Rez

da Redação

É engraçado imaginar que Tetsuya Mizuguchi só fazia simuladores de corrida antes. O criador mergulhou no gênero musical com Space Channel 5... e agora apresenta uma nova concepção em Rez. O jogo é certamente ousado - mas certamente atingiu seus objetivos.

Conseguimos comprar nossa cópia de Rez usada - prova de que teve gente que não curtiu ou não 'entendeu' o jogo. Apesar de contar com um enredo que explica sua missão (você deve penetrar em uma rede), isso é totalmente irrelevante. Sua missão é abater inimigos no que poderia ser explicado como um clone de Panzer Dragoon. A sacada é que você cria sons ao travar o alvo e atingir diferentes números de inimigos.

Cada uma das quatro fases convencionais (e uma secreta) traz músicas diferentes. Sua energia/nível também influencia no som dos tiros. O resultado é um jogo que pode ser vencido no dia em que é comprado, mas não é esse o objetivo do game: sua missão é impôr seu ritmo e criar batidas. Cada jogador acaba com um resultado levemente diferente, dependendo de seu estilo de jogo.

Os gráficos são simples, mas refletem a música através de vibrações. Aliás, o controle é usado de maneira inteligente, uma vez que vibra em ritmo com a música.

Rez, como insiste seu criador, é uma experiência de sinestesia. Imagens e sons se misturam e se integram ao estilo do jogador, fazendo algo sem precedentes na história dos videogames. Ao invés de propôr um desafio, Rez convida o jogador para que, juntos, vocês componham algo que lembra uma rave européia.

Mas algumas pessoas ainda querem um bom e velho desafio. A quinta fase do jogo oferece isso, assim como muitas das opções a serem destravadas. Mas desafio não é a tônica de Rez, e se é isso que você procura, o jogo pode ser uma decepção.