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PlayStation 2

Star Wars: Battlefront 2

04/11/2005

da Redação
Não é mistério nenhum a maldição da qual costumam sofrer os jogos inspirados em "blockbusters" do cinema: muitas vezes, a maior parte do orçamento do projeto é gasta com licenciamento, relegando o jogo a um segundo plano. O resultado é um desastre, à medida que a experiência com o game não chega nem perto da proporcionada pelo filme.

Porém, justiça seja feita, a LucasArts, conduzida com lucidez por George Lucas, sempre realizou boas adaptações de "Guerra nas Estrelas" para o entretenimento eletrônico. É bem certo que, dentre as dezenas de conversões, houve sim aquelas desastrosas - como "Rebbelion" para PC, por exemplo -, mas são exceção.

"Star Wars Battlefront" foi, de certa forma, um meio termo: claramente inspirado em "Battlefield", o jogo foi palco de batalhas gigantescas com AT-ATs, X-Wings, snowspeeders e várias raças conhecidas da saga. Em lan houses e servidores espalhados mundo afora, o jogo conseguiu divertir fãs e não-fãs, mas longe de superar o equilíbrio de sua fonte de inspiração.

Independentemente disso, "Battlefront" foi simplesmente o mais bem sucedido (leia-se "mais vendido") jogo baseado em "Guerra nas Estrelas" já produzido pela LucasArts, razão mais que suficiente para justificar uma continuação, com algumas pitadas de novidade para dar algo título algum ar de "ineditismo" - afinal, como se sabe, todas as seqüências sofrem com o problema de não causar o mesmo impacto do original, por melhor que sejam.

Cavaleiros Jedi, batalhas espaciais e outras coisas mais

Em "Star Wars Battlefront 2", além das habituais batalhas no solo, com veículos e infantaria, entram em cena os combates espaciais dos quais participam bombardeiros TIE, Y-Wings e outros modelos célebres. Realizados em mapas específicos, tais confrontos até certo ponto são bem simplistas, uma vez que o modelo de pilotagem está longe de ser dos mais complexos. Definitivamente, nada que um bom manejo com o mouse não resolva.

Quem também estréia na série são os cavaleiros Jedi, que podem ser habilitados quando se alcança uma determinada pontuação na partida. Contudo, apenas um é permitido para cada lado - até porque eles são tão poderosos que certamente o equilíbrio e a ordem dos combates estariam definitivamente arruinados se vários pudessem ser utilizados ao mesmo tempo (embora não deixe de ser divertido imaginar isso acontecendo).

Normalmente, o jogador com a maior pontuação, em cada facção, é quem assume a pele do cavaleiro Jedi. É preciso saber utilizar bem as características do personagem, sob risco de ele nada valer no campo de batalha, pois embora existam os poderes da Força, o ataque básico do Jedi é com o sabre de luz, ou seja, no combate corpo-a-corpo. Sendo assim, inevitavelmente é preciso chegar próximo ao oponente para matá-lo, o que, com dezenas de unidades no mapa, pode não ser tarefa das mais simples.

Para completar, cada uma das quatro facções do game - Aliança Rebelde, Império Galáctico, República e CIS - ganhou uma nova classe especial, também não disponível imediatamente para o jogador, sendo preciso ganhar um certo número de pontos para destravá-las, mais ou menos como acontecia no original.

A Aliança Rebelde, por exemplo, agora conta com o espião Bothan, que se desloca sorrateiramente (e muitas vezes sem ser notado) pelo território inimigo e tem a habilidade especial de regenerar a saúde, além de carregar um lança-chamas sugestivamente chamado de "incinerador".

Feijão com arroz

O modo single-player ganhou um pouco mais de história com a campanha Rise of the Empire, que consiste em missões protagonizadas pela 501ª unidade da tropa dos clones, indo desde a Guerra dos Clones até a época da Rebelião, narrando a ascensão do Império ao poder. Linearidade à parte, a campanha se esforça para envolver o jogador na trama, com direito até a algumas reviravoltas, mas nada suficiente para causar maiores empolgações. Para dizer a verdade, quem joga e conhece "Star Wars Battlefront 2" não pode esperar muito da trama mesmo.

Já o Galactic Conquest combina um mapa estilo "tabuleiro", no qual o jogador movimenta a sua frota para conquistar planetas dominados pelos inimigos, e batalhas espaciais, que acontecem quando duas frotas inimigas se encontram. O objetivo, naturalmente, é conquistar toda a galáxia - são quatro as disponíveis, uma para cada facção.

Por fim, o Instant Action é para, sem qualquer demora, jogar uma partida do seu jeito, definindo mapas, modalidades, facções etc. Aliás, o jogo adiciona 16 cenários inéditos, vários deles, como era de se esperar, em locais mais do que conhecidos, tais como Utapau e Mustafar.

Na versão para PC, até 64 jogadores simultâneos podem se digladiar via rede local ou internet, enquanto no PlayStation 2 e Xbox, além da jogatina via tela dividida, o console da Sony aceita 24 jogadores online e o da Microsoft, através da Xbox Live, suporta 32. Aí, no caso, a diversão é garantida, com todas as modalidades que se tem direito: capture a bandeira, conquista, assault, dentre outras.

O visual quase não difere do "Battlefront" original, o que de certa forma é positivo. Os personagens não têm animações faciais detalhadas ou muita expressão, mas a movimentação e as texturas receberam o capricho costumeiro dedicado aos personagens pela LucasArts. Os veículos, com seus tamanhos variados (alguns até colossais) também estão como o esperado. Cabe aos efeitos visuais a tarefa de impressionar, com um show de luzes e cores durante os tiroteios e na construção das paisagens.

A trilha sonora também segue a tradição dos jogos baseados em "Guerra nas Estrelas" e, por isso mesmo, dispensa apresentações. Músicas e efeitos sonoros cinematográficos, na medida certa para empolgar o jogador durante o ritmo frenético da ação, seja em solo ou em pleno espaço sideral.

Diversão sem embromação

"Star Wars Battlefront 2" nada mais faz que expandir a diversão da primeira versão. Jedis e batalhas espaciais foram adições excelentes, mas pouco profundas; em outras palavras, nada suficiente para dar novos ares à série ou então conquistar aqueles que não gostaram do episódio original.

O jogo é mais do mesmo, porém, um "mesmo" bastante divertido, afinal, não dá para negar que "Battlefront" seja uma experiência e tanto àqueles que sempre assistiram as batalhas de "Guerra nas Estrelas" no cinema e imaginavam como seria participar de uma delas. Por isso, não vale muito a pena investir na nova versão se o jogador espera realismo ou um equilíbrio apuradíssimo no multiplayer - para tanto existe "Battlefield 2" e outros.

Portanto, se você gostou de "Star Wars Battlefront 2" e estava doido por mais, vá em frente; se você odiou, nem passe perto. O impacto da seqüência é obviamente menor, mas se o que importa mesmo é a diversão, isso o game traz de sobra.

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    Star Wars: Battlefront 2 (Playstation 2)

    12 imagens

    FICHA TÉCNICA
    Fabricante: Pandemic Studios
    Lançamento: 31/10/2005
    Distribuidora: LucasArts
    Suporte: 1-24 jogadores, multiplayer online, cartão de memória
    Outras plataformas: PC XB
    RegularAvaliação:
    Regular

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