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PlayStation 2

Sonic Riders

16/03/2006

AKIRA SUZUKI
Colaboração para o UOL
Já faz algum tempo que as produtoras fazem com que seus mascotes se aventurem em outros gêneros que não o de sua origem e uma das situações mais comuns e colocá-los em corridas, aproveitando o universo criado em torno deles. Isso já aconteceu com Mario, Crash e os pokémons, e com o ouriço-terrestre da Sega não poderia ser diferente.

Na verdade, é a segunda vez que Sonic experimenta o gênero. Em 1997, ele participava dos pegas de "Sonic R" no finado videogame Saturn. Agora, mais de oito anos depois, o mascote azul-cobalto volta a disputar competições de velocidade a bordo de veículos, se é que pranchas voadoras podem ser classificadas assim.

Pé na taboa, literalmente

"Sonic Riders" mescla elementos de vários games de corrida famosos, como "F-Zero", cuja última versão foi feita pela Amusement Vision, uma divisão da Sega, e "SSX", tradicional série de snowboard da Electronic Arts, além de pitadas de "Mario Kart". Claro, também há idéias novas e a supervelocidade característica da turma do mascote.

Novamente, as esmeraldas do caos estão no centro do enredo e um grupo misterioso conhecido como Babylon Rogues rouba a jóia de Sonic. Logo, ele sua turma descobrem que - imaginem só - Dr. Eggman está por trás de tudo e terão de participar de uma série de corridas para recuperar o objeto. Está aí o pretexto para as novas aventuras do espinhoso herói.

Ao começar o jogo, você verá modos tradicionais, como a corrida sem compromisso, o time attack e o campeonato, e outros não tão comuns, pelo menos num game de corrida, como o de sobrevivência e o de tag, em que as corridas acontecem entre duas duplas.

Para um jogador, o modo de história é um dos primeiros a ser desbravado, pois esse é aquele que, quando terminado, costuma liberar extras, e "Sonic Riders" não é exceção. Essa modalidade, geralmente, sugere grandiosidade, mas, aqui, é composta por apenas algumas corridas, pelo menos na primeira parte. Mas terminar a história não é tão simples, pois é necessário dominar bem as regras.

A turbulência que é benéfica

A largada é um pouco diferente dos outros games do gênero. Aqui, os jogadores podem se mexer livremente na área inicial e o intuito é, claro, largar o mais rápido possível. Você pode escolher ficar perto da linha inicial e sair quando a contagem zerar ou recuar e aproveitar o impulso para largar com boa velocidade. Nesse caso, a dificuldade é ajustar o tempo para cruzar a saída no momento certo. Fazer direito dá uma boa vantagem em relação aos outros competidores.

O principal medidor a ser observado é o de ar, localizado na parte direita da tela. Com ele você pode usar uma espécie de turbo, que resulta numa aceleração adicional por um curto tempo. O medidor também diminui ao se bater em obstáculos, por exemplo, e, quando zera, o seu personagem fica a pé até que reabasteça a prancha. Na pior das hipóteses, perder todo o ar significa eliminação automática.

A chave para as vitórias está em conseguir mais velocidade sem precisar usar o precioso combustível. É ai que entra o sistema original de "Sonic Riders", o de turbulência. Quando os corredores atingem determinadas velocidades, forma-se um vácuo em forma de tubo, e você pode "surfar" na turbulência. Isso garante velocidade, recupera ar e permite fazer curvas sem esforço.

Nessas ondas de ar, ainda é possível fazer manobras radicais, como giros e piruetas, que garantem ainda mais velocidade. Esses truques são importantes nas rampas e um de boa avaliação - a cada manobra aparece uma nota que vai de C a S - permite ganhos de aceleração. Por outro lado, uma queda significa perda de combustível. Quanto mais alto pular, maiores são as chances de fazer mais giros e, portanto, ganhar notas maiores.

Não se trata de nenhum esquema complexo de controle - basta derrubar o direcional em qualquer posição - mas, aqui, os truques existem apenas para a velocidade. Outra característica que lembra os esportes radicais é que alguns personagens podem deslizar em corrimãos. Nesse caso, os comandos são até mais complicados que o de costume, pois é preciso um novo toque no botão para fazer o "grind".

Derrapando nas curvas

As curvas podem ser feitas do jeito normal ou usando os deslizes, com o auxílio de um botão. Nesse caso, o corredor pode ganhar aceleração extra se usar o recurso, sem bater nas paredes, por um determinado tempo. Em ambos os casos, fazer uma curva com perfeição exige boa prática e é aqui que o título mostra uma certa incongruência.

Supostamente, "Sonic Riders" seria um game de corrida descompromissado, buscando apenas a diversão, e não o esmero técnico dos jogadores. Mas o que se nota é que há uma dificuldade incompatível para o público-alvo destinado e o resultado é uma série de colisões contra paredes ou, na pior das hipóteses, queda das plataformas aéreas. É aceitável que haja pistas com nível de dificuldade alto, mas quase nenhuma curva é fácil.

Outro elemento importante para melhorar o desempenho é pegar os anéis, que permitem aumentar a quantidade máxima de ar. Assim, a prancha pode ser melhorada em até dois níveis, que durarão enquanto tiver as argolas. Sim, pois elas podem ser roubadas pelos oponentes. Claro que você também tem as mesmas armas: basta usar o turbo e partir para cima dos inimigos.

Velocidade não é nada sem controle

A Sonic Team poderia ter dado mais ouvidos aos colegas da Amusement Vision, pois assim aprenderiam um pouco mais sobre games de corrida supervelozes e com bom projeto de pistas. Não que o design de "Sonic Riders" seja de todo ruim. Alguns dos atalhos foram bem pensados e há até algumas partes em forma de tubo, em que se corre pelo lado de fora, exatamente como em "F-Zero GX". Além disso, há os tradicionais trechos que mais parecem uma montanha russa e cenas em que os personagens praticamente voam.

Porém, em geral, as pistas não são inspiradas e a dificuldade de fazer as curvas tira muito da diversão que poderiam proporcionar. Há alguns problemas na mecânica também, como por exemplo, os pit stops. Eles são feitos numa cápsula e quebram o ritmo do game. Outros títulos adotam uma solução muito mais dinâmica.

Além do modo de história, há uma série de opções para participar das corridas, seja sozinho ou em quatro jogadores com tela dividida. Nenhuma delas se destaca, mas, ao menos ajudam a trazer variedade com as diferentes regras. À medida que você avança no game, novas pistas, modalidades e personagens são acrescentadas. Aliás, alguns dos mascotes são bem saudosos. Também existe uma loja que vende novas pranchas, algumas com características especiais, em troca de anéis.

Visualmente, "Sonic Riders" fez uma troca inteligente: para conseguir velocidade, simplifica os cenários, que traz formas rudimentares e texturas comparativamente simples. Mas como a tela se mexe em alta velocidade, é quase impossível ficar reparando no ambiente. De fato, a fluência de tela é rápida e estável, com lentidões apenas ocasionais. Estranhamente, isso acontece com mais freqüência no Xbox, mas sem diferenças gritantes em relação ao PlayStation 2 e GameCube. Em compensação, o console da Microsoft, e o da Nintendo, possuem modos de tela em "progressive scan".

Já o som não tem nenhum destaque. A trilha sonora não tem inspiração, assim como os efeitos sonoros. Na avaliação das vozes, as dublagens dos persoangens estão competentes, mas "Sonic Riders" é mais um jogo de corrida com um narrador - no caso, uma narradora - irritante. Felizmente, em alguns modos de jogo, é possível desligar esse "recurso".

Rápido de enjoar

"Sonic Riders" supostamente foi feito para ser um jogo de corrida cujo atrativo é a diversão simples e a velocidade supersônica habitual da turma do ouriço-terrestre, mas essa pretensão encontra obstáculos logo na primeira curva. Ainda sobra muito para explorar e se distrair, mas quando finalmente você conseguir dominar as curvas, talvez o jogo já não tenha mais nenhuma surpresa.

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    Sonic Riders (Playstation 2)

    57 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Sonic Team
    Lançamento: 21/02/2006
    Distribuidora: Sega
    Suporte: 1-4 jogadores, cartão de memória
    Outras plataformas: PC GC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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