em várias fontes

Nota-se claramente muitas referências em "The Punisher". A mais óbvia delas é "Max Payne", visto que a mecânica de jogo é quase idêntica. Ou seja, o seu personagem é visto em terceira pessoa e conta com um controle clássico de jogo de tiro em primeira pessoa, com os dois direcionais sendo combinados para comandar a movimentação e a visão de câmera.

O seu personagem pode carregar três tipos de armas por vez: uma grande, como shotguns e rifles de assalto, e outra pequena: pistola, revólveres e submetralhadoras. As granadas formam uma terceira categoria. As armas de fogo, com exceção do lança-chamas, podem ser usadas em pares, nas duas mãos, mas devem ser do mesmo modelo de armamento, ou seja, iguais. Assim, o jogador pode atirar independentemente as duas armas com botões de tiro primário e secundário.

Além disso, há uma visão para tiro de precisão, visto de cima dos ombros do Justiceiro, que, em troca de certa liberdade de movimentação, permite uma mira mais precisa. Como regra, isso é especialmente útil para atirar na cabeça dos inimigos e acabar com eles com menos tiros, apesar de que munição não chega a faltar nesse game.

Mas o vingador possui outros truques na manga. Apesar de pouco usado, ele pode andar silenciosamente e pegar os inimigos de surpresa. Ele também possui uma ação de se jogar para qualquer lado e atirar ao mesmo tempo, como em "Max Payne" ou em "Dead to Rights". Esse movimento de escape e ataque pode ser feito a qualquer hora, mas como não ocorre uma câmera lenta 'bullet time' é preciso prática para acertar os inimigos desse jeito.

Por falar em 'bullet time', o Justiceiro conta com o Slaughter Mode, em que o seu personagem ganha energia aos poucos e sua arma é substituída por facas, além de ter um efeito visual bacana e deixar a ação um pouco mais lenta.

O personagem pode, ainda, punir os inimigos com uma morte instantânea, usando de técnicas letais de corpo-a-corpo, ou segurar os bandido e usá-los como escudos humanos, arremessá-los ou interrogá-los.

A arte de matar

Mas nem tudo tem cara de 'já vi isso em algum lugar' em "The Punisher". O game possui alguns diferenciais, que é o sistema de interrogação e a variedade métodos para executar um inimigo ou extrair informações mediante ameaça.

Quase todos os inimigos podem ser interrogados e isso confere um pouco de energia para o personagem. Alguns oponentes-chaves - eles possuem um ícone de caveira sobre eles - têm informações importantes ou dão acesso a novas armas e itens. Existem quatro tipos de torturas básicas, que podem ser feitos a quase toda hora.

Existem também locais especiais (que são marcados com uma luminosidade e uma caveira branca) para realizar a ação e nesses lugares acontecem torturas exclusivas, como ameaçar fritar o oponente dentro de um forno ou aproximando sua cabeça perto de uma serra elétrica. Nesses lugares é possível realizar um assassinato bastante violento, tanto que a produtora Volition foi obrigada a suavizar a cenas com efeitos em preto e branco. O único problema dessas mortes é que o jogador perde pontos e, então, tem que fazer uma escolha: ou fica com os pontos, importantes para conseguir medalhas e melhorar as armas e habilidades do personagem, ou vê a animação estilosa de morte.

Ao escolher a opção de interrogar, a tela exibe uma barra e o objetivo é manter, por três segundos, o medidor na área laranja. Cada tortura tem um controle diferente e o menu de ajuda explica sua operação.

Outro ponto interessante são os locais de assassinatos especiais, marcados com um brilho laranja e uma caveira da mesma cor. Aqui o jogador não precisa pensar duas vezes: é só levar o inimigo para esse lugar e executá-los. Novamente, cada um desses pontos oferecem uma animação exclusiva e, geralmente, bastante criativa de uma maneira mórbida.

Direto e reto

"The Punisher" é um jogo de ação pura e simples. A progressão do game é linear e não há objetivos complicados para realizar - a dificuldade do jogo não é alta. No geral, basta ter um inimigo como escudo humano que quase não há dificuldades em passar de fase. Se estiver sem energia, basta interrogar um ou outro, ou salvar alguns reféns, que sua energia se recupera. Ou, como último recurso, acionar o Slaughter Mode.

Para conseguir as medalhas a história já é outra. Nesse caso é preciso entender o sistema de pontuação do game, que vai sendo acumulanda (há um fator multiplicador também) até que o Justiceiro sofra algum dano. A medalha de ouro só está disponível no modo Hard.

Vale notar que a taxa de quadros é um tanto instável, dependendo da complexidade dos cenários e da quantidade de inimigos - isso é especialmente evidente na versão de PlayStation 2.

CONSIDERAÇÕES

No geral, "The Punisher" é um jogo com uma construção até que sólida, mas sofre o mal da monotonia, visto que a ação pouco varia, com exceção dos pontos especiais de tortura ou de assassinato. É muito pouco para compensar a repetição de inimigos e do processo para matá-los. Infelizmente, as referências a "Max Payne" e "Hitman" não foram suficientes para tornar "The Punisher" em um jogo com muitos atrativos.

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    The Punisher (Playstation 2)

    33 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Volition Inc.
    Lançamento: 01/2005
    Distribuidora: THQ
    Suporte: 1 jogador, cartão de memória
    Outras plataformas: PC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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